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Destaques
29 de maio 2023
Uma manhã de empatia com a vida e a obra de Fernando Távora:
assim foi o colóquio Novo/Antigo.

Foi uma manhã inteiramente dedicada a Fernando Távora, a do passado sábado. O colóquio Novo/Antigo reuniu, na Fundação Marques da Silva, um conjunto heterogéneo de pessoas ligadas por um sentimento comum de empatia com Fernando Távora. De diferentes gerações, chegados de lugares diversos e com circunstâncias distintas de relacionamento com Fernando Távora, amigos, antigos colaboradores, colegas, clientes ou investigadores,  individualmente ou em diálogo, e muito para além do âmbito estrito da forma como este arquiteto projetava a partir de preexistências, tema principal deste encontro, cruzaram memórias, muitas histórias e refletiram em conjunto sobre uma personalidade invulgar e fascinante. Recordaram a sua forma de estar e de fazer arquitetura, dialogaram sobre o sentido da sua obra e foram unânimes quanto à importância de um legado que deve ser revisitado, questionado, conhecido e preservado, em suma, tratado como "algo vivo".  
 

A manhã concluiu-se com a apresentação dos dois livros resultantes do projeto coordenado por Teresa Cunha Ferreira, David Ordóñez Castañón e Eleonora Fantini: Novo/Antigo. Fernando Távora: Obras e Novo/Antigo. Fernando Távora: Conversas, que em breve estarão em circulação e disponíveis para venda.
 

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18 de maio de 2023
Novo / Antigo. FERNANDO TÁVORA
Colóquio e lançamento de livros
27 de maio, 9h30-14h, Fundação Marques da Silva

O Colóquio Novo/Antigo. FERNANDO TÁVORA, parte integrante do projeto editorial com o mesmo nome, coordenado por Teresa Cunha Ferreira, David Ordóñez Castañón e Eleonora Fantini, pretende introduzir um novo e mais profundo olhar sobre práticas de intervenção no construído.

Organizado conjuntamente pela Fundação Marques da Silva e pelo Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (Grupo PACT) da FAUP, este Colóquio inclui a realização de duas mesas-redondas e a apresentação dos dois livros que registam a investigação realizada sobre um conjunto significativo de obras de restauro, reabilitação e requalificação desenvolvidas por Fernando Távora: Novo/Antigo. Fernando Távora: Obras e Novo/Antigo. Fernando Távora: Conversas. No próximo sábado, 27 de maio, na Fundação Marques da Silva, entre família, colegas, críticos, amigos e colaboradores, a manhã será dedicada ao pensamento e obra de Fernando Távora. E estão todos convidados. A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço.

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22 de maio de 2023
TÁVORA 100. In continuità. Pensiero e opera
Amanhã, 23 de maio, no Departamento de Arquitetura do Politécnico de Milão

O Departamento de Arquitectura do Politécnico de Milão vai promover uma jornada de estudo inteiramente dedicada ao arquiteto Fernando Távora. A iniciativa, TÁVORA 100. In continuità. Pensiero e opera, coordenada por Marina Landsberger, Angelo Lorenzi, Stefano Perego e Carlotta Torricelli, vai reunir um conjunto de reconhecidos arquitetos e investigadores, italianos e portugueses, para debaterem o pensamento, a obra e a herança de Fernando Távora. Também a Fundação Marques da Silva estará presente, sendo representada pelo seu Vice-Presidente, Luís Martinho Urbano.

Acontece a 23 de maio, com o patrocínio da Fundação Marques da Silva.
 

+ info: www.auic.polimi.it

 

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22 de maio de 2023
José Gil e Ana Godinho Gil na Fundação Marques da Silva: as palavras de quem se predispõe a pensar

José Gil e Ana Godinho Gil, os convidados da terceira sessão do ciclo Espaço, Escrita e Pensamento, foram desafiados a falar sobre os conceitos de "corpo" e de "espaço". E fizeram-no magistralmente, no passado sábado, a partir de uma condição maior: declarar abertamente que o seu território, o de quem se predispõe a pensar, se encontra em permanente processo de procura. As ideias que partilharam refletem, assim, o ponto em que se situam as suas linhas de pensamento, o seu processo de questionamento sobre uma realidade em contínua transformação, esse lugar onde vivemos, que nos interseta e é por nós intersetado.
 

As suas intervenções traduziram-se numa estimulante reflexão sobre a infindável gama de possíveis que um corpo - individual ou coletivo, natural ou transformado - tem para se projetar e inscrever num espaço que pode ser tangível ou virtual ou pertença do sensível, embrionário ou cósmico, mas que se produz constantemente e está sempre mediado e carregado de intensidades. Indo da micro à macro escala, José Gil falou da projeção de um corpo que tanto pode fazer de uma parede uma pele, como voltar-se para o seu interior, encolher ou dilatar-se. E se para falar do espaço resultante de uma projeção, José Gil cruzou os domínios da arte, em particular da Pintura ocidental, Ana Godinho Gil partiu dos pressupostos expostos por Winnicott em Jogo e Realidade para abordar o conceito de espacialidade livre, com as suas zonas de contiguidade e continuidade, um espaço produtor de diferenças e onde estas se manifestam, um espaço de reciprocidade e, como tal, modificável.
 

Houve ainda tempo para aflorar questões como o impacto transformador das alterações climáticas; a paradoxal contradição que nos dias de hoje se verifica entre o desejo de imortalidade e a vontade de mudança do corpo tradicional; ou até mesmo a substituição desse corpo pelo robot. Ficou a consciência da dificuldade e complexidade desta "viagem mental" a um universo marcado por uma transitoriedade tão rápida e imponderável, que a própria linguagem ainda não a consegue acompanhar. No passado sábado, o espaço da Fundação converteu-se num espaço de pensamento.


Este ciclo, organizado e moderado por Gonçalo Furtado e António Oliveira, conta com o apoio da Fundação Marques da Silva e da FAUP. A próxima e última sessão será com Filomena Molder, a 17 de junho.
 

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22 de maio de 2023
Green Roofs, Grey Roofs,
a exposição que passou a habitar o Palacete da Fundação Marques da Silva

No passado sábado festejou-se a inauguração da nova exposição que habita o primeiro piso do Palacete Lopes Martins, Green Roofs, Grey Roofs, numa sessão que contou com a presença da artista convidada, Inês d´Orey, e dos curadores, Jane Dyer, Luís Urbano e Virgílio Ferreira.
 

Esta exposição, produzida pela Bienal ´23 Fotografia do Porto em parceria com a Fundação Marques da Silva no contexto do núcleo "Sustentar", traz-nos o olhar reflexivo de Inês d´Orey sobre os benefícios ambientais das coberturas verdes em ambientes urbanos. Com o foco direcionado para a cidade do Porto, foram fotografados projetos como a Praça Goncalves Zarco, de Manuel de Solà-Morales (2004); o Metro da Trindade, de Eduardo Souto de Moura (2005); a Praça de Lisboa, de Pedro Balonas (2012); o Museu da Cidade do Porto: Reservatório, de Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez (2018); o Edifício Emporium, de Morais Soares Arquitectos (2020); Terminal Intermodal de Campanhã, Nuno Brandão Costa, 2021.
 

Green Roofs, Grey Roofs, pode ser visitada até 1 de julho, de segunda a sábado, entre as 14h e as 18h. A entrada é gratuita.
 

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11 de maio de 2023
Newsletter Fundação Marques da Silva | maio 2023

Amanhã é um dia com muito para ver e para fazer, na Fundação Marques da Silva.
Às 15h00, no Palacete Lopes Martins, inicia-se a conversa sobre O Espaço do Corpo, com José Gil e Ana Godinho Gil. A sessão será moderada por Gonçalo Furtado e António Oliveira, organizadores do ciclo "Espaço, Escrita e Pensamento". À mesma hora, na Casa-Atelier José Marques da Silva, terá lugar uma oficina de criação para famílias com crianças e jovens, Empatia em Família, promovida no âmbito da exposição que a Bienal ´23 traz à Fundação. E às 16h30, de novo no Palacete Lopes Martins, é a inauguração desta exposição, Green Roofs, Grey Roofs, numa sessão que conta com a presença da artista convidada, Inês d´Orey, e dos curadores, Jayne Dyer, Luís Urbano e Virgílio Ferreira.

Estes são os destaques da Newsletter de maio da Fundação Marques da Silva, que hoje se publica. Mas há muito mais a acontecer.

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17 de maio de 2023
O ESPAÇO DO CORPO
conversa com José Gil e Ana Godinho Gil
moderação de Gonçalo Furtado e António Oliveira
20 de maio, 15h, Fundação Marques da Silva

O ciclo Espaço, Escrita e Pensamento regressa à Fundação Marques da Silva e traz como convidados José Gil e Ana Godinho Gil.  Gonçalo Furtado e António Oliveira, organizadores do ciclo, asseguram também a moderação da sessão que terá como tema o Espaço do Corpo.
 

"Descreve-se fenomenologicamente o espaço do corpo no plano individual do corpo próprio e no plano colectivo da inscrição social desse espaço. Mostra-se depois o papel do espaço do corpo no conhecimento e na arte (pintura, arquitectura). Termina-se com uma discussão sobre as transformações actuais do espaço do corpo na era do capitalismo digital (Que corpo? Que espaço?)."

É no sábado, dia 20 de maio, às 15h. Entrada livre, sujeita à lotação do espaço.
 

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18 de maio de 2023
GREEN ROOFS, GREY ROOFS / Bienal ´23 Fotografia do Porto
Uma nova exposição em Dia Internacional dos Museus!

A exposição Green Roofs, Grey Roofs, de Inês d´Orey, com curadoria de Jayne Dyer, Luís Urbano e Virgílio Ferreira, parte integrante da Bienal ´23 Fotografia do Porto, abre hoje ao público no Palacete Lopes Martins da Fundação Marques da Silva, celebrando igualmente o Dia Internacional dos Museus.

A inauguração da exposição acontecerá no próximo sábado, dia 20, às 16h30, com a presença da artista e dos curadores, e será antecedida por uma oficina para famílias, orientada pelo coletivo Arisca, às 15h.

A exposição é visitável de segunda a sábado, entre as 14h e as 18h (último acesso às 17h30).

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17 de maio de 2023
A Nova Ponte sobre o Douro
Há uma nova sessão "Fora de Portas"
19 de maio, 18h, Auditório da FEUP

No próximo dia 19 de maio haverá uma nova sessão do projeto “Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra”, desta vez com o foco na Nova Ponte sobre o Douro. O Arq.to José Carlos Nunes, o Eng.º. Miguel Sacristán Montesinos e o Eng. Filipe Vasques serão convidados a apresentar a obra, partilhando detalhes sobre um projeto que tanto impacto terá nas cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. A moderação será assegurada pela Arq.ta Bárbara Rangel.
 

Esta sessão, que se junta às VII Jornadas da Engenharia Civil da FEUP, vai decorrer no Auditório da FEUP. O acesso é gratuito, mas requer inscrição prévia em: https://portoinnovationhub.pt/inovacao-fora-de-portas/
 

“Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra”, iniciativa que tem o apoio da Fundação Marques da Silva, é organizada em parceria pelo Departamento de Engenharia Civil da FEUP, a Universidade do Porto e a Câmara Municipal de Gaia. Conta ainda com o apoio da Ordem dos Arquitectos Secção Regional do Norte, Casa da Arquitectura, da  Ordem dos Engenheiros Região Norte e da Associação Internacional de Estudantes de Engenharia Civil - LC Porto.

 

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15 de maio de 2023
Da paisagem da infância ao exercício de decifração da obra de Raúl Hestnes Ferreira
Assim foi o "encontro com" Alexandre Alves Costa

Este "encontro com" Alexandre Alves Costa poderia ter sido dominado pela nostalgia, mas ainda que a saudade tenha sido declarada, o que aconteceu foi a partilha bem-humorada de uma "Jornada" - numa assumida apropriação do poema de José Gomes Ferreira que Fernando Lopes-Graça viria a incluir nas suas Heróicas - preenchida pela presença de muitos, a começar pelos que povoaram essa paisagem da infância, a casa de João José Cochofel na Serra da Lousã, onde ambos - Alexandre Alves Costa e Raúl Hestnes Ferreira - passaram férias. Como diria Irene Lisboa, aí foram lançadas muitas das sementes do que viriam a ser.
 

Ao longo dessa "Jornada", e a de Raúl Hestnes Ferreira sempre foi "solitária e de serena independência", houve lugar para continuados reencontros, como a cidade do Porto ou a docência em Coimbra, outros territórios de partilha e, no caso do Curso de Arquitetura da Universidade de Coimbra, o espaço onde Raúl Hestnes Ferreira viria a cumprir a sua paixão pelo ensino. A admiração por Louis Kahn foi sentida por estes dois arquitetos, mas mesmo quando as referências se cruzam, há muitas maneiras de fazer arquitetura e muitas formas de entender o lugar. Foi, portanto, sem rodeios que Alexandre Alves Costa admitiu o seu estranhamento perante uma obra de difícil interpretação como é a de Raúl Hestnes Ferreira, uma obra enigmática que, para ser desvendada, tinha de ser analisada para além da questão do gosto, na singularidade da sua linguagem, na procura das convições e circunstâncias que a fundamentam. Uma obra que começou por rejeitar, para depois reconhecer e aderir ao jogo que ela propõe. Recorreu então a Távora, que sobre a arquitetura de Raúl Hestnes Ferreira considerava que não interessava gostar ou não gostar, mas sim o facto de ser sólida, de pousar, de ter gravidade. A história da sua difícil aproximação à Agência da CGD, projetada por Hestnes, em Avis, acabou por ser o momento em que Alexandre Alves Costa partilhou a sua progressiva descoberta dos códigos que, no seu entender, decifram o enigma que Hestnes Ferreira e a sua arquitetura representam. Percebeu-se também uma outra sua afirmação: "a obra de Raúl Hestnes Ferreira nao resulta da sua biografia, mas esta foi fortemente condicionada pelas suas crenças disciplinares".

 

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18 de maio de 2023
Exposição | Green Roofs, Grey Roofs
Bienal´23 Fotografia do Porto, Fundação Marques da Silva
Abertura: 20 de maio, 16h30

A Bienal´23 Fotografia do Porto está de volta à cidade e traz-nos "Atos de Empatia". Nesta nova edição reúne 70 artistas, apresenta 15 exposições agrupadas em 4 núcleos ("Sustentar" - "Vivificar" - "Conectar" - "Expandir") e organiza 123 visit.ações. A Fundação Marques da Silva é, de novo, uma instituição parceira, acolhendo, no Palacete Lopes Martins, entre 20 de maio e 1 de julho, a exposição Green Roofs, Grey Roofs, com Inês d´Orey como artista convidada e curadoria de Jayne Dyer, Luís Urbano, Virgílio Ferreira.
 

Nesta exposição, Inês d´Orey ensaia uma reflexão acerca dos benefícios ambientais das coberturas verdes em ambientes urbanos, focando o seu olhar na cidade do Porto. Green Roofs Grey Roofs cria um lugar de questionamento entre as boas práticas e o potencial transformador por estas geradas, promovendo reflexão sobre temas como sustentabilidade, ecologia e cultura na construção e renovação da cidade. Esta exposição insere-se no núcleo "Sustentar", pensado para sublinhar a urgência de implementar uma mudança cultural e económica que encare os recursos naturais e os ecossistemas como fundamentais para um desenvolvimento regenerativo das cidades e um futuro sustentável para todas as formas de vida. "Sustentar" é, assim, o conceito agregador de uma plataforma de laboratórios criativos nos centros urbanos portugueses, que promoveu a colaboração e troca de conhecimento entre artistas e cientistas, agentes sociais e culturais, municípios e empresas, para criar novos imaginários.
 

A Bienal´23 abre a 18 de maio, em Dia Internacional dos Museus, mas a inauguração desta exposição acontece a 20 de maio, às 16h30, sendo antecedida, às 15h00, de uma Oficina dirigida a famílias.
 

A Bienal Fotografia do Porto é organizada e produzida pela Plataforma Ci.CLO em coprodução com a Câmara Municipal do Porto e financiada pela Direção-Geral das Artes, com o apoio mecenático do BPI e da Fundação ”La Caixa”, o apoio institucional da Comissão Nacional da UNESCO e uma rede de vários parceiros estratégicos a nível nacional e internacional.


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12 de maio de 2023
"Encontros com"
#04 Alexandre Alves Costa
moderação de Alexandra Saraiva
Sábado, 13 de maio, 15:30, Fundação Marques da Silva

Alexandre Alves Costa, o convidado da quarta sessão do ciclo "Encontros Com", conheceu Raúl Hestnes Ferreira ainda durante a infância, férias conjuntas num tempo distante. Voltou a cruzar-se com o Raúl-estudante, quando este, entre 1952 e 1957, frequentou a Escola de Belas Artes do Porto. Bem mais tarde, viriam a ser ambos professores do Departamento de Arquitetura de Coimbra. Ao longo das suas vidas, apesar das suas maneiras bem distintas de fazer arquitetura, continuaram a alimentar um respeito e uma confiança mútuas. Será o próprio Raúl-arquiteto a convidar Alexandre Alves Costa a escrever sobre o projeto que tinha realizado para uma Agência da Caixa Geral de Depósitos em Avis. Seria a longa e cúmplice conversa que tiveram, e onde também participaram Adelino Gonçalves e Nuno Correia, sobre arquitetura e sobre a vida, a concluir a monografia, Raúl Hestnes Ferreira: Projetos, 1959-2002.


Alexandre Alves Costa virá à Fundação falar na primeira pessoa, sobre o que a sua memória retém desta distante proximidade com Raúl Hestnes Ferreira. É já no próximo sábado, 13 de maio, com a moderação a ser assegurada por Alexandra Saraiva, a curadora principal da exposição HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ. A sessão começa às 15h30 e é de entrada livre, sujeita apenas à lotação do espaço.

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10 de maio de 2023
José Forjaz e Malangatana, uma amizade que também ganhou a forma de uma casa

José Forjaz e Malangatana nasceram no mesmo ano, um em Coimbra, outro em Matalana, distrito de Marracuene, Moçambique. Conheceram-se em meados dos anos 50, no atelier de Pancho Guedes, que ambos frequentavam, um como desenhador de arquitetura, outro como pintor "por conta". Aí teve início uma amizade que se revelaria inabalável à passagem do tempo. Os seus caminhos não deixaram de tomar direções distintas, mas convergiram de novo, e definitivamente a partir de 1974. Viveram então o entusiasmo de uma chamada comum para "a construção de um Moçambique melhor". Sempre se consideraram "irmãos de luta e de interesses, de compromissos e de alegrias." Já na década de 90, caberia a José Forjaz desenvolver o plano para a construção do Centro Cultural de Matalana, que teve em Malangatana o seu principal dinamizador. E poucos anos depois, em 1997, José Forjaz seria de novo chamado a desenhar um outro projeto para o pintor: a sua Casa-Estúdio. Na invenção das linhas que definem a sua forma e volumetria, na cor que a envolve, nas janelas que abraçam a paisagem circundante ou estendem para o pátio, na atenção ao lugar e à sustentabilidade, no recurso aos materiais e aos construtores locais, a arquitetura da casa, expressão concreta e real de um entendimento cúmplice entre amigos, estava pronta a tornar-se espaço de vida e de criação.
 

José Forjaz nasceu a 10 de maio de 1936. Parabéns, Senhor Arquiteto!

 

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9 de maio de 2023
O ESPAÇO DO CORPO
conversa com José Gil e Ana Godinho Gil
moderação de Gonçalo Furtado e António Oliveira
20 de maio, 15h, Fundação Marques da Silva

"Descreve-se fenomenologicamente o espaço do corpo no plano individual do corpo próprio, e no plano colectivo da inscrição social desse espaço. Mostra-se depois o papel do espaço do corpo no conhecimento e na arte (pintura, arquitectura). Termina-se com uma discussão sobre as transformações actuais do espaço do corpo na era do capitalismo digital (Que corpo? Que espaço?)."
 

Com estas palavras de José Gil e Ana Godinho Gil está lançado o guião da terceira sessão do ciclo Espaço, Escrita e Pensamento. A moderação, como sempre, estará a cargo dos organizadores do ciclo Gonçalo Furtado e António Oliveira. A conversa terá lugar na Fundação Marques da Silva, no próximo dia 20 de maio, às 15h. A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço.
 

O ciclo "Espaço, Escrita e Pensamento" conta com o apoio da Fundação Marques da Silva e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
 

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8 de maio de 2023
Manuel Botelho: o gesto próprio de quem sempre procurou o diálogo
A sessão de encerramento da exposição "Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto"

No passado sábado, na Fundação Marques da Silva, com o encerramento da exposição "Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto" concluiu-se também todo um programa em torno da obra e da figura de Manuel Botelho, arquiteto, professor, autor. Foi, contudo, apenas o ponto de chegada de mais uma etapa e o início de um novo ciclo, aquele que permitirá, com o distanciamento do tempo e o acesso à documentação agora preservada nesta Fundação, alcançar um outro conhecimento e um renovado entendimento daquela que foi a obra desenvolvida por um arquiteto discreto, mas profundamente culto e atento. 
 

O caminho até agora percorrido pelos dinamizadores deste programa, que teve como objetivo maior dar visibilidade e reposicionar Manuel Botelho no panorama da arquitetura portuguesa - António Neves, Bruno Baldaia e Carlos Maia -, passou pela realização de três exposições, onde confluíram várias instituições e o contributo de muitos, caso do registo fotográfico de Duarte Belo e da investigação de Bruno Castro. Desdobraram-se depois em múltiplas iniciativas, entre visitas guiadas, conferências, mesas-redondas e, agora, o livro, Manuel Botelho: Obra e Projecto 1980-2008. Como este processo coletivo de trabalho se desenvolveu a pensar num tempo futuro, o périplo pelo "território" deste arquiteto também preparou e concretizou a doação do seu acervo profissional à Fundação Marques da Silva e da sua biblioteca à Escola de Arquitetura da Universidade do Minho.
 

Por tudo isto, a sessão de encerramento, numa sala demasiado pequena para acolher todos aqueles que fizeram questão de comparecer, revestiu-se de um carácter muito particular. Pode dizer-se que os afetos se fizeram sentir, mas da sala para a mesa, muito para além da homenagem à pessoa, as palavras que se ouviram deram sobretudo corpo a um estimulante e por vezes aceso debate de ideias, sinal bem demonstrativo em como o seu percurso e obra, as suas referências e o modo como fazia arquitetura, podem e devem ser objeto de análise e reflexão, matéria de pensamento. Coube ao próprio Manuel Botelho, com a discrição, a simplicidade e elegância que o caracterizam, concluir o momento, numa síntese do que para si significa projetar: "estabelecer um diálogo com o tempo, um diálogo com o sítio, um diálogo com o mundo, um diálogo com o homem."
 

Como escrevem os curadores, no texto inicial do livro, "a obra de um arquiteto não termina quando, pela última vez, se fecha a porta do escritório".
 

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5 de maio de 2023
Encerramento da exposição "Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto"
Lançamento de livro (15h30) e Mesa-redonda (16h00)
amanhã, na Fundação Marques da Silva

Amanhã encerra a exposição Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto e estão todos convidados.

Começa às 15h30, com o lançamento do livro Manuel Botelho. Obra e Projecto 1980-2008, que será apresentado pelos editores António Neves, Bruno Baldaia e Carlos Maia, e pelo coordenador editorial, Pedro Baía.

Logo a seguir, às 16h00, começa a mesa-redonda moderada por Jorge Figueira, com Carlos Machado, Manuel Mendes, Maria José Casanova e Pedro Bandeira.

E, claro, contamos com a sua presença!

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4 de maio de 2023
"Encontros com"
#04 Alexandre Alves Costa
moderação de Alexandra Saraiva
13 de maio, 15:30, Fundação Marques da Silva

Foi a convite de Raúl Hestnes Ferreira que Alexandre Alves Costa se deslocou a Avis, para visitar a Agência da Caixa Geral de Depósitos. Do exercício do olhar deveria resultar o exercício da escrita. E assim foi, com as impressões dessa incursão a Avis, sob um sol escaldante, registadas no artigo "A construção da Geometria" que a revista Architécti haveria de publicar em 1993. Mas este está longe de ser o primeiro encontro entre estes dois arquitetos, apesar dos caminhos tão distintos que ambos seguiram.
 

Alexandre Alves Costa, o convidado da quarta sessão do ciclo "Encontros Com", conheceu Raúl Hestnes Ferreira ainda durante a infância, férias conjuntas num tempo distante. Voltou a cruzar-se com o Raúl-estudante, quando este veio para a Escola de Belas Artes do Porto e concluiu nesta cidade o curso Especial (os primeiros quatro anos). Bem mais tarde, viriam a ser ambos professores do Departamento de Arquitetura de Coimbra. Ao longo das suas vidas, apesar das suas maneiras bem diferentes de fazer arquitetura, continuaram a alimentar um respeito e uma confiança mútuas que transparece, por exemplo, na conversa que remata a monografia sobre a obra projetada por Hestnes Ferreira, publicada em 2002.
 

Nada como vir à Fundação Marques da Silva, no próximo dia 13 de maio, e ouvir o testemunho de Alexandre Alves Costa, na primeira pessoa, sobre o que a sua memória retém desta distante proximidade com Raúl Hestnes Ferreira. A sessão será moderada por Alexandra Saraiva, a curadora principal da exposição HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ, e começa às 15h30. Entrada livre, sujeita à lotação do espaço.

 

 

 

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2 de maio de 2023
Encerramento da exposição "Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto"
Lançamento de livro e Mesa-redonda
6 de maio, 15h30, Fundação Marques da Silva

O último dia de abertura ao público da exposição Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto, 6 de maio, vai ser assinalado com o lançamento da monografia Manuel Botelho. Obra e Projecto 1980-2008 e com uma mesa-redonda.

 

O livro, que traça uma retrospetiva inédita do percurso do arquiteto Manuel Botelho, reúne, ao longo de 360 páginas, uma selecção de 27 obras e projectos, bem como um conjunto de ensaios originais de Carlos Machado, José Manuel Soares, Jorge Reis, Victor Mestre e Bruno Baldaia. Será apresentado pelos editores António Neves, Bruno Baldaia e Carlos Maia, e pelo coordenador editorial, Pedro Baía. Trata-se de uma publicação da Circo de Ideias e tem o apoio da Fundação Marques da Silva. A sessão tem início às 15h30.
 

A mesa-redonda, com início às 16h00, será moderada por Jorge Figueira e nela participam Carlos Machado, Manuel Mendes, Maria José Casanova e Pedro Bandeira. Um painel constituído por antigos colaboradores de Manuel Botelho e, sobretudo, por arquitetos e investigadores que se têm vindo a dedicar ao estudo e critica da Arquitetura Portuguesa, para procurar responder ao desafio de nela posicionar a obra desenvolvida por este arquiteto.
 

A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço.

 

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2 de maio de 2023
As ressonâncias que habitam "o espaço do movimento"
Daniel Tércio em conversa com Gonçalo Furtado e António Oliveira

Na segunda sessão do ciclo Espaço, Escrita e Pensamento, com Daniel Tércio a assumir a função de interlocutor dos organizadores/moderadores Gonçalo Furtado e António Oliveira, a escrita deu lugar ao movimento, a palavra ao corpo que dança. Foi mais uma aproximação ao conceito de "espaço" enquanto tema convergente de diferentes abordagens disciplinares, ideia estruturante e transversal desta iniciativa a materializar em 4 conversas.

As Artes Plásticas foram o primeiro território de formação de Daniel Tércio, mas são vários os seus universos de interesse, entre os quais a Literatura (é autor publicado de obras de ficção científica), a Arquitetura (uma atenção presente desde a infância, também experienciada através do seu irmão arquiteto, que o convidou a colaborar em projetos de arquitetura, e uma das áreas de pensamento que o tem vindo a acompanhar), a Filosofia (em particular o campo da Estética) ou a Ecologia (num repensar do conceito de Natureza em sintonia com o caminho apontado por Guattari). Dominante, porém, foi o seu fascínio pela Dança, objeto e matéria de continuado estudo e investigação, de interpelação, de observação, de crítica, de criação e de prática experimental, um caminho de compreensão e de posicionamento no mundo e no tempo em que vive. Interesses que se intersectam e se cruzam, tanto no seu percurso profissional, quanto se tornaram naturalmente presentes nesta conversa que decorreu no Dia Mundial da Dança.
 

A especificidade do momento acabou por lançar Daniel Tércio numa viagem pela história da efeméride e da Dança, explicando a importância de Jean-Georges Noverre, cujo dia de nascimento foi a 29 de abril de 1727, para a autonomização desta forma de arte, bem como a atualidade das suas ideias. Seguiu-se um exercício de análise do que significa a organização do espaço por corpos em movimento e do processo de construção da Dança, sublinhando o que nele se assemelha ao processo de pesquisa do arquiteto. Falou da escrita no espaço, da coreografia, de como surge e de como pode interpelar tanto os espectadores quanto os próprios intérpretes; do desafio que a cenografia implica com a transformação do espaço cénico, referindo, entre outros, o trabalho de João Mendes Ribeiro e o diálogo estabelecido entre este arquiteto e Olga Roriz; e falou dos figurinos, outra das componentes que interagem com o movimento, citando como exemplo a criação de Picasso em Parade. O conceito de heterotipia, a noção de espaço-tempo, espaço interior ou espaço virtual representaram outras vias de análise da Dança enquanto movimento de um corpo em ressonância com o que o rodeia, da esfera de um corpo que intersecta outros, da pulsação e intenções que sempre orientam a sua deslocação num espaço. E para além dos espaços reais, cénicos e urbanos, passou ainda por lugares distópicos utopicamente imaginados e pelos espaços expandidos tornados possíveis com as novas tecnologias. Os "objetos coreográficos" de William Forsythe ilustraram, por sua vez, a capacidade da Dança intensificar o corpo no espaço, fazendo do movimento e da efemeridade da interação com o público matéria de constante recriação. Mas foram muitas as referências a outros autores, criadores e pensadores que foram surgindo no fluir de uma conversa onde o próprio Daniel Tércio demonstrou na sala como se pode, através do movimento, alterar e condicionar a relação com o espaço. Um conjunto de reflexões a integrar, por fim, o resultado de uma busca por novos ângulos de interação com o espaço-cidade, experiências de aproximação ao urbanismo sensorial, potenciadas pelo confinamento e que nele são se esgotaram, reforçando até, para além da dimensão laboratorial e artística, esse desejo há muito alimentado por Daniel Tércio de que o Zeppelin possa vir a ser de novo uma realidade.
 

Na próxima sessão, já a 20 de maio, será a vez d´ "O espaço do corpo", com José Gil e Ana Godinho Gil.
 

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28 de abril de 2023
O ESPAÇO DO MOVIMENTO
Daniel Tércio conversa com Gonçalo Furtado e António Oliveira
amanhã, 29 de abril, às 15:00, na Fundação Marques da Silva

Em Dia Mundial da Dança, o ciclo Espaço, Escrita e Pensamento vai trazer Daniel Tércio à Fundação Marques da Silva.
 

O Espaço do Movimento será, assim, o tema desta segunda sessão, onde Daniel Tércio se propõe questionar a qualidade inconstante do corpo dançado. "Essa inconstância, que alguns designam por efemeridade, permite perceber como os corpos dos bailarinos passam do desenho de trajetórias entre lugares, para a criação de planos, constituídos por múltiplos pontos, que autorizam mil e um percursos, que se contraem, se expandem e se desdobram em múltiplas possibilidades."
 

A conversa será moderada por Gonçalo Furtado e António Oliveira, os organizadores deste ciclo, que conta com o apoio da Fundação Marques da Silva e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
 

A sessão começa às 15h00 e é de entrada livre. Venha e participe!

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27 de abril de 2023
O problema da habitação: operações SAAL, participação e democracia
Sessão de cinema e conversa
Com Alexandre Alves Costa, Ana Drago e Gonçalo Antunes
Moderação a cargo de Ricardo Santos
29 de abril, Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro (Lisboa)

A terceira sessão do ciclo de cinema e conversas Habitação e cidade: o passado, o presente e o futuro de Lisboa tem como tema O problema da habitação: operações SAAL, participação e democracia.

A projeção do documentário Habitat, realizado por Fernando Lopes em 1976, dará o mote para a conversa moderada por Ricardo Santos (CEAU-FAUP). Nela vão participar Alexandre Alves Costa (arquiteto), Ana Drago (socióloga) e Gonçalo Antunes (CICS.NOVA / NOVA FCSH).
 

Este ciclo, programado no âmbito da exposição Políticas de Habitação em Lisboa, da Monarquia à Democracia, que conta com o apoio da Fundação Marques da Silva, é organizado pelo Arquivo Municipal de Lisboa, em parceria com o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (CICS.NOVA). A sessão, de entrada livre, tem início às 15:00.
 

+ info: http://arquivomunicipal.lisboa.pt

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26 de abril de 2023
O gesto incessante de fotografar o território:
António Menéres e Vilarinho das Furnas

António Menéres sempre gostou de viajar e de fotografar. E fê-lo constantemente, muitas vezes regressando a lugares há muito percorridos e fotografados, como é o caso de Vilarinho das Furnas.

