Este livro parte de um aparente paradoxo: a constatação da insólita presença de estípites, peças de decoração arquitectónica amplamente utilizadas em Portugal durante a segunda metade do séc. XVIII para decoração de superfícies parietais, no segundo Teatro de S. João, obra inaugurada em 1920 sob projecto de Marques da Silva na evidente tradição da École des Beaux-Arts. Para identificar a simbologia e o alcance desta opção decorativa, também presente no Teatro original da autoria de Mazzoneschi, o autor percorre a história do(s) teatro(s) de S. João e estabelece uma série de nexos e interpretações por onde perpassa a percepção do discurso de cada arquitecto, a caracterização dos espaços e o entendimento do contexto portuense.