Em 1962, António Menéres tinha decidido visitar o Santuário de Nossa Senhora da Peneda, no Gerês, juntamente com dois amigos de Leça, o primo, José Clemente Menéres, e Rui Leuschner Fernandes, amigo de infância e o único que tinha, na época, automóvel: uma “arrastadeira”, melhor dizendo, um Citroën de 11 cv. Só que a leitura do livro de Jorge Dias sobre Vilarinho das Furnas acabou por conduzi-los a um novo destino, esta aldeia comunitária em Terras de Bouro. Como sempre, António Menéres foi munido com a sua Leica 3B (modelo de 1938), que ainda hoje funciona.  Nesse tempo, ainda não se equacionava a construção da barragem que viria a submergir o povoado. As fotografias então tiradas registaram a tranquilidade do dia a dia da aldeia e cristalizaram a imagem de um lugar onde a vida acontecia, indiferente ainda a esse futuro desconhecido apesar de não muito distante.

Em 2022, António Menéres regressou a Vilarinho das Furnas, ou melhor, às suas ruínas, tornadas visíveis com a descida do nível das águas. Foi acompanhado de Pedro Borges de Araújo, Anni Gunther e Fernando Barros. Nas mãos, sinal dos novos tempos, tinha já uma Leica Digital, e, no olhar, o reconhecimento do lugar que conhecera e que agora emergia das perspetivas e dos ângulos escolhidos para captar o esqueleto, a fantasmagoria da aldeia. As fotografias aí estão a confrontar um antes e um depois, a dar voz a um tempo passado e presente, mas também a dar testemunho da atenção de um arquiteto com alma de fotógrafo ao território.


António Menéres nasceu a 26 de abril de 1930. Parabéns, Senhor Arquiteto!
 

Ver montagem em vídeo de algumas das fotografias referidas aqui

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25 de abril de 2023
Sergio Fernandez entre Moledo e Caminha: a Urbanização da Quinta do Rego

Caminha é um território bem conhecido e apreciado por Sergio Fernandez, que nela fez construir a icónica Vill´Alcina, o seu refúgio de férias. Mas é também uma paisagem com a qual tem estabelecido outras ligações que vão pontuando a sua prática profissional e até docente, caso da Urbanização da Quinta do Rego, que, em 1983, foi tema das provas de acesso ao lugar de Professor na Escola Superior de Belas Artes do Porto.
 

A Urbanização da Quinta do Rego é um projeto do Atelier 15 de Sergio Fernandez e Alexandre Alves Costa iniciado em 1980 e ao qual pertence a perspetiva hoje publicada. Embora alterado, este imóvel residencial, pela sua volumetria, pelo jogo que estabelece entre espaços interiores e exteriores, e pela intensa cor que lhe confere o tijolo aparente de todas as suas fachadas, impõe-se agora ao olhar de quem visita Moledo do Minho, estância balnear do concelho de Caminha.
 

Apesar da Urbanização se encontrar implantada na proximidade de uma estrada nacional, a possibilidade de interferência do trânsito automóvel e dos ventos do norte que frequentemente assolam a região foi anulada pela solução projetual adotada. O conjunto volta-se para o belo mar da Praia de Moledo, formando um pátio exterior coletivo, a pensar nas crianças e no contacto permanente entre todos os seus moradores, um espaço seguro que não deixa de preservar a intimidade dos espaços habitados. O complexo tem ainda prevista a existência de lugares de parqueamento, demarcados por um sistema de pórticos, e uma limitada linha de estabelecimentos comerciais à entrada. Os autores do projeto até assumem, sem complexos, a influência da arquitetura de Leslie Martin na conceção do projeto, mas tiveram sempre presente a singularidade e a beleza da paisagem onde iriam intervir, numa vontade expressa de responder aos desejos de quem pudesse escolher aqui morar.
 

Sergio Fernandez nasceu a 25 de abril de 1937. Parabéns, Senhor Arquiteto!

 

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24 de abril de 2023
O ESPAÇO DO MOVIMENTO
conversa com Daniel Tércio
moderação de Gonçalo Furtado e António Oliveira
29 de abril, 15h, Fundação Marques da Silva

Num momento em que o festival Dias da Dança percorre os palcos da cidade, o ciclo ESPAÇO, ESCRITA E PENSAMENTO, organizado por Gonçalo Furtado e António Oliveira, traz à Fundação Marques da Silva Daniel Tércio.

O mote para aquela que é a segunda das quatro conversas que, ao longo deste Ciclo, pretendem abordar, numa perspetiva multidisciplinar, o conceito de "espaço", foi assim lançado pelo convidado desta sessão:

"Partindo do pressuposto de que a dança, tal como a arquitetura, produz espaço, tenciono questionar a qualidade inconstante do espaço dançado. Essa inconstância, que alguns designam por efemeridade, permite perceber como os corpos dos bailarinos passam do desenho de trajetórias entre lugares, para a criação de planos, constituídos por múltiplos pontos, que autorizam mil e um percursos, que se contraem, se expandem e se desdobram em múltiplas possibilidades."

Daniel Tércio foi Professor  da Universidade de Lisboa, tendo lecionado cursos de História da Dança, Estética, Movimento e Artes Visuais. Até 2021, coordenou o programa doutoral em Motricidade Humana, na especialidade de Dança, e foi membro da direção do Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança. Enquanto crítico de dança, colabora regularmente com a imprensa escrita desde 2004. Os seus interesses vão da estética e história da dança aos estudos culturais, iconografia, tecnologias digitais e estudos da cidade.
 
A conversa, que acontece no Dia Mundial da Dança, a 29 de abril (sábado), será moderada pelos organizadores. Tem início às 15h e é de entrada livre.

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24 de abril de 2023
Com o ISCTE em pano de fundo, assim foi o "encontro com" Bernardo Miranda

Foi em 1989 que Bernardo Miranda conheceu Raúl Hestnes Ferreira. Esse foi o ano em que, vindo de Barcelona, iniciou no atelier do Largo da Graça uma colaboração que pensara ser breve. Só que não ficou apenas o mês programado, mas sim cerca de 10 anos ligado a esse espaço de difícil definição, marcado pela invulgar personalidade de Hestnes Ferreira. E quando finalmente Bernardo Miranda abandonou o trabalho em atelier, o estranhamento, a relação profissional com o arquiteto, com o mentor, dera já lugar a uma amizade que até ao final da vida de Hestnes Ferreira se foi aprofundando e ganhando contornos de natureza quase filial. Contudo, os seus percursos de vida aproximaram-se igualmente pela ligação de ambos ao ISCTE. Raúl Hestnes Ferreira começara a projetar os primeiros edifícios para o Campus em 1972. Foi com a Ala Autónoma, o INDEG e o Edifício II que este se tornou então território comum no que se refere ao desenho da sua arquitetura, mas também pelo facto de Bernardo Miranda, com o  beneplácito de Raúl Hestnes Ferreira, ter transitado do projeto para o quadro docente da instituição. Tempo em que também a decisão de se doutorar no Porto foi tomada com o apoio de Hestnes Ferreira e Alexandre Alves Costa. Já neste tempo presente, com a "sala de operações" instalada no Edifício da Ala Autónoma e a consciência da profunda habitabilidade deste espaço, Bernardo Miranda regressou ao projeto. O ISCTE atravessa de novo um ciclo de construção e expansão, refletido tanto nas intervenções recentemente realizadas na entrada do Edifício I e no Piso 4 da Ala Autónoma, como no planeamento de novos edifícios em Lisboa e em Sintra.
 

Naquela que foi a terceira sessão do ciclo "Encontros Com", Bernardo Miranda traçou a linha evolutiva do processo construtivo do ISCTE e sublinhou a experiência intensa de trabalho com Hestnes Ferreira, a forma livre como este se entregava ao projeto, numa liberdade que não era incompatível com uma grande exigência e rigor; falou da compreensão que, com o tempo, foi ganhando da sua arquitetura e do seu método de trabalho; sublinhou ainda o respeito que este tinha pelos seus alunos e a importância das pessoas e dos afetos que, nos seus últimos anos de vida, foi deixando transparecer. Com ele aprendeu, a propósito de uma janela para a Ala Autónoma, que nem tudo tem de ter uma justificação.
 

Ver o álbum fotográfico aqui

 

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23 de abril de 2023
"Pensar Arquitectura" em Dia Mundial do Livro

Em Dia Mundial do Livro e com o arquivo de José Forjaz quase a chegar à Fundação Marques da Silva, vindo de Moçambique, nada como sugerir um regresso à leitura de Pensar Arquitectura, o livro onde se reúne um vasto conjunto de textos escritos por José Forjaz ao longo do tempo, onde a palavra é chamada a expressar um pensamento próprio sobre uma condição, a de ser arquiteto, e uma prática, a da arquitetura e do ensino. Aqui se podem encontrar comunicações e conferências, respostas a convites vários ou tão-só registos avulsos onde se fixam reflexões, declarações, cumplicidades, pensamentos que traduzem a evolução das perspetivas e inquietações do seu autor. E pode seguir-se aqui também um percurso criativo formado a partir das imagens que o vão ilustrando, em paralelo com os textos, ainda que sem uma relação imediata com a palavra escrita.

Este não é o primeiro livro de José Forjaz, que já tinha publicado em 1999 Entre o Adobe e o Aço Inox, mas este livro, editado pela caleidoscópio, foi lançado na Fundação Marques da Silva, em maio de 2018, num encontro que também contou com a presença de Francisco Keil do Amaral e Elisiário Miranda. Quatro anos depois, em 2022, o arquivo deste arquiteto foi doado a esta Fundação que agora se prepara, finalmente, para o receber e dar a conhecer.

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21 de abril de 2023
Newsletter | abril 2023

Com a vinda à Fundação Marques da Silva de Bernardo Miranda, no âmbito do ciclo Encontros Com, e de Daniel Dércio, no âmbito do ciclo Espaço, Escrita e Pensamento, em destaque, publicamos hoje a Newsletter do mês de abril.
 

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17 de abril de 2023
"Encontros com"
#03 Bernardo Miranda
moderação de Alexandra Saraiva
22 de abril, 15:30, Fundação Marques da Silva

Esta é uma semana de Encontros Com. A próxima sessão deste ciclo vai acontecer no próximo sábado, com Bernardo Miranda, atual Vice-Reitor do ISCTE e antigo colaborador de Raúl Hestnes Ferreira, como convidado. E claro que em destaque estarão os vários projetos desenvolvidos por Hestnes Ferreira para o ISCTE, assim como a partilha das memórias que Bernardo Miranda guarda da experiência de trabalho em atelier. Refira-se que os quatro edifícios que formam o Complexo do ISCTE, na área da Cidade Universitária de Lisboa, foram todos planeados pelo arquiteto Raúl Hestnes Ferreira, um processo evolutivo invulgar que começa a realizar-se em 1976, com o início da construção do edifício ISCTE I, onde posteriormente será integrado o Pavilhão Esplanada que o desenho documenta e onde é percetível o jogo com a configuração geométrica ortogonal dominante do edifício.
 

Com moderação de Alexandra Saraiva, este é o terceiro dos cinco Encontros propostos no contexto da exposição HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ. A sessão tem início às 15h30 e é de entrada livre, sujeita à lotação do espaço.
 

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16 de abril de 2023
Manuel Teles, o autor do projeto para a primeira Piscina de Cantanhede

Em 2022, a Câmara Municipal de Cantanhede comunicou a intenção de construir uma piscina exteriorno espaço de jardim adjacente às Piscinas Municipais, um complexo desportivo "moderno e versátil", que permite, para além da prática de várias modalidades desportivas, a realização de Campeonatos Nacionais de Natação.

A origem desta infraestrutura remonta, contudo, ao início da década de 80 do século XX, altura em que o Município anunciou a decisão de tornar realidade um sonho há muito acalentado pela população, a construção de uma piscina coberta, junto à zona escolar do Pinheiro Manso. Cinco anos depois, a 22 de dezembro de 1986, o Diário de Coimbra publicava a notícia da abertura à comunidade do novo recinto que integrava, para além da Piscina, os balneários, um tanque de aprendizagem e, em espaços exteriores anexos, dois campos de ténis e um muro de batimentos de utilização dupla. Bem equipado, o complexo previa até o recurso a aquecimento solar. Tinha sido inaugurado pelo Secretário de Estado da Juventude e Desportos, e fora acolhido com orgulho e satisfação pela comunidade local. Pouco tempo depois, em janeiro de 1987, o mesmo jornal dava já conta da ampla utilização desta infraestrutura desportiva e do grande interesse despertado, até nos concelhos vizinhos. A vila estava na "senda do progresso" e a natação tinha passado a ser uma modalidade acessível a todos.

Na imprensa da altura, ficou apenas por revelar a quem coubera a autoria do inovador projeto: o arquiteto Manuel Teles. E foram várias as obras desenvolvidas por Manuel Teles para a sua região natal, Coimbra, e para Cantanhede em particular, apesar de ter adotado o Porto, cidade da sua formação, para viver e trabalhar. O primeiro projeto que é chamado a realizar para a Vila de Cantanhede, ainda a partir do seu atelier na Rua de São Lázaro, data de 1970: o Plano Parcial de Recuperação Urbana da Zona de Expansão Norte da Vila. Seguir-se-ia o Cinema (1976); o Conjunto  Habitacional (20 habitações integradas em banda contínua) para o Fundo de Fomento de Habitação (1977); a esquadra da PSP (1979); o Plano Parcial de Recuperação Urbana da Zona de Expansão Sul da Vila (1980);  e o Plano e Loteamento da Zona Industrial (1981). O complexo de piscinas cobertas e espaços exteriores, iniciado em 1981, e o último projeto para Cantanhede documentado no arquivo doado a esta Fundação, viria já a ser executado no atelier da rua da Alegria, onde, a partir de 1984, se regista também a colaboração de Octávio Alves, enquanto arquiteto estagiário.

Manuel Teles nasceu a 16 de abril de 1936.

 

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17 de abril de 2023
6.º Modos de Editar: "In Situ – Ex Situ"
Seminário + demonstração + exposição + lançamento de livros
A partir de 18 de abril
FBAUP e FIMS

A 18 de abril inicia-se a 6.ª edição do Seminário Modos de Editar, um projeto coordenado por Graciela Machado e Rui Santos que tem como foco as pesquisas tecnológicas desenvolvidas no i2ADS/FBAUP em torno da produção contemporânea e da história alargada dos processos de edição e reprodução fotomecânicos. Este ano, o Seminário está inserido na programação do 1.º encontro de investigação do Pure Print Archeology e volta a contar com o apoio da Fundação Marques da Silva, seja enquanto lugar de acolhimento de uma das sessões, seja enquanto espaço privilegiado de conexão entre algumas das pesquisas em curso e os espécimes em arquivo, nomeadamente zincogravuras da autoria de Marques Abreu, pertencentes ao acervo de Maria José Marques da Silva e David Moreira da Silva.

Serão três dias para refletir, testar práticas e apresentar investigações académicas e artísticas que exploram processos fotomecânicos e inovadores na área da impressão. E é neste contexto que o Modos de Editar, enquanto seminário aberto à comunidade fora e dentro da FBAUP, dará o seu contributo. Esta edição inclui ainda, a exposição In Situ – Ex Situ, no Museu da FBAUP, e o lançamento dos livros Modos de Editar: Arquivo Aberto e Gravura Fotomecânica, editados pelo i2ADS.
 
A programação pode ser consultada aqui: Modos de Editar: In Situ - Ex Situ.

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12 de abril de 2023
SESSENTA DE SESSENTA
Exposição na Árvore - Cooperativa de Actividades Artísticas, C.R.L.
de 15 de abril a 3 de junho de 2023

Inaugura no próximo dia 15 de abril, às 16h00, a exposição Sessenta de Sessenta. Com curadoria de Nuno Higino, este projeto expositivo tem como objetivo assinalar o 60.º aniversário da Cooperativa Árvore, reunindo obras de 60 autores, entre artistas plásticos e arquitetos, que estiveram de alguma forma envolvidos na sua fundação, em abril de 1963. Para nos devolver o ambiente artístico e o contexto histórico e sociológico desse tempo, todas as obras selecionadas têm em comum o facto de terem sido produzidas durante a década de 60.

A Fundação Marques da Silva associou-se também à efeméride, cedendo obras de Fernando Távora, Alcino Soutinho, Sergio Fernandez e Alexandre Alves Costa. Nomes que estarão representados juntamente com Alberto Carneiro, Álvaro Siza, Álvaro Lapa, Ângelo de Sousa, Barata Feyo, Charters de Almeida, Dario Alves, Eurico Gonçalves, João Vieira, José Rodrigues, Luis Demée, Maria Antónia Siza, Nikias Skapinakis, Nuno Barreto, Sá Nogueira, entre outros.


A Exposição, parte integrante do programa comemorativo deste aniversário, vai estar patente na sede da Cooperativa Árvore, nas Salas 1,2 e 3, até 3 de Junho.
 

+ info: www.arvorecoop.pt
   

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11 de abril de 2023
Contradições e Complexidades. Manuel Graça Dias

Hoje, 11 de abril, em dia de aniversário de Manuel Graça Dias, recuperamos a sua presença e a sua voz através da partilha de um registo praticamente inédito, a entrevista realizada por Luís Urbano e Francisco Ferreira, na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, em julho de 2016.
 

E nada como o próprio para nos falar das experiências que viveu: da sua formação ao tirocínio em Macau, com Manuel Vicente; do encontro com Paulo Rocha; ou do sentido da sua arquitetura e das circunstâncias que definiram algumas das suas obras mais conhecidas, como o edifício Golfinho, em Chaves, e o Pavilhão de Portugal para a Expo 92, em Sevilha, onde também se foi firmando uma sólida e cúmplice parceria com Egas José Vieira. Nesta conversa, assume também o seu gosto de explicar, de divulgar arquitetura, materializado na imprensa escrita, em programas para televisão e rádio, na realização de curtas-metragens. No fundo, um olhar retrospetivo sobre um intenso percurso de vida que não esconde nem "contradições" nem "complexidades" e que desde sempre se foi distinguindo por uma certa irreverência. Atento ao seu tempo, em Manuel Graça Dias conjugam-se a capacidade de pensar e questionar, para criar, mas também e sempre para dialogar. É que urbanidade rima com humanidade.
 

Neste mesmo dia, a Ordem dos Arquitectos, numa cerimónia que se inicia às 17h30 no LU.CA, em Lisboa, vai entregar o Prémio MGD, dst - Ordem dos Arquitectos, 1.ª obra aos vencedores desta primeira edição: Ricardo Leitão e Rita Furtado.
 

Ver o vídeo aqui: Contradições e Complexidades. Manuel Graça Dias

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10 de abril de 2023
O desafio de projetar uma "obra total"
Germano de Castro Pinheiro e a Casa do Castanhal

Durante os anos 50 e 60, pelo Gabinete de Engenharia e Arquitetura de Germano de Castro Pinheiro, situado na antiga rua de Santo António, uma rua central da cidade do Porto, passaram, entre outros, Arnaldo Araújo, Ricardo Figueiredo, Eduardo Figueirinhas e Alexandre Rodrigues. Entre os projetos então desenvolvidos em Gabinete, o da Casa do Castanhal, pelo processo e pelo resultado alcançado, foi um dos mais acarinhados por Castro Pinheiro.

Iniciou-se em 1960, por encomenda de um amigo, Nelson Quintas. Era uma  uma "obra total", por idealizar a construção, num terreno de forte declive, situado na Maia, de uma casa, de uma piscina exterior, o arranjo do jardim e, ainda, o desenho de mobiliário e de alguns pormenores de execução. Germano de Castro Pinheiro procurou tirar partido das condições naturais desse terreno, assim como do conhecimento dos modos de vida da família que iria habitar a casa a construir, fatores determinantes para ditar a sua implantação, a distribuição interna dos espaços e a sua relação com a paisagem envolvente. Um projeto com final feliz e uma Casa que continua a ser o lugar de conforto e de vida para novas gerações da família.
 

No desenvolvimento deste projeto, colaborou igualmente Alexandre Rodrigues que o viria a apresentar, sob orientação  de Castro Pinheiro, a concurso para obtenção do diploma de arquiteto, em 1965, tendo por júri Carlos Ramos, Octávio Lixa Filgueiras e Viana de Lima.
 

Germano de Castro Pinheiro nasceu a 10 de abril de 1913, na Figueira da Foz.

 

Imagem: Planta geral de implantação (1960-65) © Fundação Marques da Silva, Arquivo Germano de Castro

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5 de abril de 2023
Páscoa 2023

A Fundação Marques da Silva deseja a todos uma Boa Páscoa e aproveita para informar que de 6 a 10 de abril, inclusivé, se encontra encerrada ao público. As visitas às exposições e restante atividade será retomada na terça-feira seguinte, dia 11, de acordo com o horário habitual, entre as 14h00 e as 18h00 (último acesso às 17h30).

 

 

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4 de abril de 2023
Prémio MGD, dst - Ordem dos Arquitectos, 1.ª obra
Primeira Edição
Cerimónia de Entrega: 11 de abril, 17h30, LU.CA, Teatro Luís de Camões

No próximo dia 11 de abril, dia em que Manuel Graça Dias celebraria 70 anos de idade, às 17h30, no LU.CA - Teatro Luís de Camões, vai decorrer a cerimónia de entrega do Prémio MGD, dst - Ordem dos Arquitectos, 1.ª obra.
 

O Júri desta primeira edição, presidido por Sergio Fernandez, e formado pelos arquitectos Sofia Isidoro (por indicação do Ministério da Cultura), Ana Vaz Milheiro (por indicação da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte) e Inês Vieira da Silva e Egas José Vieira (ambos por indicação do Conselho Directivo da Ordem dos Arquitectos), avaliou um universo de 31 candidaturas em função da afirmação da importância, valor e mensagem a transmitir, sublinhando tratar-se de uma evocação de Manuel Graça Dias às primeiras obras e lhe estarem associadas as condições de “qualidade arquitectónica, inventividade e considerações ambientais”.
 

Os vencedores, por unanimidade, foram os arquitetos Ricardo Leitão e Rita Furtado, com a "Casa em Freamunde", uma obra de raiz, construída em contexto urbano descaracterizado. Dizem os autores premiados no texto que acompanha o projeto, traduzindo uma inteligente e sensível base de trabalho, que a casa “não é nem podia ser pura”. Conceito que abordam com "uma atitude onde a criatividade está intimamente ligada ao rigor e ao sentido do que pode e deve ser o espaço de habitar (...) sem recurso a qualquer tipo de exibicionismo fácil, mas de grande valor arquitetónico."
 

O Júri deliberou ainda atribuir uma primeira menção honrosa ao segundo trabalho mais votado, referente à candidatura “Casa-Atelier”, da autoria da arquiteta Maria João Rebelo, e uma menção honrosa a dois trabalhos ex aequo, à candidatura “Edifício General Silveira”, da autoria dos arquitetos Tiago Antero e Vítor Fernandes e à candidatura “Casa com Muitas Caras” da autoria da arquiteta Ana Luísa Soares.
 

Este Prémio, que visa homenagear Manuel Graça Dias e “reconhecer e celebrar a qualidade da arquitectura produzida por arquitectos com formação recente”, foi lançado pela Ordem dos Arquitectos em outubro do ano passado e conta com o apoio institucional da Fundação Marques da Silva.
 

+ info: www.arquitectos.pt

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31 de março 2023
Prémio Fernando Távora
Lançamento da 19ª edição /
Conferência de Carlos Machado e Moura | Pedro Abranches Vasconcelos
3 de abril, 18:00, sede da OASRN

No próximo dia 3 de abril, pelas 18h00, na sede da OASRN, vai decorrer a sessão de lançamento da 19ª edição do Prémio Fernando Távora.

O programa da sessão inclui a apresentação do regulamento, a constituição de júri da nova edição e a conferência dos vencedores da 16ª edição, Arq. Carlos Machado e Moura e Arq. Pedro Abranches Vasconcelos que, tendo por título “Estrelas do Mar", apresenta um roteiro de viagem pelas fortificações da costa continental portuguesa.

O Prémio Fernando Távora, uma iniciativa da OASRN, nesta sua 19.ª edição, volta a contar com a parceria da Fundação Marques da Silva, da Câmara Municipal de Matosinhos e da Casa da Arquitectura, bem como com o patrocínio da Ageas Seguros.

A participação na sessão é gratuita, sujeita a inscrição e à lotação do espaço.
 

Ver teaser da Conferência "Estreslas do Mar"  aqui
+ info sobre o Prémios e inscrições: www.oasrn-oasrn.org

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30 de março de 2023
"Encontros com"
#03 Bernardo Miranda
moderação de Alexandra Saraiva
22 de abril, 15:30, Fundação Marques da Silva

O primeiro projeto de Raúl Hestnes Ferreira para o ISCTE data de 1976. Foi-lhe então pedido o que viria a ser o edifício ISCTE I, em 1976. Seguir-se-ia um Pavilhão Esplanada, a Ala Autónoma, o Centro de Formação INDEG e o novo edifício para o ISCTE II, já construído em novo milénio. A diversidade tipológica, a escala em questão, a continuidade da relação estabelecida entre arquiteto e um mesmo cliente, atribuem um significado particular a estes trabalhos no conjunto da obra de Hestnes Ferreira. Bernardo Miranda, atual Vice-Reitor do ISCTE para a área do património, foi colaborador deste arquiteto entre 1990 e 1996, tendo então participado e acompanhado o desenvolvimento de alguns destes projetos. Será ele o terceiro convidado deste ciclo de "Encontros com", programado no contexto da exposição HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ.

Alexandra Saraiva volta a assegurar a moderação de mais esta sessão que, inevitavelmente, passará por uma partilha da vivência do atelier, mas também pelo que significa "habitar" - agora - estes espaços.
 

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29 de março de 2023
O ESPAÇO DO MOVIMENTO
conversa com Daniel Tércio
moderação de Gonçalo Furtado e António Oliveira
29 de abril, 15h, Fundação Marques da Silva

"Partindo do pressuposto de que a dança, tal como a arquitetura, produz espaço, tenciono questionar a qualidade inconstante do espaço dançado. Essa inconstância, que alguns designam por efemeridade, permite perceber como os corpos dos bailarinos passam do desenho de trajetórias entre lugares, para a criação de planos, constituídos por múltiplos pontos, que autorizam mil e um percursos, que se contraem, se expandem e se desdobram em múltiplas possibilidades."
 

Este é o ponto de partida proposto por Daniel Tércio para a segunda conversa do ciclo Espaço, Escrita e Pensamento, pensado e moderado por Gonçalo Furtado e António Oliveira. Ou seja, o "Espaço da Escrita" vai ceder o lugar ao Espaço do Movimento. Daniel Tércio, o convidado desta sessão, foi Professor  da Universidade de Lisboa, tendo lecionado cursos de História da Dança, Estética, Movimento e Artes Visuais. Até 2021, coordenou o programa doutoral em Motricidade Humana, na especialidade de dança, e foi membro da direção do Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança. Enquanto crítico de dança, colabora regularmente com a imprensa escrita desde 2004. Os seus interesses vão da estética e história da dança aos estudos culturais, iconografia, tecnologias digitais e estudos da cidade.
 

A sessão é de entrada livre, sujeita à lotação da sala, e tem início às 15h.
 

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28 de março de 2023
A Casa que fez o sítio: o encontro com Luís Urbano

Hoje é dia Mundial do Teatro. Não serão as nossas casa os grandes palcos onde decorre a nossa vida? No passado sábado, no segundo encontro programado no contexto da exposição HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ, com Luís Urbano em diálogo com Alexandra Saraiva, os protagonistas da sessão foram a Casa de Albarraque e o arquiteto que a imaginou. Contaram-se muitas histórias: a memória das aulas teóricas no "farol" do Colégio das Artes, em Coimbra; do que levou Manuel Graça Dias a escrever um argumento para a rodagem de um filme de ficção em torno da Casa; das peripécias que envolveram essa rodagem, para que um inusitado carteiro pudesse entregar a "encomenda". E falou-se, claro, da arquitetura da Casa, do ascendente exercido pela Maison Carrée de Alvar Aalto, de como a Casa fez o sítio, de como a partir de tijolo e reboco, apesar do reduzido orçamento, o arquiteto perseguiu a vontade de explorar uma nova linguagem. Com a projeção da entrevista que precedeu as filmagens e da curta-metragem produzida no âmbito do projeto Ruptura Silenciosa, Raúl Hestnes Ferreira tomou a palavra e ocupou o ecrã. Recordou o seu percurso, a importância das suas experiências, a razão de ser das suas opções, de como se tornou possível projetar aquela casa: um trabalho de minúcia sobre uma ideia para um terreno tão desabrigado que, na altura, daquele lugar, ainda se podia avistar a Serra de Sintra e o mar. Mas foi uma casa pensada para quem nela ia viver. Por isso falou do pai, José Gomes Ferreira, e das árvores que Rosalía, a sua mulher, foi plantando em torno dela, do carácter dos espaços que nela se conjugam. Ao assistir-se à "Encomenda", nesse habitar ficcionado para a câmara, é a arquitetura da Casa, na sua individualidade, que se afirma, porém, deixando entrever como foi e continua a ser um palco onde apetece viver.
 

Ver álbum fotográfico da sessão aqui

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27 de março de 2023
O Cinema Avis, de Maurício de Vasconcellos, e os desenhos que o mantêm visível

No arquivo da Fundação Marques da Silva guarda-se a memória de muitos projetos construídos, outros que apenas foram imaginados, e outros ainda que, apesar de construídos, por circunstâncias várias e não obstante muitos deles terem vivido tempos áureos, acabaram por desaparecer do território. É o caso do Cinema Avis, na Avenida Duque de Ávila, em Lisboa, uma remodelação de Maurício de Vasconcellos do outrora Cinema Palácio, projetado por Raul Lino. Hoje, é um espaço residencial, mas, em particular durante a década de 60, foi um dos cinemas de referência da capital. Os desenhos em arquivo devolvem-nos esse tempo, mesmo ainda antes de o ser, ou seja, o momento em que Maurício de Vasconcellos o pensou e desejou enquanto equipamento para uma metrópole, um lugar com força urbana, a marcar o ritmo da vida cultural da cidade, onde não faltavam os néons para dar conta da sua presença. Foi um projeto cuidado e rigoroso, desde a optimização da preexistência, às instalações elétricas e ao tratamento acústico da sala, em concordância com "os mais modernos conhecimentos destas matérias", como nos lembra a memória descritiva de agosto de 1956. A partir de 1974, com desvios sensíveis da programação, o espaço entrou em declínio, acabando por vir a ser demolido. Permanecem os desenhos e a memória do projeto a lembrar a sua existência mais fulgurante. 

Maurício de Vasconcellos nasceu a 27 de março de 1925. Faria hoje 98 anos.

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26 de março de 2023
O Funicular dos Guindais, arquitetura em movimento

Para unir a cota alta, na zona da Batalha, à cota ribeirinha, a cidade do Porto inaugurou, em junho de 1891, um funicular projetado por Raul Mesnier de Ponsard, engenheiro com origens familiares francesas, portuense por nascimento, autor de vários equipamentos desta natureza em Portugal. Com um moderno e complexo mecanismo acionado a vapor, situado na encosta dos Guindais, junto a um dos panos da muralha fernandina e com uma vista panorâmica de exceção sobre o rio e a Ponte Luís I, o Funicular foi celebrado como mais um símbolo de progresso no sistema de transportes urbanos da cidade. Porém, passados apenas dois anos, um trágico acidente viria a ditar o seu encerramento. Foi preciso aguardar pelo plano de reabilitação urbana lançado pelo Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura, para se reconsiderar, num outro tempo, a importância da sua reposição. Coube a Adalberto Dias repensar o lugar e a sua história, as preexistências, assegurar a ligação da área a intervencionar em ligação à rede urbana como um todo, estabilizar um percurso que chega a atingir 45º de inclinação, e encontrar soluções técnicas eficazes e adequadas para o concretizar. Em 2004, a cidade tinha de novo em funcionamento o Funicular dos Guindais, a oferecer uma breve viagem com apenas 3 minutos de duração e a sensação de momentaneamente se levitar sobre o rio. E sobre o túnel, nem sequer faltam pequenas chaminés que se assemelham a garrafas de vinho do Porto. Arquitetura em movimento.

 
Adalberto Dias, cujo arquivo profissional foi doado à Fundação Marques da Silva em 2022, nasceu a 26 de março de 1953. Parabéns, Senhor Arquiteto!
 

Ver o vídeo sobre a obra aqui

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24 de março de 2023
Amanhã, às 15h30, Encontro com Luís Urbano
na Fundação Marques da Silva

Amanhã, na Fundação Marques da Silva, com Luís Urbano, a Casa de Albarraque de Raúl Hestnes Ferreira estará em destaque. É o segundo encontro programado no âmbito da exposição HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ. A sessão, de entrada livre, começa às 15h30 e será moderada por Alexandra Saraiva.

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23 de março de 2023
Estádio do Dragão
Inovação Fora de Portas está de regresso
26 de março, 10h30

O “Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra” está de regresso. No próximo dia 26 de março, às 10h30, com o Eng.º Hugo Marques como convidado e a Arq.ta Bárbara Rangel como moderadora, falar-se-á do Estádio do Dragão, obra de grande dimensão e complexidade, construída entre 2002 e 2004.

A sessão inclui ainda a exibição de um vídeo documental sobre a obra e uma visita guiada a zonas do estádio referidas ao longo da sessão.

Esta iniciativa, que tem na Fundação Marques da Silva uma das suas entidades apoiantes, resulta da parceria entre o Departamento de Engenharia Civil da FEUP, o Município do Porto (no âmbito da iniciativa Porto Innovation Hub), a Universidade do Porto e a Câmara Municipal de Gaia.
 

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10 de março de 2023
"Encontros com"
#02 Luís Urbano
25 de março, 15:30, Fundação Marques da Silva

Em 2013, no âmbito do projeto de investigação Ruptura Silenciosa, pensado e coordenado por Luís Urbano, Manuel Graça Dias realizou A Encomenda, uma curta-metragem rodada em torno de uma das mais acarinhadas e reconhecidas obras de Raúl Hestnes Ferreira, a Casa de Albarraque. Nesta pequena ficção, pontuada de humor e de poesia, através da interacção entre o arquiteto e um peculiar carteiro, fica-se a conhecer e a entender esta casa onde ecoa um tempo escandinavo e a medida de uma vida, a de José Gomes Ferreira, seu pai. No decurso das filmagens, Manuel Graça Dias e Luís Urbano entrevistaram Raúl Hestnes Ferreira, um registo que é possível rever na exposição e onde, para além de desvendar o processo de construção da Casa de Albarraque, Hestnes Ferreira partilha, em discurso direto, as suas memórias sobre o que foi o seu percurso, da formação à experiência profissional, passando pelas viagens que marcaram a sua vida.

Esta segunda sessão de Encontros com tem Luís Urbano como convidado e a revisitação destes momentos como ponto de partida. Passaram-se, contudo, 10 anos e o balanço a fazer ganhou seguramente novos sentidos. Como em todas as sessões deste ciclo, a moderação está a cargo de Alexandra Saraiva, curadora principal da exposição HESTNES FERREIRA – FORMA | MATÉRIA | LUZ. A entrada é livre, apenas condicionada à lotação do espaço. Começa às 15h30.
 

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21 de março de 2023
Um pedaço de papel e almoços entre amigos em Dia Mundial da Poesia

Quem conhecia mais intimamente Fernando Lanhas, sabia que era recorrente vê-lo a escrevinhar nas toalhas de papel que cobriam as mesas dos restaurantes. E assim aconteceu, naquele dia 9 de novembro de 1977, com o apontamento que hoje publicamos. Este mesmo escrito, mas sem data, encontra-se transcrito na "Antologia Poética" do livro Fernando Lanhas: os sete rostos (p. 91). O pequeno fragmento de papel de toalha de mesa chegou ao nosso conhecimento através do filho do Arq.to Octávio Lixa Filgueiras, Carlos Filgueiras, que o encontrou no meio dos papéis que o seu pai tinha por hábito guardar. Permite-nos agora datar o poema publicado, mas ficar a saber também que é um curioso testemunho de um dos muitos almoços que estes dois arquitetos costumavam combinar entre si. Unia-os uma amizade que, iniciada na Escola de Belas Artes, se manteve ao longo das suas vidas, alimentada por interesses comuns nas áreas da etnografia e da arqueologia. Num tempo em que "todos" se conheciam, elegiam-se afinidades eletivas que foram permitindo ultrapassar as diferenças que também os distinguiam. E entre almoços ou nos lanches da casa da Rua de S. Tomé, onde vivia Lixa Filgueiras, também ele autor de um livro de poesia, Requiem às Glórias do Mundo e outros poemas, poderíamos citar outros nomes, como Ângelo de Sousa, José Rodrigues (que viria a ilustrar um dos seus contos), Alberto Carneiro, José Forjaz, ou até mesmo um improvável General Eanes. Em Dia Mundial da Poesia, destaque para este pensamento poético, perdido e achado num pedaço de papel, recolhido na espontaneidade de um encontro entre amigos.

 


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20 de março de 2023
Pensar o espaço enquanto ficção, na escrita e na arquitetura
Nuno Camarneiro em conversa com Gonçalo Furtado e António Oliveira

Pensar o "espaço", enquanto campo de trabalho da Arquitetura, a partir de diferentes perspetivas disciplinares, é o fio condutor das quatro conversas que compõem o ciclo Espaço, Escrita e Pensamento. No passado sábado, Nuno Camarneiro, cientista e escritor, em diálogo com os organizadores/moderadores, Gonçalo Furtado e António Oliveira, falou do conceito e da sua apropriação enquanto ferramenta de compreensão do real e simultaneamente mecanismo de criação. Partindo do seu percurso, da sua obra escrita e dos seus autores de referência, abordou as múltiplas aceções do espaço: real, simbólico, imaginário, do jogo de espelhos que sempre se estabelece entre a construção teórica e a experiência individual, social e política do mundo. Neste território comum à literatura e à arquitetura, com as suas interseções e transposições, contrapôs a liberdade ficcional da escrita e o seu potencial antecipador de outras realidades, ou até mesmo o exercício sinestésico de quem lê, aos constrangimentos inerentes à sua objetualização, à projeção do arquiteto, até quando esta permanece idealizada. Falou-se da memória e dos modelos que vão filtrando a nossa perceção do espaço e da forma como este, nas suas diferentes escalas, vai ditando as nossas vidas, sem deixar de referir a recente experiência de confinamento e a globalização do imaginário que marca o nosso tempo.
 

Na próxima sessão, em abril, com Daniel Tércio, será a relação entre corpo, movimento e espaço a estar em destaque.


Ver álbum fotográfico da sessão aqui

 

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17 de março de 2023
O ESPAÇO DA ESCRITA
conversa com Nuno Camarneiro
moderação de Gonçalo Furtado e António Oliveira
18 de março, 15h, Fundação Marques da Silva

Nuno Camarneiro é o primeiro convidado do Ciclo "Espaço, Escrita e Pensamento", um conjunto de quatro conversas que pretendem abordar, numa perspetiva multidisciplinar, o conceito de "espaço".

Com O ESPAÇO DA ESCRITA como tema, Nuno Camarneiro define assim o ponto de partida para a conversa: “Uma história são pessoas num lugar por algum tempo”, assim começa o romance "Debaixo de Algum Céu", que escrevi em 2011. Onze anos passados revejo-me ainda na afirmação e dou igual valor às três premissas necessárias para que uma história aconteça: Pessoas, lugares e tempo. O lugar é o palco onde as vozes, as acções e o drama podem acontecer, onde se confrontam e mostram, num diálogo difícil e profícuo entre exterior e interior. Falemos então desses lugares e das múltiplas e complexas geografias da ficção.”

A conversa será moderada por Gonçalo Furtado e António Oliveira, autores e organizadores desta iniciativa que conta com o apoio da Fundação Marques da Silva e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

Todas as sessões deste Ciclo decorrem na Fundação Marques da Silva. Com início às 15h, são de acesso livre, apenas condicionadas à lotação do espaço.

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15 de março de 2023
Newsletter - Março 2023

Na semana em que se inicia um novo ciclo, «Espaço, Escrita e Pensamento», com Nuno Camarneiro como convidado, e se prepara a segunda edição do ciclo paralelo à exposição «Hestnes Ferreira - Forma | Matéria | Luz», um «Encontro com Luis Urbano», publica-se a edição de Março da Newsletter da Fundação Marques da Silva. A ler aqui

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11 de março de 2023
Luiz Botelho Dias e a Estalagem da Rua das Flores

Corria o ano de 1805, quando a Real Companhia Velha decide comprar a casa que desde 1761 tinha arrendada, na Rua das Flores, cidade do Porto, a Manoel de Figueiroa Pinto. E aí permaneceu até 1961. Alguns anos depois, Silva Reis, o seu Presidente de então, encomenda à dupla de arquitetos Manuel Marques de Aguiar e Luiz Botelho Dias o projeto de transformação do edifício, a entrar num visível estado de degradação, em Estalagem. O desafio era grande, seja pela centralidade da sua localização, seja pelo programa a cumprir. Acautelando o prestígio inerente à instituição e a garantia de criação de ambientes confortáveis e convidativos, havia que recuperar e valorizar as existências e assegurar a sua transição para um novo corpo a construir, destinado a acolher quartos e serviços. As soluções não poderiam comprometer nem o respeito pela traça do edifício antigo nem a eficácia da resposta a novas funções. Princípios que se encontram expressos na memória descritiva de janeiro de 1969. O projeto para a "Estalagem do Vinho do Porto", desenvolvido no gabinete da Rua Sá da Bandeira, prolongou-se pelo tempo, com os dois arquitetos envolvidos na sua defesa e pormenorização. A documentação hoje arquivada na Fundação Marques da Silva e de onde foi retirada a perspetiva agora publicada, assinada por Luiz Botelho Dias e datada de agosto de 1974, assim o confirma. Não viria, contudo, a ser construído. A Casa da Companhia, o n.º 69 da Rua das Flores, sobreviveu, foi ganhando novos inquilinos e acaba de ser renovada, cumprindo-se enquanto hotel de luxo. Mas este processo de projeto faz parte da história do edifício e da história da cidade imaginada. Aquela que não correspondendo ao que existe nos diz do que poderia ter sido.


Luiz Botelho Dias nasceu a 11 de março de 1929.

 

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6 de março de 2023
ESPAÇO, ESCRITA E PENSAMENTO
Ciclo de conversas
Mar - Jun 2023 / Fundação Marques da Silva

O ciclo Espaço, Escrita e Pensamento, organizado pelo Professor Gonçalo Furtado e pelo Arquiteto António Oliveira, consiste em quatro conversas que pretendem abordar, numa perspetiva multidisciplinar, o conceito de "espaço". Os escritores e filósofos Nuno Camarneiro, Daniel Tércio, José Gil/Ana Godinho Gil e Maria Filomena Molder responderam ao desafio lançado e, entre março e junho, virão à Fundação Marques da Silva falar sobre o lugar que o conceito ocupa nos seus ofícios de escrita e pensamento, sobre como o espaço é construído pelo homem e, simultaneamente, como nele se constrói. As conversas, moderadas pelos organizadores do Ciclo, são abertas ao público em geral, que também será convidado a nelas participar.

A primeira conversa acontece já no próximo dia 18, com Nuno Camarneiro.
 

Este Ciclo conta com o apoio da Fundação Marques da Silva e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
 

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2 de março de 2023
La Ciudad en Disputa / The City in Dispute
Exposição
Galeria La Virreina, Barcelona
Manifestação SAAL, Porto, 1975. Arquivo Alexandre Alves Costa. Centro de Documentação 25 de Abril, Universidade de Coimbra

Desde a reconstrução neorrealista na Itália do pós-guerra, passando pelos "poblados dirigidos" em Espanha, até à experiência do SAAL em Portugal, a exposição La Ciudad en Disputa, com curadoria de María García Ruiz e Moisés Puente, apresenta um olhar em perspetiva sobre a habitação social do Sul da Europa, através do qual se interpela a forma como, entre 1949 e 1976, a ação política se entrecruzou com a prática arquitetónica.
 

Nesta exposição, que conta com o apoio da Fundação Marques da Silva, estará em destaque o projeto de Sergio Fernandez para a Operação SAAL no Bairro do Leal (Porto, 1974-76), assim como outra documentação proveniente dos arquivos de Alcino Soutinho e Alfredo Matos Ferreira.
 

La ciudad en Disputa inaugura amanhã, 3 de março, na Galeria La Virreina, em Barcelona, e ficará patente ao público até 4 de junho deste ano.
 

+ info: www.ajuntament.barcelona.cat/lavirreina.es

 

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1 de março de 2023
Alfredo Matos Ferreira e a piscina para o Convento de Santa Marinha da Costa

A requalificação do convento de Santa Marinha da Costa, em Guimarães, é um dos projetos que, pela sua dimensão e complexidade, Alfredo Matos Ferreira destaca do período que considera ter sido o mais interessante da sua longa carreira, aquele em que colaborou com Fernando Távora e onde, entre estes dois arquitetos, para além de uma sólida amizade, se firmou uma "grande concordância no modo de abordar os problemas da Arquitectura e do Urbanismo" (Memória, p. 217).
 

Na reconversão a Pousada do velho e degradado edifício conventual havia que articular preexistências com processos de construção contemporâneos e introduzir infraestruturas relacionadas com o conforto, a par da conceção de novos espaços construídos de raiz. Coube a Alfredo Matos Ferreira projetar a Piscina, um lugar idealizado para descanso e que deveria cumprir um programa relativamente simples: uma piscina para adultos e outra para crianças, vestiários, balneários e um pequeno bar, assim como um espaço para tratamento da água da nascente que abastecia o convento. O acesso ao espaço seria possível seja através da grande escadaria de ligação do Convento ao tanque circular construído pelos frades no séc. XVIII ou através de uma alameda de tílias que também permitiria o trânsito motorizado. A solução proposta por Matos Ferreira, afirmando-se pela sua geometria, desenvolvia-se em dois pisos, uma plataforma para organizar todos os espaços ao ar livre ou cobertos, e um piso semienterrado, para apoio e instalação de maquinaria de tratamento de água. Mas só um piso enterrado, a assegurar esta última valência, viria a ser construído (Memória, p. 224).
 

Alfredo Matos Ferreira nasceu a 1 de março a 1928.

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27 de fevereiro de 2023
Ana Tostões e a longa e aventurosa vida de Raúl Hestnes Ferreira

Naquele que foi o primeiro encontro organizado em torno da exposição HESTNES FERREIRA - Forma | Matéria | Luz, Ana Tostões veio à Fundação Marques da Silva falar-nos da longa e aventurosa vida do arquiteto Raúl Hestnes Ferreira. Num primeiro momento esteve em foco a pessoa, a adolescência singular, a atração nórdica, a descoberta do universo kahniano; assim como a identificação do que é distintivo da forma de projetar deste arquiteto: o uso do carvão, as geometrias em espaço, a subtileza do trabalho sobre a luz, a grandiosidade, o rigor construtivo ou o respeito pela natureza dos materiais. Da extensíssima obra de Raúl Hestnes Ferreira, Ana Tostões destacou Albarraque, obra perfeita, e fez também questão de referir o olhar inteligente deste arquiteto sobre um passado recente da arquitetura portuguesa, desde logo nas suas abordagens à obra de Cassiano Branco e Keil do Amaral, lembrando que Hestnes Ferreira fez parte de uma geração de arquitetos politicamente comprometida e consciente do seu papel. Seguiu-se uma visita à exposição pautada por uma estimulante conversa com a curadora Alexandra Saraiva ao longo de todo o percurso expositivo.

O próximo encontro é já no dia 25 deste mês, com Bernardo Miranda.


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22 de fevereiro de 2023
"Encontros com"
#01 Ana Tostões
25 de fevereiro, 15:30, Fundação Marques da Silva

Encontros com é o título que agrupa genericamente um conjunto de cinco sessões pensadas no contexto da exposição HESTNES FERREIRA - Forma | Matéria | Luz. E se nela os curadores Alexandra Saraiva, Patrícia Bento d´Almeida e Paulo Tormenta Pinto, nos propõem uma leitura da obra de  Raúl Hestnes Ferreira a partir do seu processo de trabalho, entre o projeto e a experiência do construído, as ações agora programadas têm como objetivo aprofundar e colocar em discussão outros olhares, outras possíveis perspetivas de análise do extenso e invulgar campo de trabalho deste arquiteto.
 

A primeira convidada deste ciclo vai ser Ana Tostões, arquiteta, investigadora, curadora e professora catedrática, autora (entre muitas outras publicações) do livro Idade Maior, Cultura e Tecnologia na Arquitectura Moderna Portuguesa (FAUP, 2015) que, no próximo sábado, dia 25, às 15:30, na Fundação Marques da Silva, irá fazer uma breve introdução à figura de Raúl Hestnes Ferreira, seguida de uma visita guiada à exposição.
 

As sessões são de acesso gratuito, apenas limitadas à lotação do espaço.

 

+ info: aqui

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20 de fevereiro de 2023
Dia de Carnaval

A Fundação Marques da Silva vai estar encerrada esta terça-feira, 21 de fevereiro, dia de Carnaval. O horário de visita às exposições e o atendimento aos investigadores será retomado logo no dia seguinte.

Desejamos a todos um bom Carnaval!

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9 de fevereiro de 2023
"Fernão Simões de Carvalho - O Moderno Brutalista"
Duas novas visitas guiadas

O Círculo de Arquitetura de Oeiras vai prolongar a exposição "Fernão Simões de Carvalho - O Moderno Brutalista" até 18 de março, mês durante o qual será ainda possível participar em duas novas visitas guiadas:
 

/ 02 de Março – Visita Guiada à Casa do Arquiteto em Queijas (dois horários disponíveis – 15:00 e 16:00)
/ 08 de Março – Visita guiada à Exposição (às 18:00)
 

Inscrições através do email circulodaarquitetura@oeiras.pt.
 

+ info: www.oeiras.pt

 

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13 de fevereiro de 2023
HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ já se deu a conhecer

Foi em ambiente de festa que a exposição HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ abriu as suas portas e deu a conhecer uma outra forma de interpretar o percurso e a obra de Raúl Hestnes Ferreira. Antes porém, nas intervenções de Luís Urbano e da curadora principal, Alexandra Saraiva, foi referido o trajeto de transferência do seu arquivo do atelier da Graça para a Fundação Marques da Silva, as investigações que antecederam este novo projeto expositivo e tudo o quanto tem vindo a ser feito para que a memória documental do trabalho deste arquiteto e professor de exceção possa continuar a enfrentar o tempo, possa continuar a ser estudada, possa continuar a ser comunicada. Entretanto, a exposição aí está, à sua espera.

A visitar na Casa-Atelier José Marques da Silva, de segunda a sábado, entre as 14:00 e as 18:00.

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10 de fevereiro de 2023
HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ
Inaugura amanhã, às 16:00, na Fundação Marques da Silva

Fase final de montagem da nova exposição.
HESTNES FERREIRA - FORMA | MATÉRIA | LUZ
inaugura amanhã, às 16:00, na Fundação Marques da Silva.
Contamos com a sua presença!


 

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8 de fevereiro de 2023
Bartolomeu Costa Cabral e o projeto para a estação de metro da Quinta das Conchas

Quando se pensa na obra de arquitetura de Bartolomeu Costa Cabral é imediata a associação aos projetos desenvolvidos para as Universidades da Covilhã, Guimarães ou Bragança, o plano de habitação do Bairro do Pego Longo, a Escola do Castelo, a "casa de taipa", as moradias da Travessa da Oliveira, Ribeiro Sanches e as Amoreiras, em Lisboa, a Galeria 111 ou a recuperação do Teatro Taborda, alguns dos seus mais amados projetos, já para não se falar do matricial Bloco das Águas Livres. Mas ao longo do seu percurso contam-se muitos outros que não deixam de ser exemplares do seu processo de trabalho e dos valores éticos, estéticos e humanos que o norteiam. É no compromisso entre arte e técnica construtiva, entre a resposta a uma função precisa e o sentido para a comunidade onde as suas obras ganham forma, que se fundamenta a sua ação e a consistência da sua obra. Mesmo quando se assume como coordenador de uma equipa, como é o caso da estação de metro da Quinta das Conchas, inaugurada em 2004. A arquitetura desta estação metropolitana de Lisboa, integrada na Linha Amarela e que chegou a chamar-se Quinta do Lambert e Quinta das Moucas antes de assumir em definitivo a atual designação de Quinta das Conchas, é assim da autoria de um coletivo composto por Mário Crespo, João Gomes e Anabela João, com coordenação de Bartolomeu Costa Cabral. O espaço integra ainda intervenções dos artistas plásticos Joana Rosa e Manuel Baptista.
 

É um projeto onde ecoam influências do metro de Foster para Bilbao, desenvolvido a partir do lugar, com e para as pessoas. O que se alcançou resulta de uma relação próxima de trabalho e partilha entre arquitetos, a equipa de serviços técnicos do metro de Lisboa e os artistas plásticos envolvidos. E, de novo, aí se pode sentir a força e o respeito pelos materiais, o espaço de liberdade de escolha que Bartolomeu Costa Cabral sempre se impôs, o acautelar das necessidades do utilizador, a procura de beleza. Por isso não é também de estranhar que juntamente com a memória documental deste projeto, hoje parte do arquivo da Fundação Marques da Silva, ainda se preservem modelos de estudo para um dos elementos conferidores de identidade a esta estação, o azulejo canelado que reveste parte importante das suas superfícies parietais.
 

Bartolomeu Costa Cabral nasceu a 8 de fevereiro de 1929. Faz hoje 94 anos e continua a projetar. Parabéns, Senhor Arquiteto!

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2 de fevereiro de 2023
O lado solar. Alexandre Alves Costa

Quando Alexandre Alves Costa volta o seu olhar para os anos em que se fez arquiteto, entre a Escola Superior de Belas Artes e o estágio no LNEC, entre o Porto e Lisboa, entre Távora ou Siza e Nuno Portas, não hesita em afirmar o seu sentido de pertença à geração da heterodoxia, que tinha em Eduardo Lourenço o seu grande ideólogo. E devolve-nos, quando o ouvimos, uma leitura muito pessoal dessa década, os anos sessenta em Portugal, de onde transparece uma procura consciente de apreensão da realidade "real" do país que era e é o seu, aliada a uma inquebrantável vontade de mudança, de construção de um tempo novo. Nesse reencontro com o passado, vai reconhecendo a existência de um lado solar, desse espaço de liberdade habitado por um sentimento de esperança transversal, para além da arquitetura, aos domínios da poesia e do cinema. São referências e memórias interpretadas a partir da sua própria experiência, sensibilidade e idiossincrasia, num encantamento pelo mundo na riqueza da sua globalidade. 
 

Alexandre Alves Costa nasceu a 2 de fevereiro de 1939. Para assinalar o seu aniversário, a Fundação Marques da Silva recuperou a entrevista dada a Luís Urbano, em 2014, no âmbito do projeto CIRCA 1963. É que como o próprio refere a propósito da Viagem ao Princípio do Mundo, de Manoel de Oliveira, outra das suas grandes referências, apropriando-se das palavras de Eduardo Lourenço, nela "não lemos o passado, lemos sempre o futuro". Parabéns, Senhor Arquiteto!

 

Ver aqui: O lado solar. Alexandre Alves Costa (JackBackPack, 2014)

 

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1 de fevereiro de 2023
Newsletter - Fevereiro 2023

A primeira Newsletter de 2023 abre com o anúncio de uma nova exposição a inaugurar na Casa-Atelier José Marques da Silva: HESTNES FERREIRA - Forma | Matéria | Luz, enquanto no Palacete Lopes Martins se mantém a exposição CARTOGRAFIA MANUEL BOTELHO: Obra e Projeto. Mas há muito mais a acontecer.
 

A ler aqui

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31 de janeiro de 2023
Fernando Távora em debate nos Encontros de Arquitetura da Fondazione Corrente
2 de fevereiro, 18:00

Dell´organizzazione dello spazio, tradução para língua italiana de Carlotta Torricelli do texto original de Fernando Távora, livro publicado pela editora nottetempo com o apoio da Fundação Marques da Silva e da família de Fernando Távora, vai ser um dos temas em debate nos Encontros de Arquitetura da Fondazione Corrente.

A sessão dedicada ao livro, a primeira deste ciclo de conversas e também a primeira apresentação pública do livro a ter lugar em Milão, inicia-se às 18:00 e nela participam, para além de Carlotta Torricelli, tradutora e autora da nota introdutória ao livro, Gregorio Carboni Maestri, Giovanni Muzio e Stefano Perego.

De acesso livre, estes encontros são coordenados por Jacopo Muzio Treccani.

+ info: www.fondazionecorrente.org

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30 de janeiro de 2023
"Fernão Simões de Carvalho: Arquitetura 1960-1999 /
O Moderno Brutalista"
Mesa Redonda
2 de fevereiro, Círculo da Arquitetura (Oeiras), 18:00

A exposição Fernão Simões de Carvalho: Arquitetura 1960-1999 / O Moderno Brutalista, patente ao público no Círculo da Arquitetura, em Oeiras, está a entrar nos seus últimos dias, mas no próximo dia 2 de fevereiro ainda poderá assistir a uma mesa redonda onde serão debatidas várias das temáticas assinaladas neste projeto expositivo. Tomam parte no painel Beatriz Serrazina, Filomena Espírito Santo, Hugo Farias, Inês Lima Rodrigues, Joana Basto Malheiro, João Carrola Gomes, Maria Manuela da Fonte e Michel Toussaint. A sessão, de entrada livre, tem início às 18:00 e para participar basta inscrever-se através do email circulodaarquitetura@oeiras.pt.
 

Consultar painel informativo
+ info: www.oeiras.pt

 

 

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28 de janeiro 2023
´Uma moradia em forma de círculo no centro do Porto`

Adotar a forma circular para compor uma habitação não é seguramente um gesto comum, e ainda mais invulgar se nos estivermos a referir a uma das zonas centrais da cidade do Porto. Mas no final dos anos quarenta, mais exatamente em 1949, assim aconteceu quando os arquitetos David Moreira da Silva e Maria José Marques da Silva, em aditamento a projetos anteriores, trabalharam a possibilidade de adaptação do torreão do "Palácio do Comércio", a moradia. Não existem elementos que nos permitam aferir se tal decisão decorreu da vontade do cliente ou de uma proposta dos arquitetos. Seja como for, 7.º e 8.º pisos, ligados internamente por uma escada em caracol, transformam-se num espaço de habitação que ainda hoje distingue o topo sul da fachada principal, no cruzamento entre as ruas Sá da Bandeira e Fernandes Tomás, afirmando-se como um dos elementos identitários e mais icónicos de todo o edifício.
 

O "Palácio do Comércio", projeto em que David Moreira da Silva começa a trabalhar desde 1940, foi encomendado pela firma Ferreira & Filhos, Lda e desde o primeiro momento, aliás em sintonia com as aspirações camarárias, teve por objetivo ser "grandioso". "Concebido de modo a poder contribuir, em elevado grau, para a plena valorização estética e funcional do núcleo central citadino, êste edifício, que tanto pela sua privilegiada situação, grande composição, invulgares dimensões, como pelos nobres e ricos materiais com que deverá a vir a ser construído, não poderá deixar de ser, para os vindouros, um bem marcante, expressivo e dignificador PADRÃO da nossa época – graças à larga capacidade realizadora e ao tão notável como louvável espírito bairrista e de sacrifício da firma que o pretende construído, não poderá deixar de ser, para os vindouros, um bem marcante, expressivo e dignificador Padrão da nossa época - graças à larga capacidade realizadora e ao tão notável espírito bairrista e de sacrifício da firma que o pretende construir [...]." (memória descritiva de 1946)
 

Em resposta a uma iniciativa da Fundação Marques da Silva, a Direção-Geral do Património Cultural tem em curso um processo de classificação deste edifício-quarteirão.
 

David Moreira da Silva nasceu na Maia, a 28 de janeiro de 1909.
 

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27 de janeiro de 2023
Políticas de Habitação em Lisboa: da Monarquia à Democracia
Exposição
Museu de Lisboa, Palácio Pimenta, Pavilhão Preto

Vai inaugurar, no próximo dia 2 de fevereiro, às 18:00, no Palácio Pimenta, a exposição Políticas de Habitação em Lisboa: da Monarquia à Democracia. Promovida pelo Arquivo Municipal de Lisboa e com curadoria científica de Gonçalo Antunes, a exposição apresenta os resultados urbanos das políticas habitacionais implementadas nesta cidade nos últimos 200 anos, destacando as diferenças práticas e conceptuais dessas políticas, em particular no que respeita a opções de arquitetura, morfologia, desenho urbano, destinatários e localização.
 

Nesta reflexão sobre a evolução das políticas de habitação e a forma como estas contribuíram para a construção da paisagem urbana de Lisboa, não poderia deixar de estar sinalizado o Bairro Fonsecas e Calçada, de Raúl Hestnes Ferreira, desenvolvido no âmbito do SAAL para as Cooperativas 25 de Abril e Unidade do Povo.
 

A exposição, que conta assim com o apoio da Fundação Marques da Silva, poderá ser visitada até 30 de abril deste ano, de terça a domingo, entre as 10:00 e as 18:00. Durante este período serão ainda realizadas 3 visitas orientadas pelo curador científico a 11 de fevereiro, 11 de março e 15 de abril.


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+ info em: www.museudelisboa.pt ou www.arquivomunicipal.lisboa.pt

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25 de janeiro de 2023
HESTNES FERREIRA - Forma | Matéria | Luz
Exposição
11.02 a 29.07.2023, Fundação Marques da Silva

HESTNES FERREIRA -  Forma | Matéria | Luz, a próxima exposição a habitar a Casa-Atelier José Marques da Silva, com curadoria de Alexandra Saraiva, Patrícia Bento d´Almeida e Paulo Tormenta Pinto, questiona a arquitetura de Raúl Hestnes Ferreira (1931-2018) sob a perspetiva do diálogo que se pode estabelecer entre a experiência do construído e a memória de projeto.


A partir da documentação em arquivo na Fundação Marques da Silva, os curadores selecionaram 13 obras realizadas por este arquiteto, entre o final dos anos sessenta e a primeira década do século XXI, e traçaram um itinerário capaz de propor um outro entendimento sobre a singularidade do processo de trabalho de Hestnes Ferreira e o significado da sua arquitetura. A leitura agora proposta surge-nos ainda balizada por uma breve incursão através do seu tempo de formação, enquanto arquiteto, e pela projeção de alguns vídeos. Um programa de ações paralelas virá ainda aprofundar e expandir os caminhos abertos pela Exposição.

HESTNES FERREIRA - Forma | Matéria | Luz tem inauguração marcada para o próximo dia 11 de fevereiro, às 16:00, na Casa-Atelier José Marques da Silva. O momento será assinalado com uma visita guiada pelos curadores. Nesse dia, a entrada é livre.
 

Este projeto expositivo, uma iniciativa da Fundação Marques da Silva, surge na continuidade de um longo processo de inventariação, tratamento de digitalização do acervo de Raúl Hestnes Ferreira, doado a esta Fundação em 2018, e conta com o apoio da família do arquiteto Raúl Hestnes Ferreira, do Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, da sua unidade de investigação DINÂMIA´CET-Iscte, Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território, e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/BPD/ 111869/2015; 2021.02417.CEECIND; SFRH/BPD/117167/2016).
 

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20 de janeiro de 2023
"Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto", novas datas

A exposição Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto vai poder continuar a ser visitada até ao dia 6 de maio, data para a qual foi igualmente reagendada uma sessão de encerramento constituída pelo lançamento de uma monografia com a retrospetiva do trajeto deste arquiteto e uma mesa redonda com a participação de Jorge Figueira (moderador), Carlos Machado, Manuel Mendes, Maria José Casanova e Pedro Bandeira. De entrada livre (sujeita à lotaçâo do espaço), a sessão terá início às 16:00, na Fundação Marques da Silva. Até lá, a Exposição mantém-se aberta ao público durante o horário habitual: de segunda a sábado, entre as 14:00 e as 18:00.
 

Comissariada por António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia, Duarte Belo e Luís Urbano a Exposição Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto resulta de uma parceria entre a Fundação Marques da Silva (FIMS), a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), o Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo/FAUP (CEAU/FAUP), o Laboratório da Paisagem, Património e Território (Lab2PT) e a Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho (EAAD-UM); e conta com o apoio à divulgação da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OA-SRN).

O livro a Manuel Botelho, obra e projeto, a publicar pela Circo de Ideias, tem como editores António Neves, Bruno Baldaia e Carlos Maia, e como coordenador editorial, Pedro Baía. Esta publicação conta com o apoio de todas as instituições parceiras do projeto que, desde janeiro de 2022, tem vindo a concretizar um diversificado conjunto de ações para dar a conhecer a produção e o percurso singular de Manuel Botelho.


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14 de janeiro de 2023
Carlos Carvalho Dias e o Congresso da AIU onde se pensaram as pequenas e médias cidades à escala do mundo (Braga, 1984)

Poderia ser a simples fotografia de um grupo, reunido em pleno centro da cidade de Viana do Castelo, a acompanhar com evidente atenção as palavras do guia que desloca a sua atenção para um ponto que não nos é dado ver.  Só que sabemos também que o guia é o arquiteto Carlos Carvalho Dias e que foi tirada a 6 de setembro de 1984, durante o primeiro dia da viagem ao Norte de Portugal e Santiago de Compostela organizada no contexto do 20.º Congresso da Associação Internacional de Urbanistas, que tivera lugar em Braga, entre 1 e 5 do referido mês de setembro. A fotografia encontra-se arquivada num dossier pertencente ao arquivo de Carlos Carvalho Dias, na altura Vice-Presidente da ISOCARP (International Society of City and Regional Planners), instituição da qual tinha sido um dos fundadores. O Congresso, presidido por Derek Lyddon, teve por tema "A implementação de Planeamento em pequenas cidades" e contou com a presença de mais de centena e meia de participantes internacionais para apresentarem e discutirem 16 casos de estudo: cidades de pequena e média dimensão, maioritariamente europeias, mas também situadas no Brasil, Peru, Marrocos e Índia. O exemplo português era precisamente a cidade de Braga, para a qual tinha sido projetado o Anteplano de Urbanização, de Carlos Carvalho Dias e Lúcio Miranda, do início da década de 70, e o Plano posterior, mas já então em vigor, da autoria de Manuel Fernandes de Sá. Na altura foi igualmente apresentada, por Fernandes Ribeiro, a experiência de renovação urbana levada a cabo pelo CRUARB, ou seja, na área Ribeira-Barredo, no Porto. A passagem de testemunho da presidência da Associação para um representante português, Manuel da Costa Lobo, era outro dos pontos do programa. O dossier de Carlos Carvalho Dias, agora consultável na Fundação Marques da Silva, inclui informações relativas aos trabalhos preparatórios, relatórios que sintetizam as principais conclusões do Congresso e outros registos, entre os quais, documentos que testemunham um sentimento de generalizada aprovação e satisfação pelo trabalho desenvolvido por parte dos organizadores, em particular o de Carlos Carvalho Dias.

Carlos Carvalho Dias nasceu em Viana do Castelo, a 14 de janeiro de 1929. Faz hoje 94 anos. Parabéns, Senhor Arquiteto!

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12 de janeiro de 2023
Domingos Pinto de Faria numa varanda com vista para a cidade

Domingos Ferreira Pinto de Faria obteve o seu Diploma de Arquiteto na Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1965, tendo-se apresentado a Concurso com um Plano de Renovação para um Quarteirão junto à Quinta do Covelo, delimitado pelas ruas Faria de Guimarães, Covelo, Campo Lindo e Monte de S. João. Tema e desenvolvimento foram desde logo assumidos pelo próprio como resultantes da experiência acumulada durante a sua passagem pelo Gabinete de Urbanização da Câmara Municipal do Porto, onde iniciara a sua atividade profissional, em 1957, e onde permanecerá até 1970. Durante esse período, colaborou na elaboração do Plano Diretor da Cidade do Porto orientado por Robert Auzelle e na equipa que visava extinguir as ilhas. Será dessa altura a fotografia que hoje publicamos e com a qual se assinala o dia do seu nascimento, a 12 de janeiro de 1934.

 

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11 de janeiro de 2023
Fernão Simões de Carvalho: Arquitetura 1960-1999 /
O Moderno Brutalista

Visita guiada por Inês Lima Rodrigues
12 de janeiro, às 18:00

No contexto da exposição "Fernão Simões de Carvalho: Arquitetura 1960-1999 / O Moderno Brutalista", patente ao público no Cìrculo da Arquitetura, em Oeiras, foi pensada uma programação paralela que, entre visitas guiadas e a realização de uma mesa redonda, agrega ao projeto expositivo outras leituras sobre o significado e sentido da obra desenvolvida por este arquiteto e urbanista.
 

Assim, já amanhã, dia 12, Inês Lima Rodrigues, arquiteta e investigadora que não só tem vindo a dedicar-se ao estudo e reconhecimento da obra e do arquiteto Fernão Simões de Carvalho, como tem sido a mediadora do processo de transferência do seu arquivo para a Fundação Marques da Silva, vai fazer uma visita guiada à Exposição. A visita tem início às 18:00 e a participação está apenas dependente de inscrição prévia para circulodaarquitetura@oeiras.pt.
 

Seguir-se-á, a 26 de janeiro, uma visita guiada pelo arquiteto Hugo Faria, à Casa do Arquiteto, em Queijas, e, a 2 de fevereiro, uma mesa redonda com a participação de Beatriz Serrazina Hugo Farias, Maria Manuela da Fonte, Michel Toussaint, João Carrola Gomes, Inês Lima Rodrigues e Joana Basto Malheiro.
 

A exposição, de entrada livre, pode ser visitada até 18 de fevereiro, de terça a sábado, entre as 14:00 e as 19:00.

 

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11 de janeiro de 2023
A Fundação Marques da Silva na RPAC

A Direção Regional de Cultura do Norte tem vindo a divulgar as instituições parceiras da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea - Norte, entre as quais, a Fundação Marques da Silva.

Na entrada dedicada a esta Fundação pode aceder a informações sobre o que somos e o que fazemos, visitar a exposição multimédia em destaque, conhecer um pouco da história dos espaços onde se encontra localizada e saber quem foi o arquiteto José Marques da Silva.


A visitar aqui

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11 de janeiro de 2023
ISMAI – Estádio
Foi revelado o vencedor da 1.ª edição do Prémio Municipal de Arquitectura João Álvaro Rocha

E o primeiro prémio da 1.ª edição do Prémio Municipal de Arquitectura João Álvaro Rocha* foi atribuído a um projeto da autoria dos arquitetos José Carlos Loureiro, Luís Pinheiro Loureiro, José Manuel Loureiro: ISMAI – Estádio, um projeto feito a pensar na comunidade.

Como é referido na memória descritiva. "Um extenso espaço vazio separava os dois extremos do campus académico, limitado a Nascente, pela linha de metro [...] Agora jogam as crianças das escolas de futebol, os jovens estudantes universitários praticam e aprendem o ensino do desporto, enquanto outros podem assistir [...]. O objetivo foi cumprido".
 

O júri desta primeira edição, composto pelo engenheiro António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia; pelos arquitetos José Gigante, em representação da APJAR; Teresa Fonseca, designada pela Ordem dos Arquitectos; José Miguel Rodrigues e pelo curador José Maia, pela Câmara Municipal da Maia, decidiu ainda atribuir uma Menção Honrosa a SISMA – Unidade Industrial da Maia, da autoria da arquiteta Sandra Maria Machado Ferreira Garcia.
 

Os projetos a concurso encontram-se em exposição até 31 de janeiro, na Galeria D. Manuel II do Fórum da Maia.

 
* Este Prémio, promovido pela Câmara Municipal da Maia e organizado pela APJAR - Associação Pró-Arquitectura João Álvaro Rocha, destina-se à valorização, reconhecimento e promoção de Edificações e Espaços Públicos localizados no Município da Maia.

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8 de janeiro de 2023
Manuel Marques de Aguiar e a Rua de Gonçalo Cristóvão

Há muito que o nome "Gonçalo Cristovão" deixou de convocar a memória de uma pessoa concreta, para passar a designar um lugar urbano preciso na cidade do Porto. A abertura da rua que "do Campo da Regeneração vai desembocar a Santo António do Bonjardim", segundo o Livro de Vereações de 1838, decorre da oferta do terreno ao Município pelos herdeiros de Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho Sá Melo Pinto de Mesquita, proprietário da Quinta do Bonjardim, a quem a Câmara decidira, em início de século, comprar "16 penas de água" para utilização pública. De então para cá, a nova Rua foi ganhando forma e cada vez mais habitantes e utilizadores, foi-se expandindo e transformando continuamente. A imagem que dela hoje temos, enquanto via pública, é sobretudo consolidada em meados do século XX, sendo um dos pontos de intervenção visados no Plano de Antão de Almeida Garrett e, sobretudo, no de Robert Auzelle. Exatamente no gaveto com a rua do Bonjardim, situa-se um dos seus mais icónicos edifícios, projetado por Manuel Marques de Aguiar. O projeto iniciou-se em finais dos anos 50, em resposta à encomenda de Mário dos Santos Figueiredo, mas a forma como Marques de Aguiar o vai desenvolver encontrava-se já intimamente ligada às propostas de Auzelle, que atribuíra  a este arquiteto portuense, seu aluno anos antes em Paris, a coordenação daquele eixo de circulação. E daí também a importância que Marques de Aguiar vai dar à volumetria do corpo a edificar, evidenciada em vários esquissos pertencentes ao processo de projeto do que acabará por ficar conhecido como "Edifício Figueiredo". A implantação e desenho final da fachada, com a sua característica torre central e galeria de entrada, acabará por ficar aquém do que tinha sido inicialmente imaginado e desejado por Manuel Marques de Aguiar, seja porque o cliente forçará à densificação da ocupação, seja pela envolvente, incapaz de se realizar enquanto "boulevard", tal como chegou a ser equacionado. Porém, continua, juntamente com o edifício contíguo, também da autoria deste arquiteto, o edifício "Lar Familiar", a conferir uma identidade própria a este lugar da cidade e a demonstrar a sua solidez construtiva e plena funcionalidade enquanto espaço dedicado a serviços, comércio e habitação.
 

Manuel Marques de Aguiar nasceu no Porto a 8 de janeiro de 1927.

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4 de janeiro de 2023
Anselmo Vaz, arquiteto e urbanista

José Adriano Anselmo Vaz formou-se em Arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, em 1964, e nesse mesmo ano foi admitido no atelier de Viana de Lima. A passagem por Paris, no ano seguinte, reforçou o seu interesse pelo planeamento urbano, numa antecipação do que viria a ser uma área dominante do seu percurso profissional a partir da década de 70, enquanto arquiteto da Câmara de Sintra e, posteriormente, de Lisboa. Aqui, entre outros projetos, assumirá a coordenação do planeamento urbanístico da zona oriental e do plano de urbanização da área envolvente da Expo 98, sendo o representante técnico da Câmara, tanto na promoção da Expo 98, quanto no projeto urbanístico da área selecionada para a sua localização e respetivas acessibilidades. Manteve, desde a sua formação, a atividade em regime de profissão liberal. Falou e escreveu sobre muitos dos projetos em que esteve envolvido, acompanhou teses, estágios e trabalhos de alunos portugueses e estrangeiros. Em julho de 2022 doou a sua biblioteca profissional à Fundação Marques da Silva.
 

Anselmo Vaz nasceu a 4 de janeiro de 1940. Parabéns, senhor arquiteto!
 

Imagem: Anselmo Vaz, estudo para a frente de rio, Lisboa, s.d.

 

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3 de janeiro de 2023
"Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto"
Reabre hoje ao público, na Fundação Marques da Silva

A exposição "Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto" reabre hoje ao público, retomando os horários habituais, de segunda a sábado, entre as 14:00 e as 18:00 (última admissão às 17:30).

Venha até à Fundação Marques da Silva e siga o "fio vermelho" que o conduzirá através das várias coordenadas que traçam o espaço de vida e de obra de Manuel Botelho.
 

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2 de janeiro de 2023
Bom Ano Novo!

A Fundação Marques da Silva a todos deseja um Bom 2023!
 

Imagem: Bairro Fonsecas e Calçada, 2017. Projeto de Raúl Hestnes Ferreira. Fotografia Luís Pavão.

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29 de dezembro de 2022
A Casa de Ponte da Barca, desenhada por Manuel Botelho

Nesta fotografia de Manuel Botelho há um sentido de transcendência e de poesia. Só um olhar conhecedor será capaz de nela identificar a Casa projetada para o Dr. Luís Barroso Pires, no terreno de forte pendente, situado na margem direita do rio Vade, afluente do rio Lima, em Ponte da Barca, mas lá está o contorno ondulante da fachada a denunciar a materialidade do construído. Foi o seu primeiro projeto construído em nome individual e com ele, em 1989, conquistou o Prémio Nacional de Arquitectura Keil do Amaral. O Júri, formado por José Charters Monteiro, Alexandre Alves Costa, Duarte Castel-Branco, Alexandre Brás Mimoso e Pedro Vieira de Almeida reconheceu a investigação formal e a linguagem própria que a obra revelava, a criatividade do autor e a sua importância para o desenho do território. A Casa de Ponte da Barca, como ficou também conhecida, continua a cumprir a sua função de abrigo a quem a habita, contudo, ainda que pensada para um terreno bucólico e como um espaço que desce para o rio, sempre continuará a tentar alcançar o infinito.

Manuel Botelho nasceu a 29 de dezembro de 1939. Parabéns, Senhor Arquiteto!

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19 de dezembro de 2022
Boas Festas / Season´s Greetings 2022

E do projeto de reabilitação do Cinema Batalha, da autoria do Atelier 15, saiu o desenho que dá forma ao Postal de Boas Festas da Fundação Marques da Silva. É com ele que a todos desejamos uma feliz quadra natalícia e um bom 2023.

Aproveitamos para informar que a Fundação Marques da Silva se encontra encerrada ao público entre 22 de dezembro e 2 de janeiro, inclusive, retomando a sua atividade a 3 de janeiro.

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16 de dezembro de 2022
"FERTILE FUTURES”
Andreia Garcia (Architectural Affaires) vai representar Portugal na próxima Bienal de Arquitetura de Veneza

Fertile Futures” foi o projeto selecionado para representar Portugal na 18.ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza, que decorrerá entre 20 de maio e 26 de novembro de 2023. Apresentado por Andreia Garcia (Architectural Affairs), em co-curadoria com Diogo Aguiar e Ana Neiva, terá como foco sete distintas hidrogeografias profundamente marcadas pela ação antropocêntrica: Bacia do Tâmega, Douro Internacional, Médio Tejo, Albufeira do Alqueva, Rio Mira, Lagoa das Sete Cidades e Ribeiras Madeirenses. O projeto inclui a encomenda a jovens arquitetas e arquitetos, em colaboração com especialistas de outras áreas de conhecimento, da apresentação de modelos propositivos para um amanhã mais sustentável, saudável e equitativo, em cooperação não hierarquizada entre disciplinas, gerações e espécies.
 

Segundo a Direção-Geral das Artes, a representação portuguesa, que ficará instalada no Palácio Franchetti, "defenderá, entre Portugal e Veneza, a pertinência do contributo da Arquitetura no redesenho do futuro descarbonizado, descolonizado e colaborativo, respondendo diretamente à convocatória de Lesley Lokko [arquiteta e escritora escocesa-ganesa, curadora-geral desta edição Bienal], partindo de uma aprendizagem que convoca o contexto africano, como outros que há muito testemunham condições climáticas extremas."
 

A Fundação Marques da Silva faz parte do corpo de entidades parceiras e apoiantes deste projeto, escolhido pelo júri constituído por Paulo Carretas (da DGARTES), e pelos especialistas Joaquim Moreno, Isabel Ortins Simões Raposo, Julia Albani e Nuno Grande.

 

foto: Veneza, Palácio Cavalli-Franchetti, G. Massiot & Cie., 1910.

 

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10 de dezembro de 2022
I Viaggi di Fernando Távora: últimos dias da exposição

Inaugurada a 23 de setembro, na Galleria del Ridotto, em Cesena (Itália), a exposição I viaggi di Fernando Távora está prestes a concluir-se. Para assinalar o encerramento, está agendada para amanhã, 10 de dezembro, uma última sessão, com a participação de Elisabetta Bovero, Luísa Távora, Antonio Esposito e Giorgio Liverani, seguida de uma visita à exposição.


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25 de novembro de 2022
Sugestão de fim de semana: uma visita à exposição "Cartografia Manuel Botelho"

Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto é a exposição que habita temporariamente o Palacete da Fundação Marques da Silva. Um projeto pensado e materializado por António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia, Duarte Belo e Luís Urbano para dar a ver, sobretudo entre desenhos, maquetas e fotografias, mas também recorrendo aos instrumentos do ofício ou a objetos por si idealizados, a obra do arquiteto Manuel Botelho, o seu corpo de trabalho. Uma arquitetura de autor e um universo invulgar que também nos são desvendados pelas fotografias de Duarte Belo, num jogo dialogante entre tempos distintos que ali se cruzam e ampliam de sentidos.

São 18 projetos de Manuel Botelho que nos são mostrados aqui, contudo, como refere André Tavares na crítica recentemente publicada no Ípsilon/Público, "O Interior e o Tempo", "apesar de monográfica, esta exposição abre muitas pistas para pensar a arquitectura para além do universo do autor que apresenta. Mostra-nos um passado muito recente e tanto põe em evidência o potencial de um caminho singular como o de Botelho, como nos revela o exterior contraditório onde os seus projectos procuravam inscrever um interior infinito."
 

Venha visitá-la até 21 de janeiro, de segunda a sábado, entre as 14:00 e as 18:00, excepto feriados.
 

Nota sobre a imagem: fotografia de António Neves, 2022

 

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7 de dezembro de 2022
Leal Machado, a Escola de Regentes Agrícolas, em Coimbra, e muito ainda por investigar

Quando se consulta o breve historial da atual Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) ficamos a saber que a instituição que lhe deu origem se instala nesta cidade, na Quinta de São Martinho ou do Bispo, na quinta do Paul e noutras menores, em 1887, com o nome de Escola Central de Agricultura, e que passados dois anos viu ser-lhe reconhecido o estatuto de Escola Nacional, designação que manteve até 1931. Nessa data, na sequência de uma profunda reorganização do ensino, passou então a designar-se Escola de Regentes Agrícolas de Coimbra. E assim se manteve até à sua extinção, ditada pela criação das Escolas Superiores Agrárias, com cursos estruturados a nível superior, conferidores do grau de licenciatura. Por sua vez, o antigo lugar de residência do Bispo, a Casa do Bispo, onde reza a lenda terá estado Luís Vaz de Camões, foi classificada Imóvel de Interesse Público em 1967 (Decreto n.º 47508). Será algures nesta linha de tempo que se inscreve o projeto para o Edifício Principal da Escola de Regentes Agrícolas de Alfredo Duarte Leal Machado, desenvolvido ao que tudo indica, a pedido do Ministério das Obras Públicas e Comunicações (M.O.P.C.) - Direcção de Edifícios do Centro. A documentação em arquivo na Fundação Marques da Silva - 3 plantas - não se encontra datada. Sabemos, contudo, que Leal Machado terminou o Curso de Arquitetura na Escola de Belas Artes do Porto em 1932 e que Coimbra foi um dos seus lugares de ação, tendo mesmo chegado, durante a década de 40, a exercer as funções de Vereador na Câmara Municipal.

Investigar o percurso deste arquiteto, prematuramente desaparecido em 1954, será seguramente um território de descoberta. Fica o desafio.

Alfredo Leal Machado nasceu a 7 de dezembro de 1904.

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6 de dezembro de 2022
Paolo Zermani: Arquitecturas Italianas
Conferência Marques da Silva 2022 - o vídeo

Para quem não teve a oportunidade de estar presente no Auditório Fernando Távora, no passado dia 29 de novembro, para assistir à conferência de Paolo Zermani, aqui se partilha o link que dá acesso ao vídeo realizado pela TVU.


Naquela que foi a edição 2022 das Conferências Marques da Silva, Paolo Zermani falou das suas referências e apresentou alguns dos seus projetos: o restauro do Castelo de Novara (2016); a reabilitação arquitetónica e litúrgica da Basílica de S. Andrea, em Mântua (2016); a igreja de San Giovanni, em Perugia (2006-10); o crematório (2010) e a Escola Europeia, ambos em Parma (2017); a pequena capela no bosque, em Varano dei Marchesi (2012).
 

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5 de dezembro de 2022
O mais recente livro de Alexandre Alves Costa, uma "deriva" sobre a vida, intensamente vivida como um todo

A sala do Palacete Lopes Martins, na Fundação Marques da Silva, onde decorreu, no passado sábado, o lançamento do livro Argumentos 1: em deriva, tornou-se demasiado pequena para acolher todos aqueles que quiseram estar presentes. Entre eles, pontuavam numerosos amigos, muitos deles cúmplices de tantos dos momentos revisitados por Alexandre Alves Costa nesta sua "deriva" matizada de paixão, convicção, amizade e compromisso. Afinidades desde logo partilhadas com Francisco Louçã, a quem cabia apresentá-lo e que, numa inteligente, provocatória e bem humorada argumentação, foi abordando todos os capítulos que o formam. Defendeu então que neste livro, que poderia significar um simples atrevimento da memória, está ausente o drama do tempo perdido, pois nele se evidencia uma vontade de viver intensa e racionalmente a vida na totalidade das dimensões que ela implica, nele se confirma, afinal, a ideia de que criar significa não desistir de procurar a "beleza como esplendor da verdade". Coube a Alexandre Alves Costa surpreender Francisco Louçã e a assistência com a projeção de uma gravação feita por António Pina de um dos episódios narrados no livro, no capítulo que tem por título "Cidadania", sublinhando de seguida que, não sendo este um livro de arquitetura, está necessariamente dependente da sua experiência de arquiteto, que é ela que molda a sua perceção do tempo e do espaço, a forma como reconhece e imagina a realidade que o envolve, como nela participa e nela se enquadra. A sessão foi aberta por Luís Urbano, vice-presidente da Fundação Marques da Silva, a quem coube apresentar Alexandre Alves Costa, nas múltiplas facetas que têm caracterizado a sua ação e intervenção.
 

Argumentos 1: em deriva fará agora o seu próprio caminho, aguardando os seus leitores, enquanto primeiro de dois livros a publicar através de parceria entre a Fundação Marques da Silva e a UPorto Press.

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2 de novembro de 2022
Alexandre Alves Costa "em deriva"
Alexandre Alves Costa, em visita a Peroguarda, fotografia de Sergio Fernandez, finais dos anos 60

"Nós que vivemos ainda os poemas do Novo Cancioneiro, declamados nos pequenos círculos pelas vozes inigualáveis de Manuela Porto ou Maria Barroso, nunca mais nos libertámos da emoção que sentíamos. Os que são inclusivos como eu, e não negamos o nosso passado constitutivo feito de tantas partes, continuamos agradecidos a cada uma delas por serem fundamentais na construção da complexidade do que sabemos e do que somos." ("Quando eram rudes e exilados", p. 85)
 

Argumentos 1: em deriva, o primeiro de dois livros de Alexandre Alves Costa a publicar pela Fundação Marques da Silva e pela UPorto Press, percorre textos escritos ao longo dos anos, num tom marcadamente pessoal. Neles, o autor reflete sobre a sua experiência de vida e dá livre curso a uma linha de pensamento e de ação indissociável da sua condição de Arquiteto. Fala-nos de um “desejo de experiência da beleza, da justiça e da liberdade” que aqui partilha com os seus leitores.

O lançamento é já amanhã, às 16:00, na Fundação Marques da Silva. A apresentação estará a cargo de Francisco Louçã.
 

Sobre a imagem: Alexandre Alves Costa em visita a Peroguarda, fotografia de Sergio Fernandez, finais dos anos sessenta.

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2 de Dezembro 2022
José Carlos Loureiro e uma casa "presente como um reino"
Casa de José Carlos Loureiro, fotografia de Juan Rodriguez, 2013

A casa de José Carlos Loureiro, em palavras emprestadas a Sophia, "permanece presente como um reino", o seu reino. Começou a torná-la uma realidade em 1949. Assente numa plataforma sobre a pendente do terreno, tinha apenas 100m2, mas abria-se para o rio e estava rodeada por um jardim pronto a ser plantado. É com a defesa deste projeto, então pensado para Pais e 4 filhos, que obtêm o diploma de Arquiteto, na Escola de Belas Artes do Porto. A rematar as suas considerações gerais estavam já os seus princípios norteadores, a defesa de uma arquitetura à escala do homem, lógica, plasticamente pura e bela na sua simplicidade total. Uma simplicidade que advinha da clareza da planta e do sistema construtivo. Nessa casa procurava uma "sensação de abrigo" e de conforto. Habitou-a para o resto da sua vida. Não teve 4, mas sim 2 filhos. Vieram netos, chegaram os bisnetos. E ela cresceu com eles, ampliou-se. Assim o previa o projeto inicial. Ganhou área, foi deixando que as paredes se cobrissem de pinturas, testemunhou a passagem dos anos, colecionou memórias. Cresceram também as árvores no jardim e tudo o que nele foi plantando com as suas próprias mãos. Assumia as suas origens serranas, o gosto pela Natureza. Deixou que ela envolvesse a casa, marcasse o caminho. O rio, sempre lá, a definir a paisagem. E lutou para nela ser feliz.

José Carlos Loureiro nasceu na Covilhã, a 2 de dezembro de 1925.

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30 de novembro de 2022
A conferência de Paolo Zermani, uma reflexão sobre a sua obra, sobre a arquitetura enquanto disciplina, sobre a paisagem italiana como paradigma da paisagem ocidental

A arquitetura de Paolo Zermani tem uma materialidade que aspira à imaterialidade. Define-se a partir do reconhecimento da paisagem italiana e da procura de um sentido de pertença a uma herança civilizacional comum, aquela onde assentam os fundamentos da cultura europeia ocidental. E por isso convoca as artes, a poesia, o pensamento filosófico para uma leitura silenciosa de cada lugar onde se afirma, num gesto sempre consciente do que a precede, tanto quanto de em si mesma vir a ser o fundamento para a transformação que um tempo futuro necessariamente trará. O território do seu trabalho enfrenta assim a transitoriedade da vida - do homem, da arquitetura, da cidade -, esse constante devir que defende ser em si mesmo uma condição própria da disciplina, uma vocação para sempre renascer, só que sempre de modo diferente. O compromisso entre a sua voz e a identidade coletiva ou a coerência e precisão que a sua obra reflete apoiam-se em elementos como lugar, tempo, terra, luz e silêncio. E foi através deles que Paolo Zermani, na FAUP, apresentou a um auditório cheio e atento alguns dos seus projetos: o restauro do Castelo de Novara (2016); a reabilitação arquitetónica e litúrgica da Basílica de S. Andrea, em Mântua (2016); a igreja de San Giovanni, em Perugia (2006-10); o crematório (2010) e a Escola Europeia, ambos em Parma (2017); a pequena capela no bosque, em Varano dei Marchesi (2012).
 

Em breve será disponibilizado o registo em vídeo desta comunicação, pela TVU, seguindo-se a publicação na coleção Conferências Arquiteto Marques da Silva.

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30 de novembro 2022
Alexandre Alves Costa, Argumentos 1: em deriva
Lançamento do livro
Apresentação por Francisco Louçã
3 de dezembro, 16:00, Fundação Marques da Silva

"Deriva é um modo de comportamento experimental ligado às condições da sociedade urbana, é a técnica da passagem rápida por ambiências variadas. Usa-se, também, mais particularmente, para designar a duração de um exercício contínuo dessa experiência" ("Algumas considerações não conclusivas", p.205)
 
O lançamento de Argumentos 1: em deriva acontece já no próximo dia 3 de dezembro, sábado, na Fundação Marques da Silva, e para apresentar o livro estará presente Francisco Louçã, bem como o seu autor. Garantida a presença de dois oradores de excelência, não há como não querer vir! A sessão começa às 16:00.
 

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Sobre a imagem: Evocação do Maio de 68, desenho de Alexandre Alves Costa, 2011.

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29 de novembro 2022
Fernão Simões de Carvalho: Arquitetura 1960-1999 /
O Moderno Brutalista

De 30.11.22 a 18.02.23 no Círculo de Arquitetura, Oeiras

Fernão Simões de Carvalho Arquitetura 1960-1999 / O Moderno Brutalista é o novo projeto expositivo do Círculo da Arquitetura de Oeiras, desenvolvido com o apoio da Fundação Marques da Silva e em colaboração com a Faculdade de Arquitetura de Lisboa, o CiAUD e o Arquivo Histórico Ultramarino. Aqui se percorre a carreira deste arquiteto e urbanista, nascido em Luanda, em 1929, e com uma obra repartida por três países,  Angola, Brasil e Portugal.

Fernão Lopes Simões de Carvalho formou-se em Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e especializou-se no Institut d´Urbanisme de l´Université de Paris.  Enquanto defensor do Movimento Moderno, explorou as qualidades técnicas e plásticas da aplicação do betón brut, claramente aprendida na convivência com Le Corbusier e Wogenscky (1956-1959). Durante a década de 1960, regressou a África. Durante esse período construiu em Luanda e nas cidades vizinhas uma série de edifícios emblemáticos, entre os quais o arrojado Centro de Radiodifusão de Luanda. Em 1967 vem para Portugal, mas depois do 25 de Abril decide ir para o Brasil, por falta de encomenda e não motivado por razões de caráter político. No Rio de Janeiro vai colaborar, enquanto arquiteto, no escritório de Horácio Camargo e, no campo do urbanismo, com Maurício Roberto. Será deste período o plano da Cidade Vilas do Atântico, que realiza para a empresa Odebrecht. Cinco anos depois, Simões de Carvalho retorna a Portugal e realiza ainda uma série de obras públicas e privadas. Nesta fase da sua vida, exercerá em paralelo com a prática da arquitetura, as funções de professor, atravessando a transição da ESBAL para Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, assim como as funções de assessor de Urbanismo e Planeamento de Construção da CML. Vive atualmente na icónica casa por si projetada em Queijas. O seu acervo foi doado à Fundação Marques da Silva em 2021.
 

A exposição ficará patente ao público até 18 de fevereiro de 2023 e pode ser visitada de terça a sábado entre as 14h e as 19h.


+ info: www.oeiras.pt
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28 de novembro de 2022
Newsletter - Novembro 2022

É com regresso das Conferências Marques da Silva, hoje, 29 de novembro, como notícia de abertura, acompanhada da fotografia do Padiglione di Delizia, situado em Varano (Parma), obra de Paolo Zermani, que se publica mais uma Newsletter da Fundação Marques da Silva. A ler aqui


Imagem: Paolo Zermani, Padiglione di Delizia, Varano (Parma), 1986. Fotografia de Luigi Ghirri e Maurizio Negri.

 

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25 de novembro de 2022
Paolo Zermani: Arquitecturas Italianas
as Conferências Marques da Silva estão de volta

Depois de dois anos suspensas, as Conferências Marques da Silva estão de regresso ao Auditório Fernando Távora (FAUP) e trazem, pela primeira vez ao Porto, Paolo Zermani para falar sobre "Arquitecturas Italianas". É a 15.ª edição deste ciclo e vai acontecer no próximo dia 29 de novembro, terça feira. A apresentação estará a cargo da arquiteta Ana Francisca Silva, autora de uma dissertação de mestrado sobre este professor e arquiteto que, em 2018, foi galardoado com o prémio Antonio Feltrinelli para a Arquitetura. A abertura será assegurada pelos representantes das duas instituições organizadoras, o Diretor da FAUP, João Pedro Xavier, e o Vice-Presidente da Fundação Marques da Silva, Luís Urbano.

A sessão inicia-se às 18:30 e é de entrada livre, sujeita apenas à lotação do espaço.

+ info aqui

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24 de novembro de 2022
Raúl Hestnes Ferreira e o "apelo ao sol"

Este "apelo ao sol" é um desenho invulgar no conjunto do acervo de Raúl Hestnes Ferreira. Dele, sabemos apenas que está datado de abril de 1957, altura em que o seu autor estava a viver no Porto e se preparava para concluir o 4.º ano do Curso de Arquitetura na Escola de Belas Artes. E sabemos também que este ano, longe do ingénuo e repousante imaginário que o desenho convoca, correspondeu ao culminar de um período bastante convulsionado na vida de Hestnes Ferreira. Desde que em 1952 viera para esta cidade, já que a Escola de Belas Artes de Lisboa se tornara inviável por ser politicamente sufocante, Hestnes Ferreira passara um semestre prisão, em 1955, juntamente com outros estudantes, entre eles Alcino Soutinho (o longo processo judicial, resultante da repressão exercida sobre as associações estudantis, ainda que resulte numa absolvição, arrastar-se-á exatamente até 57). A frequência do Curso voltará a ser de novo interrompida em 1956, ao ser chamado a cumprir o serviço militar. Inicialmente integrado no Curso de Oficiais Milicianos de Queluz, na sequência de uma informação da PIDE, Raúl Hestnes Ferreira acaba por ser afastado e incorporado na 1ª Companhia Disciplinar de Penamacor como soldado raso. Regressa ao Porto, como já referido, para concluir o ano escolar. No entanto, perante esta sequência de acontecimentos, a vontade de sair do país tornara-se cada vez mais premente e, em setembro, parte rumo aos países nórdicos. O primeiro destino foi a Noruega, país natal de sua mãe, seguir-se-ia a Finlândia, para visita às obras de Alvar Aalto. Encontros imprevistos com outros estudantes de arquitetura levam a que se instale em Helsínquia. A cidade apresenta-se então como o lugar ideal para aprofundar a sua formação e exercer arquitetura. Só que este destino impunha-lhe um cenário de vida bem distinto daquele que trazia do seu país de origem. Assaltam-no o desejo de sol e das idas à praia, a falta dos amigos. As cartas dirigidas a Pitum (Francisco Keil do Amaral) iam ajudando a exorcizar esses fantasmas, mas o próprio confessará mais tarde que esse sobressalto será também uma das condições que acabará por determinar a decisão de, passado um ano, voltar para Portugal. E mesmo se o Estados Unidos ainda chegam a representar uma nova experiência de vida em território estrangeiro, manter-se-á fiel a Lisboa, ao seu atelier no Largo da Graça.

Raúl Hestnes Ferreira nasceu em Lisboa, a 24 de novembro de 1931.

 

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23 de novembro de 2022
Vida e Segredo Aurélia de Souza 1866-1922
de 24 de novembro a 21 de maio
Museu Nacional Soares dos Reis

O Museu Nacional Soares dos Reis, em parceria com os Amigos do MNSR – Círculo Dr. José de Figueiredo, vai inaugurar amanhã, 24 de novembro, a exposição Vida e Segredo Aurélia de Souza 1866-1922. Trata-se de mais uma ação integrada no programa evocativo que tem vindo a percorrer e congregar um conjunto de entidades para assinalar o primeiro centenário desta artista e para o qual a Fundação Marques da Silva volta a colaborar através do empréstimo da pintura a óleo sobre tela da autoria de Aurélia de Souza pertencente à coleção de José Marques da Silva, "Bebé e Lilita".

Comissariada por Maria João Lello Ortigão de Oliveira, a exposição organiza-se em quatro grandes temas que pretendem abranger, dentro dos limites físicos de um espaço museal, o mundo visível de uma mulher artista tão radical quanto secreta.

+ info: www.patrimoniocultural.gov.pt

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23 de novembro de 2022
O "hotel à beira-mar" de Francisco Granja

Considerava Francisco Granja que, apesar de "excepcionalmente dotadas de encantos naturais", as praias algarvias não tinham "instalações à altura da sua beleza". Corria o ano de 1942 e este então aspirante ao diploma de arquiteto, em concurso a decorrer na Escola de Belas Artes do Porto, defendia a necessidade de equipar este território com estâncias que ajudassem a garantir-lhe um lugar de destaque no turismo europeu. O seu contributo passava assim por dotar a região, rica em recursos naturais, de um "hotel à beira-mar" capaz de responder a exigências de comodidade e conforto que os novos tempos impunham. A sua arquitetura, numa vontade de adequação ao fim em vista, seguiria linhas modernas, ainda que procurasse "não afastar muito a construção do estilo regional". Esta solução foi apresentada a concurso em 207 peças escritas e 12 peças desenhadas.

Francisco Granja, o arquiteto que foi aluno de José Marques da Silva e viria a ficar conhecido pelo projeto para o cinema Vale Formoso, no Porto, nasceu a 23 de novembro de 1914.

 

 

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22 de novembro de 2022
Está concluído o processo de classificação do Posto Duplo de Abastecimento de Combustíveis de Guimarães, de Fernando Távora, como Monumento de Interesse Público

É oficial, o Posto Duplo de Abastecimento de Combustíveis de Guimarães, projetado por Fernando Távora no final dos anos cinquenta, já se encontra classificado Monumento de Interesse Público.

Depois de um longo processo de classificação, iniciado em 2014 pela Fundação Marques da Silva, foi hoje publicada a Portaria n.º 814/2022, que classifica como monumento de interesse público o Posto Duplo de Abastecimento de Combustíveis de Covas, no lugar do Salgueiral, freguesias de Creixomil e Urgeses, concelho de Guimarães, distrito de Braga. Nesta decisão foram ponderados critérios "relativos ao caráter matricial do bem, ao génio do respetivo criador, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, e às circunstâncias suscetíveis de acarretarem diminuição ou perda da sua perenidade ou integridade". E "embora o edifício se encontre parcialmente adulterado por intervenções posteriores, considera-se que não se encontra perdida a sua capacidade evocativa do projeto original, onde o granito local, o betão e o ferro se conjugam com a envolvente natural para compor uma obra de grande valor formal e conceptual, bem ilustrativa do alcance da obra de Fernando Távora e do seu posicionamento em relação aos desafios colocados pela arquitetura moderna."
 

Consultar: Portaria n.º 814/2022

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18 de novembro de 2022
Fernando Távora em língua italiana
"Diario di bordo" e "Dell´organizzazione dello spazio"
Sessão de apresentação dos livros com a presença dos tradutores, de Madalena Pinto da Silva e de Fernando Barroso
25 de novembro, 17:00, Biblioteca Malatestiana,

Em dezembro de 2012, no âmbito do projeto Fernando Távora, Modernidade Permanente, foi lançada uma edição fac-símile do Diário que Fernando Távora registou da sua viagem, em 1960, aos Estados Unidos e ao Japão. Essa edição, coordenada por Álvaro Siza e Rita Marnoto, contemplava ainda uma versão em língua inglesa. Passados dez anos, é a vez de esse mesmo texto ser também divulgado e tornado acessível ao público em língua italiana, numa tradução de Antonio Esposito, Giovanni Leoni e Raffaella Maddaluno, que também assinam a autoria dos textos introdutórios. O livro, a publicar pela Lettera Ventidue, com o apoio da Família de Fernando Távora e da Fundação Marques da Silva, constitui mais um importante contributo para a divulgação a uma escala internacional do pensamento e obra deste Arquiteto, já que, depois da versão em castelhano (Universitàt Politécnica de València, trad. Aitor Varea Oro, 2014) ainda no ano passado, em Itália, foi publicada a tradução do livro Da organização do espaço, pela nottetempo, com tradução e introdução de Carlotta Torricelli.
 

Os dois livros em língua italiana serão agora apresentados, no próximo dia 25 de novembro, na Biblioteca Malatestiana, em Cesena, cidade que acolhe, de momento, a exposição "I Viaggi di Fernando Távora", na Galleria del Ridotto. A sessão, organizada pelo Curso de Arquitetura da Universidade de Bolonha, constará de uma conversa a decorrer entre Madalena Pinto da Silva e os tradutores, e das intervenções de Fernando Barroso, Elena Mucelli, Fabrizio Apollonio e Carlo Verona.

 

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14 de novembro de 2022
A exposição "Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto" já pode ser visitada

De segunda a sábado, entre as 14:00 e as 18:00*, já pode visitar a exposição Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto. Como chegou a ser referido na concorrida sessão de abertura do passado sábado, que contou com as intervenções de Bruno Baldaia, Duarte Belo, José Salgado e Luís Urbano, seguidas de uma visita guiada, esta é a mais completa das 3 até agora realizadas, pois nela se torna percetível a expressividade única dos desenhos originais do atelier de Manuel Botelho que agora se mostram, a maior parte deles pela primeira vez. Aqui, a orientação do percurso proposto ao visitante, simbolicamente representada pelo fio de prumo que no patamar da escadaria do Palacete Lopes Martins prenuncia a chegada ao espaço expositivo, foi desenhada a partir de um território singular: um lugar onde se cruzam afinidades, a verticalidade e coerência de uma vida, e um trabalho cuja notável qualidade se afirma agora como indiscutivelmente merecedora de uma maior atenção e reconhecimento no mapa da arquitetura portuguesa. E é este o principal desígnio dos curadores de todo este programa de ações onde a exposição Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto se insere, ajudar, através de um olhar distanciado e mediado pelo tempo, a conquistar essa desejada visibilidade e interesse público sobre um legado inspirador, sobre uma obra teórica e projetual que continua a ter muito para ensinar. A exposição aí está, até 21 de janeiro de 2023.
 

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* último acesso às 17:30

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11 de novembro de 2022
"Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto"
abre amanhã, às 15:00, na Fundação Marques da Silva

A exposição Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto abre amanhã ao público e vai trazer as anunciadas surpresas, como as peças desenhadas e a maquete do projeto para um Centro de Talassoterapia a construir na Póvoa de Varzim, desenvolvido por Manuel Botelho em coautoria com Manuel Mendes, em 1993. Recorrendo a uma solução formal desenhada sob a influência do imaginário mítico da água, respondia ao desafio de criar um equipamento público de larga escala e forte impacto urbano. Pensado para ser um lugar de "encontro da terra e do mar, sempre cheio de mistérios, onde a vida pode acontecer", devido a circunstâncias alheias ao projeto de arquitetura, acabou por não chegar a ser construído. Foi, contudo, para quem o chegou a conhecer, sempre reconhecido como um exercício projetual modelar, daí que seja uma das obras em destaque na exposição. Mas há muito mais para descobrir nesta Cartografia Manuel Botelho. As portas abrem-se às 15:00 e a entrada é livre.

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03 de novembro de 2022
Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto
Abertura e Apresentação da Exposição
12 de novembro, 15:00, Fundação Marques da Silva

O trabalho de atelier de Manuel Botelho é o foco da exposição Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto, a terceira a realizar no âmbito de um programa mais vasto de ações iniciado em janeiro deste ano. Com este novo projeto expositivo, o ciclo comissariado por António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia, Duarte Belo e Luís Urbano, depois da passagem por outras instituições, transfere-se para a instituição de acolhimento do acervo deste arquiteto, a Fundação Marques da Silva.  Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto parte da documentação em  arquivo e vai dar a ver registos, parte deles até agora inéditos, do trabalho de uma figura singular onde se cruzam várias dimensões e interesses: a arquitetura, o design de objetos, a produção teórica vertida para a escrita e a docência. Aqui, entre documentos e objetos, entre referências a obra construída ou tão só projetada, entre as fotografias que Duarte Belo foi reunindo das suas visitas pelo território e pelos lugares do quotidiano deste arquiteto, se irá cartografando um percurso de leitura e aproximação ao universo de Manuel Botelho, à sua prática da arquitetura, ao seu pensamento, à sua forma singular de ver o mundo.
 

No dia 12, a assinalar a abertura da exposição, decorrerá uma sessão de apresentação com início às 15:00, que conta com a participação de Bruno Baldaia, Duarte Belo, José Salgado e Luís Urbano. Neste dia a entrada é livre.
 

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9 de novembro de 2022
Nova data para a edição 2022 das Conferências Marques da Silva
Paolo Zermani: arquitecturas Italianas
29 de novembro, 18:30, Auditório Fernando Távora (FAUP)
Por motivos de força maior, a conferência "Paolo Zermani: Arquitecturas Italianas" decorrerá não a 17, mas sim a 29 de novembro, terça-feira, com início às 18:30, no Auditório Fernando Távora ( Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto).
 
Pela primeira vez, Paolo Zermani virá ao Porto falar sobre a sua obra de arquitetura. A apresentação estará a cargo da arquiteta Ana Francisca Silva, autora de uma dissertação de mestrado defendida na FAUP sobre este arquiteto, "A construção do ritual como constante no projeto. Estudo da obra de Paolo Zermani".
 
Na imagem: Cappella nel bosco, Varano dei Marchesi, Parma 2012. Um lugar de meditação construído no interior dos bosques da região de Parma, por onde passava o itinerário de peregrinação da Strada Romea.
 
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08 de novembro de 2022
Rui Goes Ferreira e a defesa de um "diálogo de qualidade"

Em 1968, Rui Goes Ferreira e Manuel Vicente foram chamados a intervir na zona de confluência das Ruas da Carreira e Rua das Pretas, em plena zona histórica da cidade do Funchal, então ocupada por dois prédios recentes, incaracterísticos e considerados obsoletos. Em seu lugar, e por proposta desta dupla de arquitetos, surgiu o Bloco Comercial ainda hoje conhecido pelo nome do espaço urbano para onde se volta, o Largo da Igrejinha. O projeto, desenvolvido num momento em que o Funchal se preparava para receber um Colóquio de Urbanismo, com Robert Auzelle e Nuno Teotónio Pereira como convidados especiais, e na sequência do impacto da vinda de Lúcio Costa a Portugal, representava um desafio, seja pelo programa interno que o equipamento a construir implicava, seja pela natureza do seu inevitável programa urbanístico. A posição tomada foi defendida pelos seus autores na memória descritiva: «Há em verdade que defender, teimosamente, os valores do passado, mas há que defendê-los com uma atitude construtiva, quer reconhecendo a necessidade que deles temos e aceitando a sua atualização, quer fazendo-os acompanhar de obras contemporâneas.» Sem esquecer que era ponto assente que, «nestas matérias de integração, em ambientes urbanos de expressão muito caracterizada, tudo se deve passar ao nível dum diálogo de qualidade…Isto é, qualquer peça de arquitetura de "qualidade" se integra num ambiente existente de “qualidade”. E essa “qualidade” será o denominador comum, o “tema” do diálogo..»
 

O Bloco Comercial do Largo da Igrejinha é a segunda das 22 obras assinaladas no Mapa de Arquitetura recentemente lançado pela Secção Regional da Ordem dos Arquitetos, com o apoio da Fundação Marques da Silva e da Secretaria Regional e de Turismo da Madeira.  Sob coordenação de Madalena Vidigal, arquiteta, neta de Rui Goes Ferreira responsável pela seleção de conteúdos, este Mapa desenha um percurso que traz uma nova consciência sobre a importância da obra projetada por este arquiteto para a Madeira, contribuindo simultaneamente para o "diálogo" que tem de continuar a ser mantido entre a arquitetura, o património e as necessidades impostas pela cidade contemporânea.

Ver Mapa: 02 / Bloco Comercial no Largo da Igrejinha

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6 de novembro de 2022
Alcino Soutinho e o fascínio da viagem

Viagens há que conquistaram um lugar na história, como a mítica viagem que Alcino Soutinho, Álvaro Siza, Alexandre Alves Costa, Fernando Távora, José Grade e Sergio Fernandez organizaram em 1976, tendo como destino a Grécia. Outras se tinham antecedido, mas do grupo então reunido,  Alcino Soutinho e Laura Soutinho, Alexandre Alves Costa e Luísa Brandão, Sergio Fernandez, José Grade, António Corte Real e Manuela Corte Real, agora contando também com José Luis Carvalho Gomes, equipados com 3 carros (um Austin 1300, uma Renault 4L e um Citroën Dyane) decidem explorar o Norte de África. O percurso deveria passar por Marrocos, Argélia e Tunísia. Foram muitas as peripécias, desde carros avariados, uma retenção na fronteira da Argélia e a difícil tarefa de tentar encontrar comida durante o Ramadão. Mas como todas as viagens, entre a amizade que os unia e a beleza da paisagem, foi mais um momento inesquecível para quem a viveu. E dela ficaram, para além da memória ou para memória futura, o que registaram do que lhes foi dado ver, fixado em desenhos, fotografias e textos. Arquitetura? Sim, muita. Mas também tudo o resto, de pessoas a ambientes e animais. Como este "camelo pensador" que Alcino Soutinho desenhou.

Alcino Soutinho nasceu a 6 de novembro de 1930.

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3 de novembro de 2022
Paolo Zermani: Arquiteturas Italianas
Conferência Marques da Silva 2022
29 de novembro, 18:30, Auditório Fernando Távora (FAUP)

As Conferências Marques da Silva estão de regresso com Paolo Zermani como conferencista. Aquela que será a 14.ª edição deste ciclo anual, promovido pela Fundação Marques da Silva em parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, está marcada para 29 de novembro, tendo lugar, como sempre, no Auditório Fernando Távora (FAUP).

O tema proposto é Paolo Zermani: Arquiteturas Italianas. Ou seja, ficaremos assim a conhecer, apresentadas na primeira pessoa, a obra e a linha de pensamento deste Professor Catedrático da Faculdade de Arquitetura de Florença, natural de Medesano (Parma), distinguido, em 2018, com o Prémio Antonio Feltrinelli para a Arquitetura.

 

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2 de novembro de 2022
“Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra”
Sessão presencial no e sobre o Terminal Intermodal de Campanhã
5 de novembro, 10:30

O “Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra” volta ao Terminal Intermodal de Campanhã (TIC), desta vez uma sessão in loco, durante a qual vamos ouvir os autores do projeto e também participar numa visita guiada.

Será já este sábado, 5 de novembro, às 10h30, e contará com os seguintes convidados: Arq.º Nuno Brandão Costa (Brandão Costa Arquitectos), a Eng.ª Elza Mendes (Cacao), o Eng.º Renato Bastos (AdF) e a Arq.ª Rita Guedes (Rita Guedes Arquitectura Paisagista).
A moderação será assegurada pela Arq.ª Bárbara Rangel (@dec.fe.up.pt).

Assegure o seu acesso à sessão (gratuita e com inscrição prévia), aqui: https://portoinnovationhub.pt/inovacao-fora-de-portas/
 

Esta iniciativa, que tem na Fundação Marques da Silva uma das suas entidades apoiantes, resulta da parceria entre o Departamento de Engenharia Civil da FEUP, o Município do Porto (no âmbito da iniciativa Porto Innovation Hub), a Universidade do Porto e a Câmara Municipal de Gaia.

 

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31 de outubro de 2022
Argumentos 1: em deriva
o novo livro de Alexandre Alves Costa

"Argumentos não é um livro de arquitetura, é uma tentativa, provavelmente frustrada, de me servir da minha experiência, no seu âmbito, por ela ser o meio mais simples de articular tempo e espaço, de modelar a realidade, de fazer sonhar." (Alexandre Alves Costa)

Argumentos 1: em deriva é o primeiro de um conjunto de dois livros de Alexandre Alves Costa a publicar pela Fundação Marques da Silva em parceria com a U.Porto Press. Estruturado em cinco capítulos – “Memórias”, “Cidadania”, “Outros Caminhos”, “Livros”, “Arquitetura, Cidade e Território” -, nele se reúne um conjunto alargado de textos, alguns até agora inéditos, que o seu autor, em resposta às mais diversas circunstâncias, foi escrevendo ao longo dos anos.
 

O lançamento será no próximo dia 3 de dezembro, com Francisco Louçã e a presença do autor, na Fundação Marques da Silva, mas o livro encontra-se disponível, a partir de hoje, na loja da Fundação e na Reitoria da Universidade do Porto, entrando em breve no circuito comercial.
 

+ info sobre o livro aqui

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28 de outubro de 2022
"António Carneiro, o poeta com pincéis"
Museu da Quinta de Santiago (Matosinhos)
29 de outubro de 2022 a 26 de fevereiro de 2023

Cerca de 50 obras e de 20 documentos e objetos pertencentes ao pintor António Carneiro (1872-1930), parte deles inéditos ou praticamente desconhecidos do público, vão estar em exposição no Museu da Quinta de Santiago. Será uma oportunidade única para descobrir ou redescobrir este artista que nasceu há 150 anos em Amarante e residiu grande parte da sua vida na cidade do Porto, tendo encontrado no mar e nas praias de Leça inspiração para várias das suas aclamadas "paisagens". António Carneiro, o poeta com pincéis, exposição retrospetiva com curadoria de Cláudia Almeida, reúne um conjunto invulgar de quadros, alguns deles pela primeira vez apresentados lado a lado num mesmo espaço expositivo. São obras maioritariamente provenientes da coleção do Município de Matosinhos, mas também das coleções de várias instituições nacionais que se associaram a esta iniciativa, entre as quais a Fundação Marques da Silva, a quem pertence um retrato de Marques da Silva desenhado por António Carneiro, que tal como Marques da Silva foi professor da Escola de Belas Artes do Porto, em 1928.
 

A exposição inaugura amanhã, 29 de outubro, às 17:00, e poderá ser visitada até 26 de fevereiro do próximo ano, de terça a sexta, entre as 10:00 e as 13:00 e as 15:00 e as 18:00, ou aos sábados, domingos e feriados, entre as 15:00 e as 18:00.
 

A abertura da exposição será assinalada por um momento musical a cargo do Quarteto de Cordas de Matosinhos que interpretará composições de Cláudio Carneiro, filho do artista homenageado.
 

+ info: www.cm-matosinhos.pt

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27 de outubro de 2022
A Casa de Queijas de Fernão Simões de Carvalho, um lugar de liberdade conceptual e a síntese de uma vida

Fernão Lopes Simões de Carvalho nasceu a 27 de outubro de 1929 em Luanda, Angola. Terminou o curso de Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1955) e especializou-se no Institut d´Urbanisme de l´Université de Paris (Sorbonne).  Foi um defensor do Movimento Moderno ao longo da sua carreira, repartida por três países: Angola, Brasil e Portugal. Explorou as qualidades técnicas e plásticas da aplicação do betón brut, claramente aprendida na convivência com Le Corbusier e Wogenscky (1956-1959).
Durante a década de 1960, construiu em Luanda e nas cidades vizinhas uma série de edifícios emblemáticos com a marca corbusiana adaptada às especialidades do clima tropical angolano, sendo de realçar o arrojado projeto para o Centro de Radiodifusão de Luanda. Ainda assim, muitas outras obras deste período ficaram por concretizar.
Em abril de 1974 encontra-se a desenvolver o projeto da casa onde planeia vir a viver, mas após a Revolução decide ir para o Brasil, onde colabora no escritório carioca de Horácio Camargo e, no campo do urbanismo, com Maurício Roberto. Cinco anos depois, Simões de Carvalho regressa a Portugal e constrói ainda uma série de obras públicas e privadas. Entre elas, dedica-se a terminar a sua residência em Queijas. Com uma clara linguagem corbusiana, esta casa representa uma síntese da sua arquitetura brutalista. É aqui que ainda reside.
Hoje é dia de aniversário. Muitos Parabéns, Senhor Arquitecto.
 

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24 de outubro de 2022
Manuel Graça Dias dá nome a um novo Prémio e é atribuído o título de Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos à Fundação Marques da Silva
Manuel Graça Dias fotografado em sua casa por Inês D´Orey

No próximo dia 27 de outubro vai ser lançado o Prémio Manuel Graça Dias dst - Ordem dos Arquitectos, Primeira-Obra, uma iniciativa da Ordem dos Arquitetos que transporta uma dupla intenção: revelar novos valores na arquitetura portuguesa, incentivando e promovendo o reconhecimento público de autores de obras que tenham como referência a Arquitetura enquanto um bem de qualidade ao serviço da comunidade; e celebrar Manuel Graça Dias, sublinhando a imaginação, o inconformismo, a disponibilidade e generosidade que esta figura ímpar sempre demonstrou nas múltiplas dimensões que marcaram o seu percurso de vida (o arquiteto Manuel Graça Dias faleceu em 2019, aos 66 anos de idade).

Este novo Prémio, um concurso bianual que tem na Fundação Marques da Silva um parceiro institucional, dirige-se assim a autores de obras de arquitetura que tenham sido construidas nos primeiros oito anos após a sua inscrição como membro na  OA (nesta primeira edição, entre 2014 e 2021), com o autor(es) da obra distinguida a receber o valor pecunário de 20.000€, o convite para uma apresentação e a ter uma oportunidade de a publicar através dos meios da OA.
 

Na mesma sessão será ainda feita a atribuição do título de Membro Honorário da Ordem dos Arquitetos. E se, no ano anterior esse título foi atribuído a Maria José Marques da Silva, este ano será a vez da instituição que a sua doação à Universidade do Porto ajudou a criar: a Fundação Marques da Silva. Um gesto que vem assim reconhecer o trabalho  e ações desenvolvidas nacional e internacionalmente pela Fundação "da investigação e produção de conhecimento científico, conferências, atividade editorial e reflexões disciplinares sobre os temas que prestigiam a arquitetura e o nosso património disciplinar e científico."
 

A cerimónia do dia 27, com início às 18:00 na Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos, insere-se na programação do Dia Mundial da Arquitetura 2022.

 

 

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21 de outubro de 2022
A coleção de pintura e desenho artístico da Fundação Marques da Silva cresceu com a doação de 8 obras de António Cardoso
António Cardoso, Pintura Objecto, madeira policromada, 1968

A Pintura e o Desenho foram uma constante na vida de António Cardoso (1932-2021), como a exposição "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência" veio recentemente demonstrar. O seu percurso artístico remonta aos anos 1950, com a frequência da Academia Alvarez a marcar o início de uma aprendizagem oficinal que nunca, desde então, deixou de praticar. As suas obras refletem o impacto das suas viagens, dos lugares de vida, do seu conhecimento do meio e da história da arte, bem como a exploração de caminhos de desenvolvimento que vão despertando o seu interesse enquanto artista na procura de uma linguagem própria. Obras que se afirmaram também nos circuitos expositivos, numa itinerância surpreendente quando vista em retrospetiva. E agora, pela mão dos seus filhos, Susana e Eduardo Luís Cardoso, oito dos trabalhos expostos na Casa-Atelier José Marques da Silva entre maio e setembro passado passaram a fazer parte da Fundação Marques da Silva. Um conjunto que engloba obras produzidas entre 1968, caso da Pintura-Objeto em madeira policromada que a imagem ilustra, e 2014 com um acrílico sobre tela da série Transformações e Transfigurações, mas que integra também exercícios de colagem ou de utilização do pastel sobre papel e dois desenhos originais a tinta-da-china que fazem parte do àlbum XX Desenhos. Uma importante doação que vem complementar o acervo documental de António Cardoso doado ainda em vida e ampliar a coleção de Pintura e Desenho Artístico da instituição com um nome fundamental naquela que é a sua história.

 

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20 de outubro de 2022
"Manuel Graça Dias, o Arquiteto Arquitetonicamente Incorreto"
Visitas Guiadas à Exposição por Egas José Vieira
25 de outubro e 8 de novembro, 18:00

Nos próximos dias 25 de outubro e 8 de novembro, o Arquiteto Egas José Vieira vai guiar duas visitas à exposição "Manuel Graça Dias, O Arquiteto Arquitetonicamente Incorreto", atualmente patente ao público no Círculo da Arquitetura, (Rua Sacadura Cabral, Nº51, Cruz-Quebrada/ Dafundo). As visitas iniciam-se às 18:00. Para poder participar, basta enviar um email para circulodaarquitetura@oeiras.pt. As inscrições encontram-se abertas.

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20 de outubro de 2022
Fernando Távora em Cesena

Hoje, em Cesena, fala-se de Fernando Távora, da viagem que fez aos EUA e ao Japão em 1960 e das influências italianas na sua arquitetura. São estes os temas das conferências de Raffaella Maddaluno e de Giorgio Liverani, seguidas de uma visita guiada à exposição "I viaggi di Fernando Tàvora", que se manterá na Galleria del Ridotto até 11 de dezembro.

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19 de outubro de 2022
THE MATTER OF DATA: Documentary Architecture as Historical Method
A visitar na Fundação Marques da Silva
Últimos dias

THE MATTER OF DATA: Documentary Architecture as Historical Method, a exposição que a Fundação Marques da Silva acolheu no âmbito da  Arquiteturas Film Festival entrou na sua última semana de abertura ao público. Até ao próximo sábado, 22 de outubro, ainda poderá visitá-la e ficar com uma perspetiva do trabalho que o Centre for Documentary of Architecture tem vindo a desenvolver, já que The Matter of Data se insere na pesquisa interdisciplinar que esta instituição tem vindo a desenvolver sobre questões da migração e modernismo colonial, relacionando os múltiplos significados e a complexa história dos modernismos arquitectónicos, a sua história de migração e transferência.
 

Com curadoria de Ines Weizman, esta exposição está organizada em dois eixos: matéria e dados. Os estudos de caso arquitetónicos – apresentados como “biografias arquitetónicas” – congregam documentação fílmica, estudos de arquivo, análise de materiais e documentação construtiva digital em apresentações táteis e multimédia.
 

Créditos fotográficos: Ivo Tavares Studio, cortesia de Arquiteturas Film Festival, organizado pelo INSTITUTO

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18 de outubro de 2022
Monumento ao Marquês de Pombal, o projeto de Marques da Silva e Alves de Sousa que dava um romance

No acervo de José Marques da Silva encontra-se profusamente documentado o projeto que este arquiteto, juntamente com o escultor Alves de Sousa, apresentou a Concurso para o Monumento ao Marquês de Pombal em 1913, para construção na cidade de Lisboa. Dele nos chegaram desenhos, uma extensa lista de registos escritos e fotografias que fixam diferentes momentos de realização da maquete, como a imagem documenta. Mas também uma curiosa correspondência e outra documentação anexa que, cruzada com a ampla cobertura da imprensa de então, nos vai traçando as entrelinhas de uma longa e participada história. Se a decisão de abertura do próprio Concurso aos artistas nacionais teve de ultrapassar várias e atribuladas etapas antes de ser uma realidade, ainda mais agitados foram os momentos que se seguiram ao anúncio do vencedor, com o Júri a preterir a proposta de Marques da Silva e Alves de Sousa, "...Cuidar dos Vivos", em favor da "Gloria progressus...delenda reactio" dos arquitetos Adães Bermudes e António de Couto, e do escultor Francisco dos Santos. Bastará dizer que, para além dos argumentos esgrimidos nos jornais, o assunto foi discutido na Câmara dos Deputados e no Conselho de Ministros, sendo instada a própria Procuradoria Geral da República a manifestar-se. A polémica tinha como principais protagonistas Marques da Silva e Adães Bermudes, tendo chegado a estar aprazado um duelo entre Marques da Silva e Ressano Garcia, na sequência das declarações que este último fizera publicar (vide tese de António Cardoso, onde é citada notícia do Diário de Notícias de 13 de maio de 1914). Quanto a defensores, a dupla portuense teve em António Arroyo (engenheiro, escritor e músico distinto) o seu mais acérrimo defensor. A decisão final teve de esperar pelo ano de 1917 e dela decorre a construção do Monumento que hoje distingue a Rotunda homónima, em Lisboa. Entretanto, Marques da Silva e Alves de Sousa tinham já em mãos o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular, na Boavista, no Porto.


José Marques da Silva nasceu nesta cidade, a 18 de outubro de 1869.

 

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17 de outubro de 2022
Homenagem do GANNO a Octávio Lixa Filgueiras

Decorreu, no passado sábado, na Fundação Marques da Silva, a homenagem do Grupo de Arqueologia Naval do Noroeste (GANNO) ao seu fundador, em 1980, o arquiteto Octávio Lixa Filgueiras. Naturalmente, foi a dimensão do trabalho desenvolvido no âmbito da história da arquitetura naval por Lixa Filgueiras a estar em destaque, muito em particular através do testemunho de dois elementos associados deste Grupo, Manuel Martins Rêgo e Maia dos Santos, e da projeção do documentário realizado em 1991 por Vítor Bilhete, com guião de Octávio Lixa Filgueiras, sobre o processo tradicional de construção de um barco rabelo.
Mas a sessão integrou ainda, como anunciado, o lançamento do Boletim especial publicado em junho passado, onde se reunem textos da autoria de várias individualidades da área da arquitetura, da história e da cultura marítima e fluvial, um número que teve no arquiteto António Menéres o seu principal dinamizador. E foram vários os autores presentes nesta sessão, assim como presentes estiveram filhos e netos do arquiteto Octávio Lixa Filgueiras. Pedro Borges de Araújo partilhou algumas memórias da sua convivência com Octávio Lixa Filgueiras, desde os tempos em que foi seu aluno na ESBAP, sem deixar de justificar a importância do seu legado.
Para assinalar este momento de homenagem, os dois estiradores do átrio do Palacete Lopes Martins tiveram ainda em exposição uma série de publicações sobre a temática naval da autoria deste arquiteto, bem como o livro e a maquete da primeira edição Da função social do arquitecto.

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14 de outubro de 2022
Algo de novo vai acontecer na Casa-Atelier José Marques da Silva

A Casa-Atelier José Marques da Silva está a preparar-se para responder a um novo desafio. Em breve teremos novidades para anunciar...

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13 de outubro de 2022
GANNO: Homenagem ao Arquiteto Octávio Lixa Filgueiras
Lançamento de Boletim especial e exibição do documentário "Arquitectura do Rabelo"
15 de outubro, 15:00, Fundação Marques da Silva

O Grupo de Arqueologia Naval do Noroeste (GANNO), fundado pelo arquiteto Octávio Lixa Filgueiras, para assinalar o centenário do nascimento do seu fundador, a 16 de agosto passado, publicou uma edição especial do seu Boletim, cujo lançamento decorrerá no próximo 15 de outubro, na Fundação Marques da Silva.
A sessão, que se inicia às 15:00, vai contar com a participação de António Maia dos Santos (membro da Direção do GANNO), de Miguel Filgueiras (em representação da família do Arq.to Lixa Filgueiras) e Pedro Borges de Araújo, um dos autores convidados a escrever para a referida edição do Boletim. Esta será também uma ocasião para rever o documentário "Arquitectura do Rabelo", realizado por Vítor Bilhete a partir de uma investigação de Octávio Lixa Filgueiras.

A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço.

 

 

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10 de outubro de 2022
José Porto e o anteprojeto para o Estádio Distrital do Porto

Entre a rua Silva Porto, a rua de Monsanto, a rua do Ameal e a rua da Telheira, no Porto, esteve prevista a construção de um grandioso Estádio Distrital. O programa do concurso público de anteprojetos e de projetos, para além de especificar os requisitos orientadores dos concorrentes e a composição do Júri, que seria presidido pelo Governador Civil (Coronel Dr. Herculano Jorge Ferreira), indicava que a data final de entrega dos trabalhos na Secretaria do Governo Civil do Porto seria 30 de maio de 1934. Haveria prémios financeiros para os classificados em 1.º e 2.º lugar e menções honrosas para os que ficassem em terceiro e quarto. O anteprojeto vencedor teria de apresentar a respetiva "maquette" até 14 de junho, recebendo, para tal, um valor extra equivalente ao do segundo prémio.
 

Num álbum da Sociedade Portuguesa de Fomento, não datado, onde se mostram alguns dos inúmeros trabalhos da firma  Engenheiros Reunidos, pertencente ao arq.to José Porto, o seu autor, lá nos deparamos com a fotografia da referida "maquette", a dar conta, não só do projeto, como do facto de ter sido esta a proposta vencedora do Concurso lançado pelo Governo Civil.
 

E tudo isto permite traçar o contexto que explica a presença, no acervo de José Marques da Silva (que deve ter sido chamado a participar no Júri do Concurso), do documento datilografado dos "autores do ante-projecto do Estádio Distrital" com os esclarecimentos e alterações propostas para a sua execução definitiva. Documento esse que termina com o compromisso de os autores, antes de passarem à realização definitiva do projeto, fazerem uma "visita de estudo aos melhores e mais recentes estádios, gimnásios e piscinas de França, Alemanha, Itália e Suíça, não só para o efeito de qualquer correcção que porventura a observação directa venha a aconselhar, mas principalmente para apreciar in loco pormenores de execução entre nós desconhecidos."
 

Só que esta, é uma história ainda com muito por contar. No acervo de José Porto, então recentemente chegado ao Porto, vindo de Paris, encontramos cerca de uma dezena de peças desenhadas correspondentes ao anteprojeto apresentado a concurso, mas nada se encontrou ainda sobre um seu futuro desenvolvimento. Quanto ao Estádio é apenas certo que dele restaram ecos da memória de uma vontade de construção.
 

José Porto nasceu a 10 de outubro de 1883, em Marinhas, Vilar de Mouros.

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4 de outubro de 2022
Um novo Mapa de Arquitetura para dar a conhecer a obra de Rui Goes Ferreira na Madeira

Há um novo Mapa de Arquitetura, o primeiro sobre o território madeirense, dedicado à obra do arquiteto Rui Goes Ferreira. A conceção e organização de conteúdos esteve a cargo da arquiteta Madalena Vidigal, neta de Rui Goes Ferreira que tem vindo a desenvolver uma ampla investigação sobre a obra deste arquiteto e a materializar várias iniciativas de divulgação da sua obra em particular, mas também sobre a arquitetura da região.

Este Mapa, cujo lançamento decorreu no passado dia 4 de outubro, no Museu de Fotografia da Madeira, foi produzido e publicado pela Seção Regional da Ordem dos Arquitectos, com o apoio da Fundação Marques da Silva e da Secretaria Regional de Turismo e Cultura da Madeira. Como foi referido durante a sessão, trata-se de um convite irrecusável para parar e refletir sobre o legado deixado por este arquiteto, para ir à procura das obras aí representadas e nelas encontrar uma leitura, uma narrativa que permita caracterizar a intervenção de Rui Goes Ferreira.
 

O roteiro apresentado percorre 22 obras projetadas por este arquiteto e, à imagem dos Mapas de Arquitetura lançados pela OASRN, para além da versão impressa, também pode ser consultado online. Basta clicar sobre o número ou letra identificativa e surge a informação respetiva: www.mapadearquitetura-madeira.com

 

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5 de outubro de 2022
"Viagem às arquiteturas energéticas insulares", a proposta vencedora da 18.ª edição do Prémio Fernando Távora

A proposta vencedora da 18.ª edição do Prémio Fernando Távora permitirá a Inês Vieira Rodrigues empreender uma "Viagem às arquiteturas energéticas insulares", ancorada nos Açores e na Islândia. A decisão reuniu a unanimidade do Júri, presidido por André Tavares (indicado pela OASRN – Ordem dos Arquitectos Secção Regional Norte) e composto ainda por Maria João Seixas (nomeada pela OASRN enquanto figura de relevo cultural externa ao campo disciplinar da Arquitetura), por José Bernardo Távora (indicado pela Fundação Marques da Silva), por Pedro Baía (indicado pela Casa da Arquitetura) e por Francisco de Tavares e Távora Pereira Coutinho (designado pela família do Arquiteto Fernando Távora).
Perante a qualidade, relevância e atualidade dos seus temas, o Júri decidiu atribuir também duas menções honrosas às propostas de Luis Duarte Ferro, «Silêncios loquazes: a cultura por vir» e de João Carlos de Almeida e Silva, «A presença da Eva. À procura de casas que foram brindes publicitários».
 

O anúncio do vencedor decorreu no passado dia 3 de outubro, na sede da OASRN, altura em que Margarida Quintã e Luís Ribeiro da Silva, vencedores da 15ª edição do Prémio, proferiram a sua conferência sobre a viagem realizada "Às fronteiras do México". A conferência de apresentação da viagem de Inês Vieira Rodrigues realizar-se-á em abril de 2024, na data de lançamento da 20.ª edição do Prémio Fernando Távora.

 

Imagem: Central Geotérmica do Pico Vermelho na Ilha de São Miguel, © SIARAM.

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3 de outubro de 2022
Prémio Fernando Távora
hoje, às 18:00, na sede da OASRN

Hoje, 3 de outubro, em Dia da Arquitetura, terá lugar, na sede da OASRN, mais uma sessão do Prémio Fernando Távora com o anúncio do vencedor da 18.ª edição, a apresentação do trabalho dos vencedores da 15.ª edição, os arquitetos Margarida Quintã e Luís Ribeiro da Silva (na imagem), sobre "As Fronteiras do México" e uma breve conversa com a jornalista Maria João Seixas, membro do júri da presente edição e no qual a Fundação se encontra representada pelo arquiteto José Bernardo Távora.
 

A sessão inicia-se às 18:00 e a entrada é livre.


 

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30 de setembro de 2022
I viaggi di Fernando Távora
na Galleria del Ridotto (Cesena, Itália), até 11 de dezembro

Na Galleria del Ridotto, por iniciativa do Departamento de Arquitetura da Universidade de Bolonha, com o apoio da Fundação Marques da Silva, dá-se a conhecer, pela primeira vez em Itália, mais de 8 dezenas de desenhos de viagem realizados pelo Arquiteto Fernando Távora entre 1960 e 1997. A exposição I viaggi di Fernando Távora assenta na seleção feita pelo arquiteto José Bernardo em 2017, para a exposição apresentada na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, mas agora moldada a um percurso expositivo que se ajusta à configuração do novo espaço, onde também se acolhe um conjunto de maquetes realizadas pelos alunos de arquitetura do Campus de Cesena.

A inauguração, no dia 23 de setembro, foi antecedida de uma sessão programada no âmbito da Festa Dell´Architettura 2022, na Biblioteca Malatestiana, onde participaram o diretor do Departamento e a coordenadora do Curso de Arquitetura da Universidade de Bolonha, Fabrizio Apollonio e Elena Mucelli, respetivamente, Paula Abrunhosa e Ana Freitas, em representação da Fundação Marques da Silva, e os curadores desta exposição, Antonio Esposito, Saverio Fera, Giovanni Leoni e Giorgio Liverani. A exposição manter-se-á patente ao público até 11 de dezembro deste ano.

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30 de setembro de 2022
"Manuel Graça Dias, o Arquiteto Arquitetonicamente Incorreto"
a visitar até 12 de novembro, no Círculo de Arquitetura de Oeiras

A exposição "Manuel Graça Dias, o Arquiteto Arquitetonicamente Incorreto", inaugurada no passado dia 22 de setembro no Círculo de Arquitetura de Oeiras, revisita 18 projetos realizados por Graça Dias entre 1985 e 2018, seja individualmente, seja em parceria com Egas José Vieira, antigo aluno e arquiteto com quem viria a fundar o atelier Contemporânea, em 1990, após a colaboração para o Concurso do Pavilhão de Portugal na Expo 92´ de Sevilha. Estruturada em 4 núcleos - habitação, restauração, espaços lúdicos e diversos - a exposição apresenta um vasto conjunto de desenhos e maquetes, entre os quais se encontram vários originais cedidos pela Fundação Marques da Silva, assim como fotografias e registos videográficos. Esta iniciativa, organizada pelo Município de Oeiras e com curadoria de António Faísca, pretende ser uma homenagem a Manuel Graça Dias, arquiteto e professor de palavra viva e contagiante, que ensinava os seus alunos "a serem inconformados" e a "fugirem de certezas".
A visitar até 12 de novembro, de terça a sábado, entre as 14:00 e as 19:00.
 

Créditos fotográficos: Paulo Neto.

 

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30 de setembro de 2022
Arquiteturas Film Festival
Hoje, às 21:30, na Fundação Marques da Silva
Com Ortrun Bargholz e Anna Luise Schubert

Para hoje, na Fundação Marques da Silva, o Arquiteturas Film Festival propõe mais dois documentários: “The Modern Writer’s Workshop’: At the Limits of Architectural Freedom” (2014),de Ortrun Bargholz and Lucas Podzuweit, e “Umzugsgut: Articles of Daily Use and Home Furnishings of the Emigrant Are Described as U.” (2017), de Anna Luise Schubert and Amelie Wegner. Esta, que é a terceira e última sessão deste ciclo apresentado pelo CDA, vai contar ainda com a presença de Anna Luise Schubert e Ortrun Bargholz, para uma introdução e conversa sobre os trabalhos a projetar. A sessão tem início às 21:30 e é de entrada livre, sujeita apenas à lotação do espaço.

+ info aqui

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30 de setembro de 2022
Prémio Fernando Távora
Anúncio do vencedor da 18.ª Edição do Prémio
Conferência de Margarida Quintã e Luís Ribeiro da Silva
Conversa com Maria João Seixas
3 de outubro (segunda-feira), 18:00, Sede da OASRN

No próximo dia 3 de outubro, em Dia da Arquitetura, será anunciado mais um vencedor do Prémio Fernando Távora que vai já na sua 18.ª edição. A sessão, a ter lugar na sede da OASRN, conta ainda com a apresentação do trabalho dos vencedores da 15.ª edição, os arquitetos Margarida Quintã e Luís Ribeiro da Silva, sobre "As Fronteiras do México" e uma breve conversa com a jornalista Maria João Seixas, membro do júri da presente edição e no qual a Fundação se encontra representada pelo arquiteto José Bernardo Távora.

Trata-se de uma iniciativa da OASRN, em parceria com a Fundação Marques da Silva, a Câmara Municipal de Matosinhos e a Casa da Arquitectura, e com o patrocínio da Ageas Seguros.

+ info em www.oasrn.org

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29 de setembro de 2022
Arquiteturas Film Festival Porto
Projeção de documentários
21:30, Fundação Marques da Silva

Ontem foi assim, na Fundaçao Marqies da Silva. Sala cheia para a conferência inaugural da curadora da exposição The Matter of Data, Ines Weizman, seguida da projeção de 3 curtas-metragens. Hoje, serão projetados os documentários "Deep White" e "Phonograph and Memory: tracing a sound from Kabul".  A sessão começa às 21:30 e conta com a presença de Anne Luise Schubert e Ines Weizman.

 

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28 de setembro de 2022
THE MATTER OF DATA: Documentary Architecture as Historical Method
Abertura da Exposição - Conferência de Ines Weizman - Projeção de Curtas-metragens
hoje, 28 de setembro, às 21:30, na Fundação Marques da Silva

Com a exposição THE MATTER OF DATA: Documentary Architecture as Historical Method em pano de fundo, hoje, às 21:30, na Fundação Marques da Silva, lugar de acolhimento da programação da instituição convidada desta edição do Arquiteturas Film Festival, o Centre for Documentary Architecture (CDA), inicia-se a primeira de três sessões que incluem, para além da conferência inaugural da curadora da exposição e fundadora do CDA, Ines Weizman, debates e projeção de curtas-metragens e documentários produzidos no âmbito deste Centro onde se juntam arquitetos, cineastas, artistas, programadores digitais, historiadores e outros amantes da arquitetura.

Na sessão de hoje serão exibidos A short history of the elevator Pitch (Ines Weizman, 5´); Three hours by car (Anna Luise Schubert, Ines Weizman, 5´) e Bauhaus Beeline (Anna Luise Schubert, Ines Weizman, 2´)

A exposição fica patente até 22 de outubro 2022 e pode ser visitada de segunda a sábado, das 14:00 às 18:00. Durante o período de duração do Festival, até 1 de outubro, é de entrada gratuita.

+ info aqui

 

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27 de setembro de 2022
Começa hoje o Arquiteturas Film Festival!

A 9.ª edição do Arquiteturas Film Festival está prestes a começar. A Sessão de Abertura acontece hoje, 3ª feira dia 27 de setembro, no Cinema Passos Manuel, no Porto, às 21h30.

A edição deste ano reflete sobre a ideia de “abrandamento”, ainda que isso implique demolir, reduzir, reutilizar, ou subtrair a arquitetura.

O festival decorre entre 27 de setembro e 1 de outubro. O programa completo pode ser consultado em https://arquiteturasfilmfestival.com/programa/

 

 

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23 de setembro de 2022
Seminário de Metodologia do Desenho
Nuno Portas em Sevilha, fevereiro de 1971

Em 1971, Nuno Portas deslocou-se a Sevilha, a convite do Departamento de Estética, Composição Arquitectónica e História da Arte da Escola de Arquitectura desta cidade, para dar um Seminário sobre Metodologia do Desenho. O interesse suscitado será comprovado pela grande concorrência registada: mais de 50 arquitetos e 150 alunos inscritos, números publicados na imprensa local. Foram 6 aulas que decorreram entre 27 de Janeiro e 4 de Fevereiro, e onde não só traçou o "panorama atual" da metodologia do desenho, como abordou a atividade que tinha vindo a desenvolver no LNEC. A fotografia que acompanha esta nota foi retirada de um dossier com recortes de imprensa relativos ao Seminário, pertencente ao conjunto de documentos recentemente integrados no Arquivo da Fundação Marques da Silva.
 

Nuno Portas nasceu a 23 de setembro de 1934.
Parabéns, Senhor Arquiteto!

 

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21 de setembro de 2022
I viaggi di Fernando Tavora
Exposição
23 de setembro a 11 de dezembro
Galleria del Ridotto, Cesena, Itália

No âmbito da Festa dell´Architettura 2022, o Departamento de Arquitetura da Universidade de Bolonha, com a colaboração da Fundação Marques da Silva, vai apresentar na Galleria del Ridotto a exposição I viaggi di Fernando Távora.
Tomando como ponto de partida a seleção já feita em 2017 por José Bernardo Távora, serão agora expostos em Cesena mais de 80 desenhos originais da autoria do arquiteto Fernando Távora, realizados entre 1960 e 1997, que, pela primeira vez, poderão ser vistos em Itália.
Antonio Esposito, Francesco Saverio Fera, Giovanni Leoni e Giorgio Liverani assinam a curadoria desta exposição que inaugura no próximo dia 23 de setembro e se manterá patente ao público até 11 de dezembro, na Galleria del Ridotto.
 

+ info: https://phd.unibo.it

 

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20 de setembro de 2022
"Manuel Graça Dias: o Arquiteto Arquitetonicamente Incorreto"
Exposição
22 de setembro a 12 de Novembro
Círculo da Arquitetura, Oeiras

Três anos passados sobre o desaparecimento prematuro de Manuel Graça Dias, o Círculo de Arquitetura do Município de Oeiras, com o apoio da Fundação Marques da Silva, vai inaugurar na próxima quarta feira, às 18:00, uma exposição que  "visa enaltecer e homenagear" o trabalho deste arquiteto. A exposição Manuel Graça Dias: O Arquiteto Arquitetonicamente Incorreto apresenta uma seleção de dezoito projetos, entre os quais se destacam o Pavilhão de Portugal para a Expo’ 92, em Sevilha, e O Teatro Azul, em Almada. Para além de esquissos e desenhos de projeto, a exposição integra ainda um conjunto de maquetes relativas a vários dos projetos expostos.

A exposição inaugura dia 22, às 18:00 e pode ser visitada até 12 de novembro de terça a sábado, entre as 14:00 e as 19:00.

 

+ info: www.oeiras.pt

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19 de setembro de 2022
E falou-se de história, arte e arquitetura...

Andrea Soutinho, Celso Santos, Helena de Freitas e João Pinharanda reuniram-se para uma animada conversa, moderada por Laura Castro, cumprindo assim o objetivo de se assinalar o encerramento da exposição “Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência” através do exercício do encontro e da partilha, tão acarinhado e cultivado por António Cardoso. E se esta figura, multifacetada e poliédrica, foi transversal a todos, já que todos com ele se cruzaram em diferentes circunstâncias e momentos, foi igualmente inevitável convocar outras presenças referenciais, a de José-Augusto França e a de Amadeo de Souza-Cardoso, para cujo atual reconhecimento da sua originalidade artística e da sua internacionalização António Cardoso muito contribuiu. A particularidade do Museu de Amarante tornou-se assim um tema central nesta conversa, mas também o foi a necessidade de dar continuidade ao caminho aberto por António Cardoso encontrando respostas adequadas aos desafios impostos por um novo tempo, seja no que se refere ao futuro do Museu Amadeo de Souza-Cardoso - da sua arquitetura ao projeto museológico e à reposição do Prémio -, seja na pertinência de um reposicionamento crítico do ensino da história da arte.

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16 de setembro de 2022
Newsletter - Setembro 2022

Publicamos hoje a newsletter da Fundação Marques da Silva, com a notícia de abertura a deixar em primeiro plano o encontro de amanhã, com Andrea Soutinho, Celso Santos, Helena de Freitas, João Pinharanda e moderação de Laura Castro. Mas há muito mais para ler e novas iniciativas se anunciam. A ler aqui

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16 de setembro de 2022
Fernando Lanhas e a recriação do Museu Monográfico de Conímbriga

No início da década de 1980, Fernando Lanhas foi chamado a remodelar e ampliar o Museu Monográfico de Conímbriga, aí se incluindo o arranjo de interiores, isto é, das zonas de entrada, de receção, de exposição, restaurante e auditório. Cabia-lhe, assim, reconfigurar este espaço museológico, com a premissa de aproveitar a parte já construída, unificando-a (existia o corpo projetado por Amoroso Lopes, em 1959, e as três alas desenhadas por António Portugal, em 1974). O seu interesse pela museologia reflete-se na particular atenção dedicada ao desenho das áreas e suportes expositivos. O Museu reabrirá as suas portas em abril de 1985, com arranjo da envolvente paisagística pensado por Gonçalo Ribeiro Telles e Francisco Caldeira Cabral. Seguir-se-ia a construção do auditório. Em todo este processo Fernando Lanhas teve como interlocutor, por parte da Direção dos Edifícios Nacionais do Centro, o eng.º José Teles de Oliveira. A título de curiosidade, refira-se que da correspondência trocada entre ambos sobressai o apreço de Teles de Oliveira pelas "coisas" que Fernando Lanhas ia escrevendo e pelo que este considerava ser uma demonstração da sua extraordinária sensibilidade na apreciação da vida.

Fernando Lanhas nasceu no Porto, a 16 de setembro de 1923. Faria hoje 99 anos.

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15 de setembro de 2022
Arquiteturas Film Festival
27 de setembro a 1 de outubro
Fundação Marques da Silva, Casa Comum, FAUP, INSTITUTO e Cinema Passos Manuel

Este ano, tendo como mote Slow Down!, o Arquiteturas Film Festival não só se muda para o Porto como vai passar pela Fundação Marques da Silva, para onde está programada uma exposição, uma conferência e a projeção de curtas-metragens e documentários. O Festival encontra-se estruturado em 4 eixos: Programa Oficial; Programa da Instituição Convidada; Programa Experimental; e Programa de Competição. Cada eixo está associado a um ou dois locais da cidade: para além da Fundação Marques da Silva, que vai acolher a programação da Instituição Convidada, o Centre for Documentary Architecture (CDA), o Festival passará pelo Cinema Passos Manuel (Programa Oficial), pela Casa Comum (Programa de Competição), pelo INSTITUTO (Programa Experimental) e pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (Masterclasses e Workshop).

Assim, na Fundação Marques da Silva (Palacete Lopes Martins), entre 28 de setembro e 22 de outubro, poderá visitar a exposição THE MATTER OF DATA: Documentary Architecture as Historical Method e ficar a conhecer o arquivo do Centre for Documentary Architecture (CDA), um coletivo de pesquisa interdisciplinar formado por historiadores de arquitetura, cineastas e tecnólogos digitais. Entre "matéria e dados", que relacionam documentação fílmica, estudos de arquivo, análise de materiais e documentação construtiva digital, estarão em exibição estudos de caso, apresentados como "biografias arquitetónicas".

A assinalar a inauguração da exposição, no dia 28 de setembro, às 21:30, decorrerá a conferência da curadora, Ines Weizman. Esta arquiteta e académica, diretora e fundadora do CDA, com um particular interesse pelas questões da migração e do modernismo colonial, apresentará o trabalho que tem vindo a desenvolver e sobre o qual assenta tanto a presente exposição como a que, em 2019, passou por Weimar, Telavive e Berlim, The Matter of Data: Tracing the Materiality of "Bauhaus-Modernism".

Ainda na Fundação, nos dias 29 e 30 de setembro, em duas sessões com início às 21:30, serão projetadas curtas-metragens e documentários produzidos pelo CDA, com apresentação de Ines Weizman, Anna Luise Schubert e Ortrun Bargholz.

Durante o Festival, que decorre entre 27 de setembro e 1 de outubro, o acesso à Fundação Marques da Silva (exposição e exibição de filmes) será gratuito

 

+ informações sobre todo o programa: https://arquiteturasfilmfestival.com
 

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9 de setembro de 2022
Os Cine-Teatros de José da Cruz Lima

O percurso profissional de José da Cruz Lima, arquiteto diplomado pela Escola de Belas Artes do Porto, em 1945, decorreu de forma discreta, já que muita da sua produção se destinou a responder a encomendas de clientes particulares. Ainda assim, num tempo em que os estabelecimentos cinematográficos atingiam uma particular relevância e popularidade nos meios urbanos, foram vários os projetos realizados por este arquiteto para este tipo de salas de espetáculo, seja de raiz, seja de remodelação de edifícios preexistentes, regra geral antigos teatros que não resistiam ao apelo crescente do público pela projeção de filmes. Logo em 46, surge a proposta de remodelação do Teatro Eduardo Brasão, em Santo Tirso. Contudo, em 1949, a Sonora Filmes vai atribuir a este mesmo arquiteto a responsabilidade de desenhar no centro da então vila, um novo Cinema, cuja construção se prolongará até à década de 60. Ao novo Cine-Teatro, o arquiteto tentará até, sem sucesso, atribuir o nome de Cine Astro. Ainda na década de 50, em 1954, Cruz Lima será chamado a remodelar o Teatro Garrett, na Póvoa do Varzim. E dois anos depois, no Porto, vai  desenvolver os projetos de "reforma e melhoramento" dos Cinemas Olympia e Águia de Ouro, tendo em vista o embelezamento e a melhoria de condições de conforto e segurança dos respetivos espaços interiores. Os Cine-Teatros, projetados ou intervencionados por Cruz Lima, vieram a ter destinos diferentes, com as salas portuenses a garantirem a sobrevivência da sua arquitetura através de uma alteração de função.

José da Cruz Lima nasceu em Luanda, a 9 de setembro de 1910.

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9 de setembro de 2022
Vamos falar de história, arte e arquitetura #2
Andrea Soutinho, Celso Santos, Helena de Freitas, João Pinharanda
moderação de Laura Castro
Fundação Marques da Silva, 17 de setembro, 16:00

Parafraseando palavras do próprio António Cardoso a propósito da exposição sobre Marques da Silva, organizada em 1986, também a exposição "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência" participa da exigência moral de mostrar e de/monstrar. Inaugurada a 7 de maio, perseguiu o objetivo de revisitar o percurso de vida de António Cardoso, reunindo numa mesma linha de tempo a sinalização das múltiplas dimensões da vasta obra por si realizada. Alcançou igualmente a certeza de que o seu legado deve ser revisitado e convertido em ponto de partida para renovadas reflexões sobre os desafios do presente. Assim, depois de um primeiro encontro realizado em junho, a 17 de setembro, dia de encerramento, vai acontecer um segundo encontro com Andrea Soutinho, Celso Santos, Helena de Freitas e João Pinharanda, cabendo a Laura Castro a sua moderação. Vamos, portanto, ouvir falar de história, arte e arquitetura. A sessão começa às 16:00, com a presença de Fátima Vieira, Presidente da Fundação, e todos estão convidados já que a entrada é livre, apenas sujeita à lotação do espaço.


 

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7 de setembro de 2022
Maria José Marques da Silva, mulher-arquiteta

Entre uma e outra imagem podemos observar uma mesma figura feminina em dois tempos distintos. A primeira, da década de 30, enquanto aluna de arquitetura na Escola de Belas-Artes do Porto, junto ao Professor Acácio Lino; a segunda, junto ao então Presidente da República Mário Soares, na qualidade de Presidente da Secção Regional Norte da Associação dos Arquitectos Portugueses, por ocasião do 4.º Congresso Nacional, realizado no Porto em 1986 e no âmbito do qual seria igualmente inaugurada, na Casa do Infante, a exposição "J. Marques da Silva. Arquitecto 1869-1947". Entre uma e outra, o percurso de uma vida, entre uma e outra, presença constrastante num meio então dominado por homens, entre uma e outra, a coragem para abrir caminhos para as mulheres arquitetas em Portugal.
 

Maria José Marques da Silva nasceu no Porto a 7 de setembro de 1914, na Casa-Atelier que hoje acolhe a Fundação Marques da Silva, instituição por si idealizada, juntamente com o seu marido, o também arquiteto e urbanista, David Moreira da Silva.


Fotografias: Arquivo da Fundação Marques da Silva e Centro de Documentação da Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos, respetivamente.

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5 setembro de 2022
As exposições da Fundação Marques da Silva estão de regresso

Estão, a partir de hoje, reabertas ao público as exposições da Fundação Marques da Silva. "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência", "Contrafactum: matéria, forma, conteúdo" e "Aalto intemporal: o DNA da Cultura Arquitetónica" entram agora nas semanas finais e trazem novidades. Na sala de "Contrafactum" já se encontram lado a lado a maquete de 1935 e a sua recriação de 2022. Entretanto, marque na agenda o dia 17, para assistir ao segundo encontro de "vamos falar de arte, história e arquitetura", desta vez com a presença de Andrea Soutinho, Celso Santos, Helena de Freitas e João Pinharanda, com moderação de Laura Castro.
Contamos com a sua presença!

Horários de visita: de segunda a sábado, entre as 14h e as 18h (última entrada às 17h30).

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1 de setembro de 2022
José Carlos Loureiro (1925-2022)

Ontem, serenamente, José Carlos Loureiro despediu-se da vida. Nascido na Covilhã, a 2 de dezembro de 1925, chegou ao Porto em 1941 para ingressar na Escola de Belas-Artes. A casa por si projetada em Valbom e que, habitando-a, foi transformando em lugar íntimo de conforto e felicidade familiar, garantiu-lhe o diploma de arquiteto e anunciou o que viria a ser um longo e intenso percurso profissional. José Carlos Loureiro praticou Arquitetura de uma forma comprometida, generosa e apaixonada, sempre demonstrando uma invulgar sintonia entre a arte de bem desenhar e a arte de bem construir. Desejava, acima de tudo, imaginar e criar espaços onde as pessoas se sentissem bem. Foi o autor de obras icónicas como o Pavilhão dos Desportos-Palácio de Cristal, o Edifício Parnaso, o Conjunto Luso-Lima ou o Hotel D. Henrique, na cidade do Porto, mas também da Pousada de S. Bartolomeu, em Bragança, da Casa-Atelier Júlio Resende, em Gondomar, do Conservatório Gulbenkian e dos Edifícios Residenciais em Aveiro, do Instituto Superior da Maia ou da "Capelinha" de Fátima. Desde muito cedo aliou ao exercício da atividade projetual, individualmente ou em gabinete (primeiro com Pádua Ramos, depois com o seu filho e mais recentemente também com o seu neto), o desafio da experiência do ensino. Foi também, e sempre, um cidadão atento e interventivo sobre as questões que dominaram o seu tempo, tendo-se distinguido pela matriz ética que imprimiu ao desempenho dos vários cargos públicos que foi chamado a assumir. Teve importantes participações em colóquios, congressos e exposições de carácter nacional e internacional. Por tudo isto, foi sendo publicamente reconhecido. Em 2013, doou o seu acervo profissional à Fundação Marques da Silva que desta forma lhe presta uma sentida homenagem e assinala um profundo pesar pela sua perda. Como poderia ter dito o seu grande amigo Eugénio de Andrade, a sua vida teve a dignidade de um poema.

O corpo estará em câmara ardente a partir da tarde hoje, na Capela da Ressurreição, em Valbom. O seu funeral realiza-se amanhã, às 11h.

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25 de agosto de 2022
Fernando Távora ou do gesto e da razão para o desenho

No canto inferior direito deste mapa-mundo desenhado por Fernando Távora pode ler-se:  “1 – a volta ao mundo como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian / 2 – a viagem ao Brasil com alunos da ESBAP / Os ‘sítios’ onde estive (a preto); os sítios onde estiveram antepassados meus (a verde).”

Fernando Távora gostava de "saltar fronteiras", de, tal como Pessoa, “viajar, correr países, ser outro constantemente” tendo, enquanto Arquiteto, uma atenção permanente sobre a qualidade da construção do mundo. Desenhar era, para si, uma forma de conhecimento e de comunicação, uma "forma eterna e magnífica de entendimento entre os homens." E nas muitas viagens realizadas sempre encontrou "gestos e razões" para o desenho. De "Cairo ou de Kyoto, de Filadélfia e de Atenas, de Bangkok e de Congonhas, de Goa e de Paris, homens, objectos e lugares da antiguidade e do presente." Serão esses desenhos agora a continuar a "saltar fronteiras", as do tempo e dos lugares. Depois da exposição realizada em Guimarães, em 2017, com coordenação de José Bernardo Távora, será Cesena o próximo destino. Tavora in viaggio inaugurará em setembro próximo.

Fernando Távora faria hoje 99 anos. Nasceu no Porto, a 25 de agosto de 1923.

 

 

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19 de agosto de 2022
"A Nacional" em transformação ou como captar os interstícios do tempo
Dia Mundial da Fotografia
Pormenor de espaço interior da Nacional, fotografia de Francisco Ascensão, julho de 2022

O edifício que Marques da Silva começou a idealizar em 1919 para a Companhia de Seguros A Nacional foi determinante para a fixação da imagem daquela que continua a ser a principal sala de visitas da cidade do Porto. Implantado sobre o chão do cunhal poente formado pela Praça da Liberdade e a então Avenida das Nações Aliadas era, segundo relatório de 1924 da referida Companhia, "na opinião geral o mais belo e imponente edifício" aí construído. Em pleno século XXI, em resposta a um desejo de adaptação a outras funcionalidades, este edifício agora centenário prepara-se para iniciar um novo ciclo de vida sob projeto dos arquitetos Francisco Vieira de Campos e Cristina Guedes (menos é mais).  Os andaimes que o envolvem, e que o Grémio da Independência, símbolo da Companhia, esculpido por Sousa Caldas insiste em desafiar, denunciam as obras em curso, mas o que esta fase da intervenção deixa visível em breve será impercetível ao olhar de quem passa ou de quem irá habitar os renovados espaços interiores. Cabe à câmara de Francisco Ascensão registar este momento único, transportando para as fotografias a obter a condição maior de virem a ser testemunhos privilegiados deste interstício do tempo.
 

Hoje, a assinalar o Dia Mundial da Fotografia e para abrir a curiosidade sobre o muito que haverá a descobrir, partilhamos esta fotografia do que virá a ser o interior de um apartamento.

 

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16 de agosto de 2022
Octávio Lixa Filgueiras: uma vida, muitos caminhos
Instalações fabris para a Sonae, Maia, março de 1960

No final dos anos 50, Octávio Lixa Filgueiras desenvolvia já uma intensa atividade, seja como arquiteto, como professor ou como autor de trabalhos pioneiros no domínio da etnologia e da arqueologia naval. Tinha obtido o seu Diploma em 54, com "Urbanismo: um tema rural", um trabalho inovador por ser o primeiro CODA teórico-prático apresentado na ESBAP. Tinha também assegurado a coordenação da Equipa da Zona II do Inquérito à Arquitetura Popular e, em 56, integrara a representação portuguesa ao X Congresso CIAM, em Dubrovnik. Ainda nesta década, fizera parte da equipa de redação para o Norte, juntamente com Arnaldo Araújo, Manuel Marques de Aguiar e José Forjaz, da revista Arquitectura, onde será publicado, em dezembro de 1959, o "Aditamento à Grille C.I.A.M. d´Urbanisme", comunicação que apresentara em Madrid, na qualidade de bolseiro do Instituto de Alta Cultura. Enquanto arquiteto liberal, tinha vindo a assinar, desde a década anterior, um número significativo de projetos, entre os quais assumiam particular relevo as cinco estações para a The Anglo-Portuguese Telephone Company, localizadas no Porto, Matosinhos e Gaia. Na imagem podemos ver o esboceto do alçado poente das instalações fabris da SONAE, na Maia, projeto que apresenta em março de 1960 e que, com as suas linhas modernas, durante muitos anos veio a marcar a paisagem de quem saía do Porto em direção a Norte. Pouco depois, em 1962, e ainda enquanto este projeto estava em construção, foi designado professor efetivo da ESBAP, começando nessa altura a pôr em prática a experiência dos inquéritos urbanos, no contexto de renovação da cadeira de Arquitetura. Estavam, pois, bem definidos os múltiplos caminhos a percorrer e que, ao longo das décadas seguintes, ainda congregaram importantes ações no campo da defesa do património arquitetónico e cultural, bem como a publicação de vários contos, num regresso a outras dimensões da escrita, anunciadas em 49 com o livro de poesia Requiem às Glórias do Mundo e outros poemas.

 

Octávio Lixa Filgueiras nasceu no Porto há exatamente 100 anos.

 

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8 de agosto de 2022
Férias de Verão

A Fundação Marques da Silva vai entrar em férias de verão. De 13 a 28 de agosto, encerram-se as instalações. O atendimento a investigadores será retomado a 29 deste mês. As exposições reabrem apenas a 5 de setembro. Até lá, um bom verão!

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1 de agosto de 2022
A visita ao cemitério da Lapa

Na visita guiada ao cemitério da Lapa, na passada sexta feira, José Pedro Tenreiro levou um grupo sempre atento a percorrer os lugares onde repousam várias gerações das famílias Marques da Silva e Lopes Martins, enquanto ia revelando as surpreendentes histórias que a partir deles e entre eles se podem contar. Um percurso iniciado no jazigo desenhado por Maria José e David Moreira da Silva, onde se encontra depositado José Marques da Silva, e que veio a concluir-se, depois de uma passagem pelos jazigos de Bernardo Marques da Silva e de António Lopes Martins, na capela mortuária projetada por Marques da Silva para Amélia Lopes Martins. Aqui se destacou a forma singular como esta se afirma no espaço e para o tempo em que foi construída, na relação que estabelece com a sepultura de José Lopes Martins e a sua importância enquanto exercício modelar para projetos posteriores de Marques da Silva. Uma visita a demonstrar que há muito para dizer sobre este tema.

 

Esta que foi a terceira das cinco visitas propostas pela Irmandade da Lapa para o Ciclo de 2022 e contou com o apoio da Fundação Marques da Silva.

 

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29 de julho de 2022
A presença de Marques da Silva no cemitério da Lapa
Visita guiada por José Pedro Tenreiro
Hoje, às 18:00
desenho não datado, nem assinado de José Marques da Silva para um projeto de capela mortuária

A visita que hoje se vai realizar no cemitério da Lapa, sob orientação do arquiteto José Pedro Tenreiro, entre o que foi ou não chegou a ser aí realizado sob traço de José Marques da Silva, constitui uma oportunidade única para se falar sobre esta dimensão menos visível e até agora menos estudada da obra desenvolvida por este arquiteto. Começa às 18:00!

+ info: www.irmandadedalapa.pt

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15 de julho de 2022
A presença de Marques da Silva no Cemitério da Lapa
Visita guiada por José Pedro Tenreiro
29 de julho, 18:00

A temática funerária esteve presente na infância e juventude de José Marques da Silva através da oficina paterna, mas também na sua formação em Paris, onde, em 1895, apresenta - no Salon - o projeto de um monumento funerário à memória de João Henrique Andresen, documentado nos arquivos desta Fundação. Já arquiteto, seria recorrentemente convidado a desenvolver esta tipologia de projeto, desde logo para o Cemitério da Lapa onde, aliás, se encontra sepultado. Contudo, é de referir que ao longo da sua carreira foram várias as obras desenvolvidas para a Irmandade da Lapa.

Não é por isso de estranhar que a Ordem da Lapa tenha proposto a realização de uma visita guiada ao cemitério da Lapa sob o signo da presença de Marques da Silva neste espaço, a incluir no Ciclo programado para 2022. A visita vai acontecer a 29 de julho, às 18:00, e será conduzida pelo Arquiteto José Pedro Tenreiro, cujas recentes investigações sobre o sentido e as circunstâncias que deram origem às obras aí construídas permitirão apresentar uma nova leitura desta dimensão do trabalho de arquitetura de José Marques da Silva.

O acesso às visitas implica a aquisição de um bilhete no valor de 2,50€ e a inscrição prévia em www.irmandadedalapa.pt (tel. 225 502 828).
 

+ info aqui


 

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22 de julho 2022
Uma visita para celebrar os 90 anos de António Cardoso

Ontem, 21 de julho, António Cardoso faria 90 anos de idade. A data tornou-se o pretexto ideal para a realização da visita guiada à exposição Isto não é so um quadro: António Cardoso para além da evidência, por Susana Cardoso, Domingas Vasconcelos e Paula Abrunhosa. Com a casa cheia, entre as peças e documentos expostos, e as histórias que se foram contando, aconteceu mais um exercício de aproximação a uma vida invulgar, marcada por uma obra inscrita agora na linha do tempo.

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20 de julho de 2022
Prémio Fernando Távora
Candidaturas até 1 de agosto

Até 1 de agosto, ainda é possível concorrer à 18.ª edição do Prémio Fernando Távora.

Este Prémio, promovido anualmente em memória da figura que influenciou gerações sucessivas de profissionais pela sua atividade enquanto arquiteto e pedagogo, dirige-se a todos os inscritos na Ordem dos Arquitecto e resulta na atribuição de uma bolsa de viagem.
 

A Fundação Marques da Silva é parceira desta iniciativa da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OASRN), que conta também com a Câmara Municipal de Matosinhos e a Casa da Arquitectura, como instituições parceiras, e com o patrocínio da Ageas Seguros.
 

+ info: www.oasrn.org

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14 de julho de 2022
Visita guiada à exposição "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência"
com Susana Cardoso, Domingas Vasconcelos e Paula Abrunhosa
21 de julho, 18:30
Abertura de inscrições

Do colecionador ao pintor, do investigador ao professor, do crítico de arte ao lançamento das bases do que são hoje a Fundação Marques da Silva e o Museu Amadeo Souza-Cardoso, há muito para descobrir na exposição Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência. No dia em que faria 90 anos, 21 de julho de 2022, a Fundação organiza uma visita a esta exposição guiada por três elementos da equipa curatorial: Susana Cardoso, Domingas Vasconcelos e Paula Abrunhosa. O acesso é livre, até um máximo de 25 participantes, sujeito apenas a inscrição prévia para o email fims@reit.up.pt.

+ info aqui

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14 de julho de 2022
O projeto de arquitetura da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
com Pedro Ramalho e Bárbara Rangel
FEUP, 15 de julho,17:30

“Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra” regressa ao formato original, com uma sessão presencial dedicada ao projeto de arquitetura da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Para abordar os aspetos técnicos desta importante obra da cidade do Porto, que marca a transformação de toda uma zona da cidade (o Pólo II da Universidade do Porto), estará presente o Arq.º Pedro Ramalho, autor do projeto, em conversa com a Arq.ª Bárbara Rangel.
 

Para participar, basta fazer uma inscrição prévia no website da Porto Innovation Hub

A iniciativa “Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra” resulta da colaboração entre o Departamento de Engenharia Civil da FEUP (DEC/FEUP), o Município do Porto, a Reitoria da Universidade do Porto e a Gaiurb, sendo a Fundação Marques da Silva uma das suas instituições apoiantes.
 

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13 de julho de 2022
Newsletter - Julho de 2022

Com as três exposições atualmente patentes ao público na Casa-Atelier José Marques da Silva e no Palacete Lopes Martins, e a notícia das mais recentes doações em destaque, saiu hoje nova newsletter da Fundação Marques da Silva. A ler aqui.

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13 de julho de 2022
A RPAC na TSF

De 17 de junho a 5 de agosto, todas as sextas-feiras, às 15:00, o projeto "Norte Contemporâneo" leva à TSF as entidades parceiras da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) - Norte. No dia 22 de julho será a vez da Fundação Marques da Silva, que estará representada pela sua Presidente, Fátima Vieira.

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11 de julho de 2022
Luís Ferreira Alves (1938-2022)

Em 2013, a Ordem dos Arquitetos concedeu o título de membro honorário a Luís Ferreira Alves, um bem-sucedido empresário a quem a fotografia, por paixão e acaso, foi acontecendo. A profissionalização, na área da fotografia de arquitetura, surgiu como caminho durante a década de 80, com trabalhos para Pedro Ramalho, Álvaro Siza ou Fernando Távora. Da obra realizada, sabemos hoje como foi importante para afimar uma outra forma de olhar a arquitetura portuguesa, e, em particular, para dar a conhecer a obra dos mais relevantes arquitetos formados na escola do Porto. A Fundação Marques da Silva não poderia deixar de manifestar um voto de pesar pelo seu falecimento e, num gesto de simbólica homenagem, publicar duas das fotografias da série "Quinta da Covilhã", tiradas em abril de 2006, a pedido de José Bernardo Távora.

 

 

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8 de julho de 2022
Parabéns, Garagem Sul!

Durante os próximos dias 8, 9 e 10 de julho, o CCB celebra 10 anos de Garagem Sul. E têm sido 10 anos de uma programação desafiante e inovadora, capaz de transformar o antigo parque de estacionamento do CCB num lugar de referência e reflexão quando falamos sobre formas de expor e comunicar arquitetura. A Fundação Marques da Silva, parceira de alguns desses projetos, não podia deixar de se associar a este momento. Parabéns, Garagem Sul!
 

+ info: www.ccb.pt

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6 de julho de 2022
Relatório de Atividades e Gestão - 2021

Encontra-se disponível para consulta pública, o Relatório de Atividades e Gestão correspondente ao ano de 2021.

Consultar Relatório aqui

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1 de julho de 2022
Este é um fim-de-semana de Open House

Para além dos respetivos acervos de arquitetura se encontrarem na Fundação Marques da Silva, qual a circunstância que une o Fórum da Maia, a Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio e o Hotel Dom Henrique, projetados por José Carlos Loureiro, o Velódromo Maria Amélia do MNSR, intervencionado por Fernando Távora, o Reservatório da Pasteleira - Museu da Cidade, requalificado por Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, ou o Museu Militar do Porto, onde está presente a intervenção de Fernando Lanhas? Sim, todos fazem parte do Roteiro da edição 2022 do Open House, este ano com curadoria da arquiteta Graça Correia e do historiador Joel Cleto. No seu conjunto, são mais de 70 as obras selecionadas entre Porto, Matosinhos, Maia e Vila Nova de Gaia. A não perder, 2 e 3 de julho.

 

+ info: http://2022.openhouseporto.com

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30 de junho de 2022
"Do síndroma da Torre à confusão post na arquitectura", texto de Nuno Portas
Hoje é dia de Escritos Escolhidos

Neste texto de 1984, Nuno Portas expressa a sua preocupação pelas consequências práticas da aplicação de uma pretensa “ideologia da vida urbana”, que, em sua opinião, se traduziu em soluções desastrosas, com os urbanizadores (urbanistas e arquitetos incluídos) a “perderem o sentido do tamanho das coisas e dos espaços”. 
 

A ouvir aqui: Escritos Escolhidos #28
 

Imagem: Duas imagens apresentadas por Nuno Portas no simpósio de Castelldefels (1972), onde se confrontam dois modelos de intervenção urbana: a operação realizada pelo Marquês de Pombal na Baixa de Lisboa, com as intervenções posteriores de expansão urbana de Ressano Garcia, que Nuno Portas considera um exemplo bem sucedido de abordagem a um território urbano. As imagens foram retiradas da edição espanhola que compilou as apresentações e mesas redondas desse congresso (Llorens, Tomás [ed.], Arquitectura, Historia y Teoría de los Signos. El Symposium de Castelldefels, Barcelona, La Gaya Ciencia, 1974).

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29 de junho de 2022
As inaugurações e o lançamento do livro ou o exercício da arte do olhar

A intemporalidade da obra aaltiana e o encantamento por uma casa de montanha que se traduz num irresistível convite de descoberta da sua intimidade, mediados pelo desvelar de gestos que fazem ressurgir a expressão dos materiais para lhe encontrar novos sentidos, preencheram a tarde e a noite de ontem na Fundação Marques da Silva. Na sua singularidade, convergiram enquanto exercícios da arte do olhar que, superando a passagem do tempo, nos conduzem a uma outra dimensão, a da procura de compreensão do objeto desse olhar, dando-nos a ver, afinal, uma herança comum, que continua presente e transmissível.
 

A partir de hoje podem ser visitadas, dentro dos horários habituais (segunda a sábado, entre as 14:00 e as 18:00) as exposições Aalto Intemporal; Contrafactum (ainda em processo evolutivo); e Isto não é só um quadro. E claro, há um novo livro para ler: Vill´Alcina.

 

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28 de junho de 2022
Hoje é dia de visitar a Fundação:
2 exposições / 1 lançamento de livro

Hoje, 28 de junho, são várias as razões para visitar a Fundação Marques da Silva. Às 18:00, a inauguração conjunta das exposições Aalto intemporal - o DNA da Cultura Arquitetónica e CONTRAFACTUM: matéria, forma, conteúdo. Mais tarde, às 21:30, será a vez do lançamento do livro Vill´Alcina, de Germana Lópes Souza. Contamos consigo!

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27 de junho de 2022
Autofocus #05: Experience | Perception
27 de junho, a partir das 16:00
formato webinar

 

O quinto encontro da programação 2021/2022 do projeto Autofocus tem como tema "Experience | Perception" e está agendado para hoje, 27 de junho. A sessão, em formato webinar, inicia-se às 16:00 e vai integrar as comunicações de:

Alberto Pérez-Gómez, New questions around the primacy of perception in architecture
Juhani Pallasmas, From Vision to Existential Sense: architecture and our experience of the world
Steven Holl, Revisiting Questions of Perception

Seguir-se-á um período de discussão aberto a um painel alargado de participantes.
Amanhã, no contexto deste Seminário, na Fundação Marques da Silva, será inaugurada a exposição "Aalto Intemporal - o DNA da Cultura Arquitetónica".

Para saber como participar e obter mais informações sobre este seminário, basta consultar o press-release.

O programa ABLeS, onde se cruzam Arquitetura, Filosofia e Ciências, resulta de uma parceria de três centros de Investigação: Instituto de Filosofia/Mind Language Action Research Group (FLUP); Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (FAUP); e Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design/G1 (Faculdades de Artes e Arquitetura da Universidade Lusíada - Norte (Porto). Estas edições são coordenadas pelos Professores e Arquitetos Pedro Borges de Araújo e Sérgio Amorim.

As sessões serão gravadas e posteriormente disponibilizadas na plataforma digital ABLeS Intersections.

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21 de junho de 2022
"CONTRAFACTUM: matéria, forma, conteúdo"
Apresentação do projeto por Graciela Machado
28 de junho, 18:00, Fundação Marques da Silva

O projeto "CONTRAFACTUM: matéria, forma, conteúdo" desenvolve-se a partir de uma procura de entendimento do contexto de produção de uma maqueta em gesso pertencente ao acervo da Fundação Marques da Silva - "Aquila", Plano de Urbanização das Termas do Gerês, 1935 (José Porto, Engenheiros Reunidos).

Entre o restauro da maqueta original e a sua mimetização, com recurso à recriação de materiais e processos de construção, a entrevistas e encenações em torno do seu fazer, "Contrafactum" estabelece um jogo dinâmico da peça com o seu lugar de pertença que vai transformar uma sala do Palacete Lopes Martins num palco de mediações encenadas.

Assumindo-se o carácter experimental de "CONTRAFACTUM: matéria, forma, conteúdo", a 28 de junho, com o espaço expositivo ainda parcialmente montado, Graciela Machado, que assina a conceção e coordenação do projeto, fará uma apresentação do que foi feito e do que está ainda a ser elaborado. A abertura da sala, num gesto de antecipação, permitirá ao público passar a acompanhar a evolução do projeto.
 

"CONTRAFACTUM: matéria, forma, conteúdo", produzido em parceria com a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, é a resposta da Fundação Marques da Silva ao desafio lançado pelo Centro Português de Fundações, Projeto 17-Geografias, Património Cultural das Fundações Portuguesas.
 

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23 de junho de 2022
João Queiroz, arquiteto

Era esta a placa que identificava o atelier de João Queiroz, na rua de Santa Catarina. Este militar que também foi arquiteto, pertenceu a uma geração de arquitetos formados pela Escola do Porto que permaneceram vinculados à cidade, enquanto sede do exercício profissional, tendo desempenhado um papel discreto, mas decisivo, nas transformações urbanas do Porto e do norte de Portugal durante o século XX.

João Marcelino Queiroz nasceu no Porto, a 23 de junho de 1892.

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22 de junho de 2022
"Lá fora é imenso. Aqui dentro é como um útero"
Lançamento do livro Vill´Alcina, de Germana Lópes Souza
Com Maria Manuel Oliveira, Sergio Fernandez
28 de junho, 21:30, Fundação Marques da Silva

De uma visita a um lugar pode nascer um livro. Assim aconteceu com Vill´Alcina, mais que um livro, um objeto artístico desenvolvido por Germana Lópes Souza no âmbito da disciplina de Teoria Geral e Organização do Espaço, enquanto estudante de arquitetura na FAUP, após uma visita a esta casa que se funde na paisagem que a envolve, em Caminha, guiada pelo arquiteto que a desenhou em 1974, Sergio Fernandez.

Com o apoio da Fundação Marques da Silva, o livro aí está, pronto a ser partilhado. A sessão de lançamento, no dia 28 de junho, às 21:30, vai contar com a presença do arquiteto Sergio Fernandez e da autora, tendo ainda como convidada a arquiteta Maria Manuel Oliveira.
 

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22 de junho de 2022
"Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência"
Exposição encerrada dias 23 e 24 de junho

A Fundação Marques da Silva informa que amanhã, 23 de junho, em véspera de São João, extraordinariamente, a exposição "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência" se encontra encerrada ao público. Reabre no sábado, dia 25, às 14:00, retomando o horário previsto.

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20 de junho de 2022
"Aalto Intemporal - o DNA da Cultura Arquitetónica"
Exposição
28 de junho a 17 de setembro de 2022
Fundação Marques da Silva

Em paralelo com a realização do Seminário programado para 27 de junho, ABLeS (Autofocus Blended Learning eSeminars series) traz à Fundação Marques da Silva a exposição "Aalto Intemporal - o DNA da Cultura Arquitetónica".
 

Com curadoria de Tore Tallqvist (colaborador de Alvar Aalto e professor de História da Arquitetura da Universidade de Tampere), a exposição, feita a partir de trabalhos desenvolvidos com os alunos, tem como objetivo traçar a "genealogia" de Alvar Aalto, inscrevendo a sua obra no tempo longo da história da arquitetura. Colaboraram ainda neste projeto expositivo o professor Olli-Paavo Koponen e a arquiteta Marianna Verhe. A linha gráfica foi criada em colaboração com o arquiteto Jussi Heinonen.
 

Nesta sua passagem por Portugal, e mais concretamente pela Fundação Marques da Silva, a exposição vai integrar um novo módulo com documentação relativa a projetos de arquitetos portugueses influenciados pela obra de Alvar Aalto, nomeadamente Fernando Távora, Raúl Hestnes Ferreira, Alcino Soutinho e Alfredo Matos Ferreira.
 

A exposição inagura a 28 de junho, no primeiro piso do Palacete Lopes Martins (Fundação Marques da Silva), onde permanecerá patente ao público até 17 de setembro do corrente ano.
 

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17 de junho de 2022
Exposição "Estação Central da Beira. Keeping it Modern"
últimos dias

Se ainda não teve a oportunidade de visitar a exposição "Estação Central da Beira. Keeping it Modern", poderá fazê-lo entre hoje e amanhã, dia do seu encerramento. Disposta na ala principal do Palacete Lopes Martins (Fundação Marques da Silva), a exposição conta a história deste projeto dos anos sessenta do século XX, da autoria dos arquitetos João Afonso Garizo do Carmo, Francisco de Castro e Paulo de Melo Sampaio, inserindo-o no mapa da arquitetura moderna que ainda hoje se pode traçar em território moçambicano. A exposição decorre de um projeto de investigação coordenado por Paulo Lourenço e Elisiário Miranda, apoiado pela Getty Foundation. Pode ser visitada entre as 14:00 e as 18:00.

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16 de junho de 2022
Ricardo Carvalho convidou, José Adrião aceitou.
Há um novo "Passa-a-palavra: falemos de arquitetura" para ouvir

Neste que é o 19 episódio de "Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura", José Adrião leva-nos a percorrer os caminhos idealizados e materializados por Dimitris Pikionis, nos anos 50 do século XX, para a Acrópole de Atenas.

A ouvir aqui

Imagem: Fotografida de José Adrião, Caminho da Acrópole ou Monte Philopappos, 2021.

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15 de junho de 2022
Restauro das fachadas do TNSJ: o vídeo

Qual o significado das esculturas que pontuam as fachadas do Teatro Nacional São João e como se relacionam com a arquitetura do edifício? Que técnicas foram usadas para a sua construção e, agora, para o seu restauro? Que princípios nortearam o restauro das fachadas deste Teatro e como se articularam as diferentes especialidades envolvidas? Que estratégias podem ser propostas para a sua preservação?
 

A resposta a estas e outras questões é-nos dada pela Arquiteta Ângela Melo (DRCN) e pela Engenheira Esmeralda Paupério (IC-FEUP), neste filme documental, realizado por Luís Martinho Urbano para a iniciativa "Inovação Fora de Portas”, um projecto promovido pelo Município do Porto e coordenado pelo Departamento de Engenharia Civil da FEUP, em parceria com a Reitoria da Universidade da Porto, a Gaiurb, a Ordem dos Engenheiros Região Norte, a Ordem dos Arquitectos Secção Regional do Norte, a Fundação Marques da Silva e a Casa da Arquitectura.
 

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14 de junho de 2022
O encontro #1 a partir de "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência"

A cadeira destinada a Raquel Henriques da Silva ficou vazia, devido à greve da CP, mas Laura Castro e Rui Ramos asseguraram aquele que foi o primeiro encontro programado no contexto da exposição "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência". Depois das boas vindas da Presidente da Fundação, Fátima Vieira, a leitura da carta escrita por António Cardoso a José Augusto França no "Ano Novo" de 1985 serviu de mote para uma conversa onde se falou dos referenciais que moldaram o discurso deste historiador, da sua matriz francesa à importância de um olhar "contaminado" pela sociologia da arte, como frisou Laura Castro. A importância da investigação desenvolvida por António Cardoso sobre Marques da Silva e o seu significado para a história da arquitetura portuguesa foi destacado por Rui Ramos, para quem a publicação da sua tese pode ser considerada uma espécie de livro-enciclopédia. Numa análise que partiu das margens, das pistas que o autor vai deixando semeadas em contraponto ao texto central, explicou como aqui se foram desconstruindo discursos mais formais e se foram reformulando as interrogações a fazer sobre a herança clássica no século XX. Um entendimento da complexidade inerente à obra arquitetónica, que é hoje, na sua metodologia, mais consensual na sua atenção, por exemplo, ao desenho, mas que à época propunha uma outra forma de a pensar, estudar e comunicar. A conversa estendeu-se à assistência, proporcionando interessantes diálogos sobre os modelos interpretativos da história e a singularidade do caso português, sobre as muitas formas que o desenho pode assumir ou até mesmo sobre como tem vindo a ser encarada a história da arquitetura portuguesa e os sentidos que, dependente da formação de quem a escreve, esta pode assumir.

 

O próximo acontece a 17 de setembro e vai reunir Andrea Soutinho, Helena de Freitas, João Pinharanda e Laura Castro.

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13 de junho de 2022
Vamos falar de história, arte e arquitetura
hoje, às 18:00, na Fundação Marques da Silva

A história, por formação, a arte, por vocação, e a arquitetura, enquanto campo de investigação foram áreas sempre presentes e confluentes em António Cardoso. Do que representaram para o trabalho que desenvolveu em múltiplas frentes, e dos muitos temas que o cruzamento destes três domínios proporcionam se faz o ponto de partida para esta primeira conversa.

Entrada livre, apenas limitada à lotação do espaço. Venha e participe!

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2 de junho de 2022
"Da poética na arquitetura", texto de Manuel Botelho
Hoje é dia de Escritos Escolhidos

O 27.º episódio de Escritos Escolhidos recupera um texto de Manuel Botelho, de 2005. Trata-se de uma reflexão sobre a poesia na arquitetura e foi selecionado para este podcast com o apoio de António Neves.

A imagem que o acompanha é uma fotografia de Duarte Belo da casa que o arquiteto Manuel Botelho começa a projetar em 1999 para o Dr. Paulo Pires, na Quinta Vale de Locaia, Cambres, Lamego. Casa onde se sente que a "poesia assume-se assim não como um método, mas como atmosfera natural do projecto em arquitectura".

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9 de junho de 2022
"Uma habitação na Serra da Estrela"
Do CODA às Casas da Serra de Luiz Alçada Baptista

Luiz Alçada Baptista apresentou-se a Concurso para obtenção do Diploma de Arquiteto em dezembro de 1955, com o projeto para "uma habitação na Serra da Estrela". Partiu para o desenvolvimento do seu trabalho do "estudo de diversos elementos de carácter autóctone [...] das condicionantes de uma zona da Beira Baixa" e pretendia, com a sua proposta, realizar uma "contribuição para uma arquitetura mais integrada no meio ambiente e mais de acordo com a sensibilidade e recursos dos homens [...] uma arquitetura que sirva o homem e seja o seu reflexo".

Já na década seguinte, os princípios modernistas e o imperativo de integração no território envolvente defendidos por Luiz Alçada Baptista viriam a ser aplicados nas Casas da Serra, construidas como segunda habitação para si próprio e para o irmão, o escritor António Alçada Baptista, no sítio da Tapada do Dr. António, na Covilhã. As Casa encontram-se ainda ligadas à família Alçada Baptista e estão em vias de classificação.

Luiz Alçada Baptista nasceu a 9 de junho de 1924.

 

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8 de junho de 2022
Exposição | "Do que vejo. Aurélia de Souza"
Museu da Quinta de Santiago

Inaugura na próxima quinta-feira, às 18h30, no Museu da Quinta de Santiago, a exposição “Do que vejo. Aurélia de Souza”. A iniciativa insere-se na evocação do 1º centenário da morte da artista, sendo parte de um programa mais extenso que congrega sete entidades parceiras e que culminará em 2023, com o lançamento de um Catálogo Raisonné.

Com curadoria de conjunta de Cláudia Almeida – coordenadora do museu - e Filipa Lowndes Vicente – investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, a exposição parte do acervo da autarquia, uma série de 21 obras da artista que abarcam as várias temáticas desenvolvidas no decorrer da sua atividade artística, complementando este universo estético e visual com outras obras provenientes de  coleções particulares e públicas, entre as quais, uma pintura proveniente da coleção de pintura de José Marques da Silva, cedida por esta Fundação, "Bebé e Lilita".

Uma exposição para nos mostrar "do que via Aurélia" e que nos desafia agora a dizer "o que vemos nós" destas obras. 

A exposição pode ser visitada de terça a domingo e feriados das 10h às 13h e das 15h às 18h.

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7 junho 2022
"Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência"
Programa Paralelo à exposição

No próximo dia 13, na Fundação Marques da Silva, vai-se falar de história, arte e arquitetura. É a primeira conversa a acontecer no contexto da exposição "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência", com Laura Castro, Raquel Henriques da Silva e Rui Ramos. Estes três primeiros convidados cruzaram-se, nas mais variadas circunstâncias, com António Cardoso, mas se este é o ponto de partida para a conversa, tudo fica em aberto quanto ao ponto de chegada. Nada como vir e participar. A entrada é livre, sujeita apenas à lotação do espaço. Começa às 18:00.

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3 de junho de 2022
Newsletter - Junho 2022

Hoje, 3 de junho, decorrido um ano sobre o falecimento de António Cardoso, a Fundação Marques da Silva lança a sua Newsletter tendo como destaque a exposição "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência" e a notícia de uma primeira conversa sobre história, arte e arquitetura que, no próximo dia 13, às 18:00, vai reunir Raquel Henriques da Silva, Rui Ramos e Laura Castro. Um gesto de homenagem e de reconhecimento, pois a memória é "o recurso humano contra a morte, a rasura". Mas há muito mais para ler aqui.

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31 de maio de 2022
Fernando Távora em Aveiro
Novo livro de Domingos Tavares
Apresentação na Feira do Livro de Aveiro (espaço autores)
5 de Junho, 17:30

"Sobranceiro à pequena colina que marca o núcleo histórico de Aveiro, o edifício municipal concebido pelo arquitecto Fernando Távora é uma demonstração construída da sua «lição das constantes». Em 1963, Távora tomou em mãos a concretização dos pressupostos do plano de urbanização desenvolvido por Robert Auzelle. Ao reformular a imagem urbana através de novos sinais de monumentalidade, a passagem do plano ao projecto evidenciou o confronto entre a malha histórica e um núcleo moderno de comércio e serviços na margem sul do Canal do Côjo. A torre com noventa metros de altura, que não foi construída, era uma afirmação de modernidade vertical na paisagem horizontal da região. Para o edifício que acolheu a biblioteca, Távora reservou um papel simbólico, abrindo transparências ao vento nordeste que corre sobre as águas das salinas do Vouga, incorporando a sua forma na longa vida do burgo aveirense."

Esta é a sinopse do novo livro de Domingos Tavares sobre o edifício municipal que Fernando Távora concebeu e construiu no centro da cidade de Aveiro entre 1963 e 1967, e que a Dafne Editora vai lançar no próximo dia 5 de junho, no espaço autores da Feira do Livro de Aveiro.
 

Neste livro, onde se encontram reproduzidos alguns documentos pertencentes aos arquivos de Fernando Távora e David Moreira da Silva, cedidos pela Fundação Marques da Silva, e fotografias de Luís Oliveira Santos, o autor apresenta a concepção do edifício - recentemente reabilitado por José Bernardo Távora - na história urbana de Aveiro e, ao expor as convicções e ideias subjacentes ao pensamento de Fernando Távora (1923-2005), tira partido da sua «lição das constantes» para inscrever o trabalho do arquitecto na transformação permanente da cidade e da sua história. Uma narrativa enquadrada pelo plano urbanístico de Robert Auzelle e que se vai desdobrando no sentido cívico do edifício, na valorização do artesão e das qualidades da construção, da memória como instrumento do desenho do espaço urbano.

+ info: www.dafne.pt

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30 de maio de 2022
"Bondade, dor, amor, ódio
acerca das fachadas do Teatro Nacional de São João"
Saiu a SBO #27, maio 2022

Sábado passado, decorreu a sessão do Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra dedicada à apresentação do processo de reabilitação das fachadas do Teatro Nacional São João. Foi também o momento para se proceder ao lançamento de mais uma Sebenta d´Obra. E nesta vigésima sétima edição, Ângela Melo e Esmeralda Paupério contam "como se fez esta fachada e como se manteve o sorrios e as lágrimas de cada escultura. Uma lição de história, de construção e de respeito pelo saber de várias épocas".

Para quem não teve a oportunidade de assistir presencialmente à sessão, onde para além das intervenções de Bárbara Rangel, Ângela Melo e Esmeralda Paupério, foi projetado o vídeo documental realizado por Luís Urbano sobre a intervenção feita, já pode aceder à página Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra, onde se encontra o link para o canal do youtube da Porto Innovation Hub.

A SBO #27 pode ser adquirida na loja da Fundação Marques da Silva.

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27 de maio de 2022
Filipe Oliveira Dias
O arquivo da Fundação Marques da Silva continua a crescer

Basta citar, a título de exemplo, entre a vasta obra projetada e construída de Filipe Oliveira Dias, o conjunto residencial do Monte de São João, no Porto (Prémio INH 2014, conjuntamente com Rui Almeida); os teatros municipais de Vila Real e Bragança ou o Teatro Helena Sá e Costa (Porto) e a cadeira "Flame", inspirada numa harpa e desenhada para os equipar, que veio a ser a cadeira escolhida para a Sala de Imprensa da Casa Branca, em Washington D.C.; a requalificação do pavimento da Rua Miguel Bombarda (em parceria com o pintor Ângelo de Sousa); a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras; ou as Piscinas Municipais de Mirandela para desde logo se perceber o amplo território de ação deste arquiteto prematuramente desaparecido na véspera de completar 51 anos de idade, a 15 de outubro de 2014.
 

Filipe Oliveira Dias formou-se em Arquitetura na Escola Superior Artística do Porto, em 1989, e obteve posteriormente o seu doutoramento na Universidade de Sevilha. A sua atividade profissional iniciou-se, ainda antes de concluir a licenciatura, no atelier do arquiteto Pulido Valente, mas cedo fundou atelier em nome próprio. Os projetos relacionados com equipamentos teatrais, onde se inclui o design de mobiliário e, para além das obras citadas, o restauro e modernização do cinema de São João da Madeira, granjearam notoriedade pública, contudo, a habitação social, os grandes equipamentos públicos e as intervenções de carácter urbano foram igualmente campos onde desenvolveu uma extensa atividade, por diversas vezes premiada e publicada, em Portugal e no estrangeiro.
 

Hoje, na Fundação Marques da Silva, foi oficializada a doação do acervo deste arquiteto pela Dr.ª Cláudia Oliveira Dias e pelo Professor Luís Urbano (Vice-Presidente da Fundação). Estiveram ainda presentes a Dr.ª Mafalda Maçorano e o Professor André Santos. Isto significa que, em breve, a documentação relativa à atividade projetual de Filipe Oliveira Dias, da documentação gráfica a um conjunto de maquetes, passando por peças por si desenhadas, bem como uma significativa Biblioteca profissional passarão a integrar o Arquivo da Fundação, ficando assim disponíveis para consulta e estudo.

 

 

 

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27 de maio de 2022
Há Engenharia Fora de Portas!
28 de maio, Teatro Nacional São João
Conferência e Visita Guiada
Esmeralda Paupério, Ângela Melo, Bárbara Rangel
10:00 (presencial) - 10:30 (online)

O “Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra” regressa com uma sessão dedicada ao processo de reabilitação das fachadas do Teatro Nacional São João.

Com o regresso à normalidade, também o Fora de Portas se reinventa e assume o formato híbrido. Assim, a sessão no Teatro Nacional São João, já no próximo Sábado, poderá contar com a presença de 20 participantes que terão a oportunidade de assistir à conferência com a participação da Eng.ª Esmeralda Paupério, do Instituto de Construção da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e da Arq.ª Ângela Melo, da Direção Regional de Cultura do Norte, que partilharão as suas perspetivas sobre o processo de recuperação do exterior do icónico teatro, numa conversa moderada pela Arq.ª Bárbara Rangel, também da FEUP.

Os participantes terão também a possibilidade de acompanhar uma visita guiada, pelas convidadas, à fachada do edifício, assim como, assistir ao já habitual vídeo documental.

Em paralelo, e para quem não tiver oportunidade de assistir presencialmente, manter-se-á a transmissão em direto na página da iniciativa Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra ou no canal do youtube da Porto Innovation Hub.

Ambos os formatos (presencial ou online) mantêm-se de acesso livre e gratuito, sendo apenas necessária uma inscrição prévia.

O “Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra” resulta da colaboração do Município do Porto, no âmbito da iniciativa Porto Innovation Hub (PIH), com o Departamento de Engenharia Civil da FEUP (DEC/FEUP), em parceria com a Reitoria da Universidade do Porto e a Gaiurb, com o apoio da Ordem dos Engenheiros - Região Norte (OERN), a Ordem dos Arquitetos (OA), a Casa da Arquitectura (CA) e a Fundação Marques da Silva.
 

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26 de maio de 2022
Ricardo Carvalho e a Casa Luis Barragán
Hoje é dia de "Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura"

Neste "Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura", Ricardo Carvalho leva-nos de regresso ao bairro de Tacubaya, na Cidade do México, para de novo mergulharmos na atmosfera intimista de um espaço tão irrepetível quanto frágil, tão delicado e subtil quanto monumental e afirmativo: a Casa de Luis Barragán.

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Imagem: Luis Barragán fotografado no interior da sua casa, 1980. DR "Town & Country".

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23 de maio de 2022
Estão de regresso os Autofocus Blended Learning eSeminars
Conferências da neurocientista Kate Jeffery e do arquiteto-filósofo Gareth Griffths
24 e 26 de maio, formato webinar

Estão de regresso os Autofocus Blended Learning eSeminars (ABLeS). A 24 de maio, será abordado o tema Space. DIY [Do it yourself], a 26 de maio, Memory Matter Matters. Como habitualmente, cada seminário terá um conferencista convidado: a 24 de maio, é a neurocientista Kate Jeffery, do University College of London, com "Uneasy Cities"; a 26, o arquiteto-filósofo Gareth Griffiths, da Tampere University, com "What does local mean?".

As sessões iniciam-se às 15:00, as conferências, às 16:00, seguindo-se um espaço de debate. São de acesso livre, bastando apenas clicar nos respetivos links:

https://ifilosofia.up.pt/activities/session-3-uneasy-cities-with-kate-jeffery
https://ifilosofia.up.pt/activities/session-4-what-does-local-mean-with-gareth-griffiths
 

O programa ABLeS, onde se cruzam Arquitetura, Filosofia e Ciências, resulta de uma parceria de três centros de Investigação: Instituto de Filosofia/Mind Language Action Research Group (FLUP); Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (FAUP); e Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design/G1 (Faculdades de Artes e Arquitetura da Universidade Lusíada - Norte (Porto). Estas edições são coordenadas pelos Professores e Arquitetos Pedro Borges de Araújo e Sérgio Amorim.

As sessões serão gravadas e posteriormente disponibilizadas na plataforma digital ABLeS Intersections.

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20 de maio de 2022
Quando cuidar significa também descobrir e criar condições de partilha

A campanha, extensiva e intensiva, de higienização de documentos iniciada em janeiro deste ano pela Fundação Marques da Silva com o apoio da Oficina de Restauro de Documentos Gráficos da UP (GDI - UP Digital) contabiliza, em maio, números bem expressivos:

- 4779 registos (peças escritas e desenhadas) pertencentes ao acervo do arquiteto António Teixeira Guerra, datados entre 1946 e 2004, relativos ao seu período de formação e a mais de uma centena de projetos, para além de 13 caixas com documentação diversa e registos fotográficos;

- 8935 registos da prática disciplinar dos arquitetos Maurício Vasconcellos e Luíz Alçada Baptista (acervos individuais e em sociedade: GPA/Grupo de Planeamento e Arquitetura), datados entre 1954 e 1996, relativos a cerca de 3 centenas de projetos;

- 23 caixas de documentação variada, produzida ou reunida nos mais diversos contextos pelo arquiteto Nuno Portas, desde registos bibliográficos, documentos pessoais (curricula, correspondência, ...), textos, conteúdos pedagógicos, legislação, recortes, registos de viagem, etc.;

- 1109 documentos do acervo profissional de Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, datados entre 1982 e 2002, referentes a cerca de 7 dezenas de projetos, mais 18 caixas de documentação variada.

Isto significa que deram entrada e já podem ser consultados mais 21.923 documentos (maioritariamente peças desenhadas, muitas delas inéditas) e 54 caixas com documentação escrita e registos fotográficos. Esta ação vai ter agora continuidade a nível interno, estando já em preparação uma nova campanha de digitalização documental que permitirá não só ampliar possibilidades de consulta como reforçar o acesso a documentos através do Arquivo Digital da Fundação Marques da Silva.

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19 de maio de 2022
"Ruas e Estradas", de Manuel Graça Dias
Hoje é dia de Escritos Escolhidos
Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, um dos desenhos de estudo para um modelo urbano na zona envolvente à área afeta à Expo 98

Manuel Graça Dias gostava de falar da vida nas e das cidades, da "vida que ainda pode ser generosa, complexa, imprevista, caótica, múltipla". Neste texto de 2005, discorre sobre a forma como os termos “rua” e “estrada” têm vindo a ser usados, apropriados, acrescentados, deslocalizados, ...

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18 de maio de 2022
Exposição "NENHUM SÍTIO É DESERTO. Álvaro Siza: Piscina de Marés (1960-2021)"
18 de maio a 1 de julho de 2022
Galeria de Exposições da FAUP

Álvaro Siza começou a desenhar em 1960 a Piscina de Marés, em Leça da Palmeira. Classificada como Monumento Nacional em 2011 e incluída no “Conjunto de Obras Arquitectónicas de Álvaro Siza” inscritas na Lista Indicativa do Património Mundial (2017), é uma obra que se destaca pelos seus excepcionais valores culturais e paisagísticos, e por ser uma referência internacional da arquitetura moderna ainda em pleno uso pelas comunidades locais. Entre 2018 e 2021, foi alvo de um conjunto de obras de requalificação e restauro, da autoria do próprio Álvaro Siza, levadas a cabo pela Câmara Municipal de Matosinhos. Foi ainda paralelamente realizado um   estudo da gestão e conservação do complexo, coordenado por Teresa Cunha Ferreira (CEAU-FAUP), financiado pela Getty Foundation, no âmbito do programa Keeping It Modern.
 

A exposição “NENHUM SÍTIO É DESERTO. Álvaro Siza: Piscina de Marés (1960-2021)”, que hoje se inaugura na FAUP, às 18:00, com curadoria de Teresa Cunha Ferreira e Luís Urbano, vem agora propor um olhar renovado sobre esta obra de referência no contexto da arquitetura mundial, ilustrando as suas múltiplas vidas através de um conjunto de elementos desenhados, fotográficos, audiovisuais, maquetas, alguns livros e periódicos cedidos pela Fundação Marques da Silva e objetos – muitos deles inéditos – que permitem reconstituir uma narrativa crítica do processo de projeto, construção e reabilitação do edifício ao longo das últimas seis décadas. Será igualmente lançado um catálogo que propõe uma viagem temporal sobre a obra, que acompanha a exposição. Esta iniciativa pretende abrir novas perspetivas interpretativas e, simultaneamente, inspirar o ensino e a prática da arquitetura para as gerações futuras.
 

A exposição é de entrada livre e poderá ser visitada de segunda a sexta, entre as 9:00 e as 20:00.
 

+ info: www.arq.up.pt

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17 de maio de 2022
Dia Internacional dos Museus / 18 de maio:
entrada gratuita nas exposições

No Dia Internacional dos Museus, que anualmente se celebra a 18 de maio, venha visitar gratuitamente as exposições da Fundação Marques da Silva.
Entre na Casa-Atelier José Marques da Silva, em "Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência" e deixe-se surpreender pelo que se pode entrever das muitas vidas de António Cardoso, do colecionador ao pintor, do investigador ao professor, do viajante ao autor e crítico de arte. E no recanto que encerra a exposição, apanhe o carro eléctrico e passeie-se ao longo da linha 22 em sua companhia para conhecer a arquitetura de Marques da Silva que daí se pode identificar.
São outras as viagens possíveis se entrar no Palacete Lopes Martins, neste caso com destino a Moçambique. Aqui, poderá aceder ao mapeamento da arquitetura moderna deste território, ficar a conhecer o projeto da "Estação Central da Beira" e ainda admirar os desenhos de José Porto para o Grande Hotel desta mesma cidade.

Esperamos por si!

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17 de maio de 2022
Exposição "Território Manuel Botelho"
Sessão de Encerramento: visita guiada, apresentação do livro e mesa-redonda
18 de maio, a partir das 17:00, Galeria Garagem Avenida
entrada livre

Uma visita guiada por Carlos Maia e Duarte Belo, com início às 17:00; a apresentação do livro Território Manuel Botelho, por Duarte Belo e Bruno Baldaia, pelas 17:30; e, pelas 18:00, a mesa redonda "Cultura e Contexto", com Filipa Guerreio, Luís Tavares Pereira, Mariana Carvalho e Paolo Melis, moderada por João Cabeleira, 5 arquitetos que em circunstâncias diversas se cruzaram com Manuel Botelho, são as iniciativas propostas para assinalar o encerramento da exposição "Território Manuel Botelho", inaugurada a 6 de abril, na Galeria Garagem Avenida, em Guimarães. Na ocasião, será ainda formalizado o acordo de cedência de cerca de 1500 livros da biblioteca de Manuel Botelho para a Escola de Arquitetura, Arte e Design (EAAD) da Universidade do Minho, representada pelo seu Diretor, Paulo Cruz.
 

Esta exposição, com curadoria de António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia e Duarte Belo, foca o trabalho de três décadas do atelier de arquitetura Manuel Botelho, que cruza arquitetura, design de objetos, reflexão teórica, escrita e docência e resulta de uma parceria entre o Laboratório da Paisagem, Património e Território (Lab2PT), a EAAD, a Fundação Marques da Silva e a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP). A sua realização insere-se num ciclo de diferentes exposições sobre a vida e obra de Manuel Botelho iniciado em janeiro, na FAUP, e que, antes de regressar ao Porto, passará ainda por Coimbra.
 

A entrega da biblioteca de Manuel Botelho à EAAD resulta do trabalho de inventariação da sua obra empreendido pelos curadores da exposição e pelos bolseiros da UMinho, enquanto o seu acervo profissional, documentação relativa a 67 projetos, desde moradias a equipamentos públicos, foi já doado à Fundação Marques da Silva.
 

Todas estas iniciativas contam ainda com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e da Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Norte.
 

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16 de maio de 2022
"Estação Central da Beira", uma exposição a visitar, um património a preservar

A Estação Central da Beira, atualmente gerida pela Companhia Ferroviária de Moçambique, foi construída entre 1962-63, a partir do trabalho coletivo de uma equipa de arquitetos (João Afonso Garizo do Carmo, Francisco de Castro e Paulo de Melo Sampaio) liderada por Bernardino Ramalhete. Ainda assim, o seu desenho exibe um forte carácter unitário, nele se destacando o impressionante arco com 55m de vão que recebe quem a ela se dirige. O seu projeto surge num tempo em que Portugal, enquanto território pluricontinental, procurava afirmar uma imagem de modernidade, progresso e de vontade de permanência através de um grande investimento na construção em larga escala de equipamentos infraestruturais. A Estação Central da Beira insere-se neste ciclo histórico e é exemplar dessa arquitetura, pautada por critérios de qualidade e de rapidez do processo construtivo. Sobrevivendo ao desgaste imposto pelas múltiplas situações adversas que teve de enfrentar, continua a ser um símbolo identitário do património urbano da Beira e da arquitetura de origem portuguesa que apenas em África se pode encontrar.
 

É a importância, arquitetónica e patrimonial, desta estação de caminhos de ferro que está na base do projeto de investigação coordenado por Paulo Lourenço e Elisiário Miranda. Com ele se espera poder lançar as bases para um programa de intervenção e de ação preventiva, tal como vir a obter a sua futura classificação. O projeto, financiado pela Getty Foundation, implica também a disseminação de seminários e iniciativas para partilha de conhecimentos, sendo a atual exposição uma das etapas a percorrer. Depois de ter sido apresentada em Guimarães e antes de chegar à Beira, pode ser visitada na Fundação Marques da Silva, espaço onde se encontra documentada a obra de outros arquitetos que também projetaram para a África lusófona, daí que agora possam ser igualmente conhecidos alguns registos de um outro projeto para a Beira, o Grande Hotel desenhado por José Porto em 1949, o mesmo autor, com Ribeiro Alegre, do plano de urbanização  que atualmente continua a gerir a topografia urbana da Beira.
 

A exposição, inaugurada no passado sábado, 14 de maio, pode ser visitada, de segunda a sexta, entre as 14:00 e as 18:00, no Palacete Lopes Martins da Fundação Marques da Silva até 18 de junho.

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13 de maio de 2022
"Estação Central da Beira. Keeping it Modern"
Abertura da Exposição e apresentação do projeto
Com Paulo Lourenço e Elisiário Miranda, moderação de Luís Martinho Urbano
14 de maio, 16:00, Fundação Marques da Silva

Amanhã, às 16:00, o Palacete Lopes Martins, na Fundação Marques da Silva, vai acolher uma nova exposição: "Estação Central da Beira. Keeping it Modern". Trata-se de um projeto desenvolvido no âmbito do programa Keeping It Modern, iniciativa da Getty Foundation, de Los Angeles, que em 2019 contemplou com uma bolsa o projeto de conservação e manutenção da Estação Central da Beira (1957-1966), em Moçambique.
 

A assinalar este momento inaugural, os coordenadores do projeto, Paulo Lourenço e Elisário Miranda, respectivamente da Escola de Engenharia e da Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, farão a apresentação do projeto, numa conversa moderada por Luís Martinho Urbano.
 

Nesta sua passagem pelo Porto, uma vez que se trata de uma exposição itinerante, haverá ainda uma extensão do projeto para dar a conhecer alguns desenhos e fotografias de época relativos ao icónico Grande Hotel da Beira, provenientes do acervo do arquiteto que o projetou em 1949, José Porto.

Neste dia, a entrada é livre.

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12 de maio de 2022
Manuel Aires Mateus convidou, Ricardo Bak Gordon aceitou
Há um novo "Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura" para ouvir
Dia de inauguração da Ponte sobre o Tejo, 6 de agosto de 1966, in DN

É nas margens do Tejo que Ricardo Bak Gordon vai encontrar a eleita para este Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura, uma obra que, não sendo projeto de um arquiteto, se constitui objeto de valor e sentido arquitetónico: a Ponte sobre o Tejo ou Ponte 25 de Abril.

A ouvir aqui

 

Imagem: Dia da inauguração da Ponte sobre o Tejo, 6 de agosto de 1966 (in DN/Lisboa de Antigamente)

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11 de maio de 2022
O acervo do arquiteto Manuel Botelho já faz parte da Fundação Marques da Silva

Enquanto decorre o programa diversificado de iniciativas desenhadas em torno da obra de Manuel Botelho, foi assinado, no passado dia 7 de maio, o contrato de doação do acervo profissional deste Arquiteto à Fundação Marques da Silva. Uma sessão que contou, para além do Doador e da Presidente, Fátima Vieira e Vice-Presidente da Fundação, Luís Martinho Urbano, com a presença dos arquitetos António Neves e Bruno Baldaia. Foi um momento simbólico, mas que desde já formaliza a integração de documentos relativos a 67 projetos de arquitetura e ao seu período de formação em Itália no Centro de Documentação da instituição, em antecipação às ações que em breve irão decorrer na própria Fundação Marques da Silva. Neste momento e no seguimento das que já foram realizadas na Faculdade de Arquitetura da UP, entre janeiro e março deste ano, encontra-se patente ao público a exposição "Território Manuel Botelho", na Galeria Garagem da Avenida, em Guimarães, que encerrará no próximo dia 18 de maio.
 

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10 de maio de 2022
"Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência",
a nova exposição da Casa-Atelier José Marques da Silva

"Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência" aí está, para dar a conhecer António Cardoso, quem foi, o tanto que fez, o muito que nos deixou. Uma exposição que parte de um gesto de reconhecimento, mas que surpreende pelo muito que encontrou para contar. António Cardoso dedicou grande parte da sua vida a cuidar da memória, a pesquisar sobre a história e o sentido da obra de José Marques da Silva e de Amadeo de Souza-Cardoso, e de tudo e todos que permitissem compreendê-los, só que viveu também de forma invulgarmente comprometida o seu tempo, enquanto artista, enquanto homem de ação, num contínuo movimento de consagração da arte da partilha e do diálogo.
 

Com esta exposição, invadida pela cor, a Casa-Atelier mostra-se de novo enquanto lugar de encontro. São 5, os espaços a percorrer: a sala dos "altares", dos "óleos", das "geometrias intersectantes", dos "outros caminhos" e os "recantos". No dia em que as suas portas se abriram foram muitos a visitá-la. Venha também, estamos à sua espera.

 

A exposição pode ser visitada até 17 de setembro.
 

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9 de maio de 2022
"Estação Central da Beira. Keeping it Modern"
Exposição e Colóquio com Paulo Lourenço, Elisiário Miranda e moderação de Luís Martinho Urbano
14 de maio, 16:00, Fundação Marques da Silva

A exposição Estação Central da Beira. Keeping It Modern vai abrir as suas portas ao público no dia 14 de maio, às 16:00. Nesta sua passagem pela Fundação Marques da Silva, depois de ter sido exibida na Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho, vai integrar um conjunto de desenhos originais de José Porto, arquiteto com várias obras projetadas para a cidade da Beira, em Moçambique, em meados do século XX, entre as quais se destaca o Grande Hotel da Beira.
 

Para assinalar a abertura da Exposição, decorrerá um colóquio de apresentação do projeto da Estação Central da Beira, com intervenções de Paulo Lourenço e de Elisiário Miranda, moderado por Luís Martinho Urbano.
 

Poderá ser visitada até 18 de junho, no Palacete Lopes Martins (Fundação Marques da Silva), de segunda a sábado, entre as 14:00 e as 18:00.
 

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7 de maio de 2022
"Isto não é só um quadro:
António Cardoso para além da evidência"
Hoje, às 16:00

Hoje, a partir das 16:00, na Casa-Atelier José Marques da Silva, já pode descobrir o que a exposição Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência tem para revelar. Venha visitá-la.
Entrada livre.

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6 de maio de 2022
Newsletter - Maio 2022

Com a exposição Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência prestes a inaugurar, publicamos nova Newsletter da Fundação Marques da Silva.

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5 de maio de 2022
António Cardoso: “Laranjo: uma poética de libertação e de rigor”
Há um novo Escritos Escolhidos

Em “Laranjo: uma poética de libertação e de rigor”, texto datado de 1985, António Cardoso procura a poesia imanente à obra plástica de Francisco Laranjo, transformando a própria palavra em matéria poética. É mais um Escritos Escolhidos.
 

A ouvir aqui

 

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04 de maio de 2022
Isto não é só um quadro
António Cardoso para além da evidência

7 de maio, 16:00, Fundação Marques da Silva

A exposição Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência lança um olhar sobre o percurso de vida de António Cardoso, figura que cruzou múltiplos domínios e deixou um legado hoje visível na sua produção artística, nas várias gerações de alunos que ajudou a formar e no lançamento das bases do que é hoje a Fundação Marques da Silva e o Museu Amadeo Souza-Cardoso.

Trata-se de uma leitura retrospetiva, a primeira realizada após o seu falecimento em junho passado, definida entre Porto e Amarante, entre o trabalho desenvolvido sobre José Marques da Silva e Amadeo de Souza-Cardoso, dando a ver a pluralidade de interesses que o moviam. Historiador de formação, artista por convição, António Cardoso trabalhou sobre a memória sem nunca perder o sentido do seu tempo.

A exposição inaugura no próximo dia 7 de maio, às 16:00, na Casa-Atelier projetada por Marques da Silva. Manter-se-á patente ao público até 17 de setembro deste ano. A visitar de segunda a sexta, entre as 14:00 e as 18:00.

 

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3 de maio de 2022
Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construção
últimos dias

Sábado passado, Rui Mendes orientou uma visita guiada à exposição Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construção e deu a conhecer as intervenções em curso no Bloco das Águas Livres, bem como o que está a ser desenvolvido para a Escola do Castelo e o Edifício do Martim Moniz. Foi a última visita guiada a esta exposição que pode ainda ser visitada até 7 de maio, entre as 14h e as 18h, na Fundação Marques da Silva.

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29 de abril 2022
A "dança das formas" no Bar do Hotel Bergere, de José Porto

Hoje é o Dia Mundial da Dança, só que conceitos como "espaço", "corpo", "movimento", "ritmo" ou "leveza", isto para citar apenas alguns, são conceitos que habitam territórios comuns a outras linguagens, a outros mundos. Como a arquitetura. Como neste estudo para o pavimento do Hotel Bergere, influenciado pela geometria da planta, que José Porto desenvolveu durante a sua estadia em Paris, nos anos vinte. Nele, as formas "dançam" ao ritmo das cores. Se chegou a materializar-se, se chegou a proporcionar a experiência de um corpo real o percorrer, será uma outra história, ainda a aguardar por quem a venha contar.

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26 de abril de 2022
Isto não é só um quadro
António Cardoso para além da evidência

Inaugura a 7 de maio, às 16:00
Casa-Atelier José Marques da Silva

A exposição Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência segue o rasto dos muitos caminhos percorridos por António Cardoso  – artista, professor, investigador e museólogo falecido em junho de 2021 – para dar a conhecer a teia de interesses e de paixões que moldaram a sua vida e a importância do seu legado. Inaugura no dia 7 de maio, às 16h, na Casa-Atelier José Marques da Silva.
 

Curatorialmente desenvolvida por um coletivo formado por Susana Cardoso (filha), Laura Castro (DRCN), Domingas Vasconcelos (CMP), Celso Santos e Leonor Soares (FLUP) e Paula Abrunhosa (FIMS), esta exposição é uma iniciativa da Fundação Marques da Silva e contou com o apoio da família de António Cardoso, da Direção-Geral da Cultura do Norte, do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, da Câmara Municipal do Porto, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e da Faculdade de Belas Artes desta mesma Universidade.
 

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28 de abril 2022
Ontem, na Fundação, falou-se sobre "Argamassas para a conservação de edifícios do início do século XX - Compatibilidade e Sustentabilidade". Teatro S. João e Nacional foram casos de estudo.

Decorreu ontem, na Fundação, o 2.º seminário CemRestore. O mesmo é dizer que se falou sobre "Argamassas para a conservação de edifícios do início do século XX - Compatibilidade e Sustentabilidade". Associando investigação e prática construtiva, aqui se cruzaram perspetivas de arquitetos, engenheiros e historiadores sobre este tema, deixando evidente a relevância do projeto Cem Restore e a necessidade de se continuar a promover a ligação entre centros de pesquisa, tecnologias de construção e modos de intervenção no património. E dada a natureza da instituição e dos arquitetos que nela estão documentados, a Fundação mostrou ser um local privilegiado para congregar estes debates. Não por acaso, dois dos casos de estudo apresentados são duas obras de Marques da Silva: o Teatro S. João e a "Nacional".

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27 de abril de 2022
Visita guiada por RUI MENDES: inscrições abertas


Rui Mendes
, arquiteto, investigador, professor e coautor com Bartolomeu Costa Cabral dos projetos de reabilitação atualmente em realização e/ou desenvolvimento para o Bloco das Águas Livres, o Edifício do Martim Moniz e a Escola do Castelo vai fazer uma visita guiada à exposição Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construção, centrada nestes projetos.
 

Será uma oportunidade única, nestes dias finais da exposição, para conhecer as singularidades destas obras e a existência renovada a que aspiram. Rui Mendes é também o autor das maquetas do Edifício do Martim Moniz e da Escola do Castelo que se encontram expostas, estando prevista para breve a publicação de um livro sobre este dois projetos a editar pela Circo de Ideias com a sua assinatura.
 

A visita guiada vai decorrer no próximo sábado, 30 de abril, com início às 15:00 e terá a duração aproximada de 1h/1h30. A entrada é livre, sujeita apenas a inscrição prévia através do email fims@reit.up.pt. Lotação máxima de 20 participantes.
 

Mais informações: aqui


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27 de abril 2022
2.º seminário CemRestore | Argamassas para a conservação de edifícios do início do século XX - Compatibilidade e Sustentabilidade
Hoje, 27 de abril, 15h-19h30, na Fundação Marques da Silva

Hoje, na Fundação Marques da Silva, José Pedro Tenreiro, Tiago Inácio, Ana Velosa, António Santos Silva e Luís Almeida, e Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos vão abordar a utilização dos cimentos, enquadrando o seu desenvolvimento e aplicação em diversos contextos, nacionais e internacionais.

As suas intervenções decorrem no âmbito do 2.º Semináro do CemRestore, projeto coordenado por Ana Velosa (UA) e António Santos Silva (LNEC), com a participação de Clara Pimenta do Vale (FAUP).

Os trabalhos iniciam-se às 15:00 e prolongam-se até às 19:30. A sessão de abertura conta com as intervenções de Luís Urbano, Vice-Presidente da Fundação Marques da Silva, João Pedro Xavier, Diretor da FAUP, e de Ana Velosa, coordenadora do CemRestore pela Universidade de Aveiro.

A entrada é livre.

+ info: www.arq.up.pt

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26 de abril de 2022
António Menéres e o "passaporte" para o Inquérito

Em 1953, António Menéres era ainda um jovem estudante de Arquitetura com um particular interesse pela fotografia. E foi com a sua Zeiss Ikon que, em Veiga, uma aldeia pobre e isolada da freguesia de Quintela de Lampaças, próxima de Bragança, fixou a imagem destas duas crianças gémeas toscamente acomodadas num carrinho habilmente construído a partir de caixas de sabão. Mas o que então António Menéres não tinha antecipado é que, cerca de dois anos depois, as fotografias tiradas em Veiga viriam a legitimar a sua participação numa experiência determinante e inesquecível: o Inquérito à Arquitetura Popular em Portugal.
 

Por essa altura, Fernando Távora tinha sido convidado por Carlos Ramos para liderar a Zona 1 do Inquérito e formar a equipa que cobriria o Minho, o Douro Litoral e a Beira Litoral. António Menéres, então colaborador do Gabinete, tal como Rui Pimentel, demonstrou desde logo a sua vontade de pertencer à equipa em formação. Mas se, no caso de Rui Pimentel, a decisão era pacífica, o mesmo não se passava com António Menéres por este não cumprir uma das condições impostas pelo SNA para esta missão: ser arquitecto-estagiário. Távora acabou por admitir a sua colaboraçao, mas caberia a Carlos Ramos decidir. E assim se dirigiu António Menéres à Escola para defender a sua causa, apresentando-lhe esta e outras fotografias feitas em Veiga. O apoio de Carlos Ramos foi imediatamente conquistado, só que a palavra final teria de caber agora a Inácio Peres Fernandes, então presidente do SNA. Perseverante, António Menéres não hesitou e dirigiu-se a Lisboa, onde voltou a mostrar as fotografias que, mais uma vez, impressionaram possitivamente. E assim, com a promessa feita a Peres Fernandes de que acabaria o Curso Superior de Arquitetura, propondo-se ao concurso de "Grande Composição", a disciplina em falta no seu currículo académico, venceu o último obstáculo e obteve finalmente a desejada autorização para fazer parte da equipa. O resto já é do conhecimento público. Do seu trabalho resultou uma importante cobertura fotográfica do território que lhe estava atribuído e o cumprimento da promessa. O Diploma de Arquiteto veio a ser obtido em 1961, com um projeto de renovação urbana que propounha a remodelação e beneficiação do Forte de Leça para reinstalação dos Serviços de Capitania.
 

António Menéres nasceu a 26 de abril de 1930.
Parabéns, Senhor Arquiteto!

 

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25 de abril de 2022
Sergio Fernandez: modesto e incisivo

Em dia de aniversário do Arquiteto Sergio Fernandez recuperamos um excerto do elogio proferido por Jorge Figueira na sessão de doação do acervo à Fundação Marques da Silva no passado dia 13 de abril:

"O Sergio é um arquitecto único e, mais do que isso, é um homem singular [...] como fazer o elogio de um homem modesto?
Em qualquer caso, a modéstia do Sergio não é simples nem é cultivada como um estilo;
sendo temperamental passa também para o plano da profissão de arquitecto.
E é uma modéstia que não significa aceitação, ou resignação, nem muito menos menoridade ou secundariedade.
É uma modéstia activa, uma modéstia inteligente; é talvez mesmo, no intimo, um plano de ataque.
[...] Ainda agora o encontrei na obra de reabilitação que estão a realizar no Cinema Batalha.
O estaleiro é um lugar difícil, onde a modéstia, mesmo a activa, sobrevive com dificuldade.
Sem dúvida que a resiliência que encontramos em muitos arquitectos tem a ver com a tarimba destes embates duros em obra.  
Sergio encontrou o seu caminho, porque sendo muito modesto é também muito incisivo, na obra, como quando foi professor, como é na vida. É uma equação aparentemente impossível. Muito modesto e muito incisivo."

Parabéns, Senhor Arquiteto!

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23 de abril de 2022
Livros em construção: livros ainda antes de serem livros

Há um longo caminho a percorrer até um livro ser livro. E nem todas as promessas de livro chegam a sê-lo. Por vezes, têm mesmo de aguardar que sejam outros, que não o autor, a dar-lhe essa desejada forma. No acervo de Raul Leal são muitos os manuscritos que testemunham esse impulso obsessivo para a escrita. São muitas as revisitações de uma mesma ideia, muitas as versões que antecedem o momento da publicação ou que até mesmo lhe sucedem. Outros, registam o que acabou por permanecer num diálogo do autor consigo mesmo ou numa vontade irrealizada de se assumir em forma de livro. Mas o acervo resistiu ao tempo, força de um colecionador como Fernando Távora e também de um grupo de investigadores (Rui Lopo, Renato Epifânio e Celeste Natário) que, transcrevendo, decifrando e organizando os originais manuscritos, em breve irá iniciar a publicação destes materiais, surpreendentes e até agora inéditos.

Hoje, 23 de abril, celebra-se o Dia Mundial do Livro.

 

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22 de abril de 2022
Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construção
Prolongamento da exposição até 7 de maio

Se até agora não surgiu a oportunidade ou se pretende rever esta exposição sobre um arquiteto singular, Bartolomeu Costa Cabral, com curadoria de Paulo Providência, Pedro Baía e Mariana Couto, pode ainda fazê-lo até 7 de maio,  de segunda a sábado, entre as 14h e as 18h, no Palacete Lopes Martins.
 

+ info: Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construçâo

Créditos fotográficos: Catarina Costa Cabral

 

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21 de abril de 2022
"Rememorar" | Igreja de São Carlos Borromeu de Angra do Heroísmo
I Estação do ciclo de exposições LUGARES DO SAGRADO
23 de abril a 24 de julho de 2022

Entre 1984 e 1990, na sequência do sismo que se fez sentir na Ilha Terceira, em 1980, coube aos Arquitetos Fernando Távora e José Bernardo Távora projetarem a Nova Igreja de São Carlos Borromeu de Angra do Heroísmo. Este "Lugar do Sagrado" vai agora acolher a primeira estação de um ciclo de exposições programadas pela Direção Regional de Cultura - Governo dos Açores para valorização do património cultural de temática religiosa dos Açores.
 

A exposição concebida para este espaço - Rememorar - apresenta o resultado de um trabalho de seleção de objetos com relevante valor simbólico e artístico para a comunidade de São Carlos, juntamente com um conjunto de documentação inédita relativa ao projeto, pertencente ao acervo da Fundação Marques da Silva.
 

Inaugura a 23 de abril e poderá ser visitada até 24 de julho deste ano.

 

Para mais informações: www.culturacores.azores.gov.pt

Consultar Press Kit

 

 

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19 de abril de 2022
2.º Colóquio "Organizar, Preservar e Comunicar a Memória da Arquitetura: os Arquitetos e os Arquivos de Arquitetura de Portugal, Inglaterra e o Brasil"
Webinar, 20 de abril, 17h-18h30

Luís Urbano, Vice-Presidente da Fundação Marques da Silva, será um dos oradores do 2.ª Colóquio "Organizar, Preservar e Comunicar a Memória da Arquitetura: os Arquitetos e os Arquivos de Arquitetura de Portugal, Inglaterra e o Brasil", iniciativa com coordenação científica do investigador do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS) Paulo Batista. Será a segunda participação neste encontros, desta vez para falar sobre o arquivo do Arquiteto José da Cruz Lima.
 

O colóquio, em formato webinar, vai realizar-se amanhã, 20 de abril, entre as 17h-18h30, e será transmitido em direto, via Facebook do CIDEHUS.

 

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19 de abril de 2022
2.º seminário CemRestore | Argamassas para a conservação de edifícios do início do século XX - Compatibilidade e Sustentabilidade
27 de abril, 15h-19h30, Fundação Marques da Silva

O CEMRESTORE, projeto coordenado por Ana Velosa (UA) e António Santos Silva (LNEC), com a participação de Clara Pimenta do Vale (FAUP), vai promover o segundo Seminário dedicado ao estudo de argamassas do início do século XX em Portugal. Decorrerá na Fundação Marques da Silva e conta com três sessões e 5 apresentações: José Pedro Tenreiro, Tiago Inácio, Ana Velosa, António Santos Silva e Luís Almeida, e Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos.

A entrada é livre, mediante inscrição prévia em formulario online.

+ info: www.arq.up.pt

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16 de abril de 2022
Manuel Teles e o tempo de "fazer-se arquiteto"

Um olhar retrospetivo ao percurso de Manuel Teles, sobre o momento em que inicia a sua prática arquitetónica, traz-nos de volta um conjunto de nomes e de projetos que marcaram o seu e o nosso tempo. Formado na Escola de Belas Artes do Porto, onde foi colega de Álvaro Siza, Manuel Teles começou por trabalhar, ainda estudante, no atelier de João Andresen. Entre 1968 e 1970, enquanto colaborador de Viana de Lima participou no projeto que este então desenvolvia com Oscar Niemeyer para o Funchal: o arrojado Casino Park Hotel. Integra de seguida o quadro da Câmara Municipal do Porto, funções que o conduzem ao Plano do Campo Alegre a à participação no Processo SAAL e no Comissariado para a Renovação da área urbana Ribeira-Barredo, onde se cruza com Fernando Távora. Experiências estruturantes para a construção do que acabou por vir a ser uma sólida carreira de arquiteto e de professor. 

Manuel Teles nasceu a 16 de abril de 1936.
 

Créditos fotograficos: Joana Laranjinha, 2022.



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14 de abril de 2022
Páscoa 2022:
Exposição "Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construção"
Encerra hoje e reabre a 18 de abril
Fotografia de Catarina Costa Cabral

Informa-se que de 15 a 17 de abril, período de celebração da Páscoa, a Fundação Marques da Silva se encontra encerrada ao público. A exposição "Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construção" volta a abrir as suas portas na próxima segunda-feira, dia 18 de abril.

 

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13 de abril de 2022
Doação dos Acervos de Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez
/Junção dos Centros de Documentação FIMS e FAUP
- 13 de abril, 18h, Fundação Marques da Silva -
com transmissão direta via Facebook da Fundação Marques da Silva
Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, Museu Epigráfico de Idanha-a-Velha

Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez são dois arquitetos portuenses que a partir da década de 70, com a fundação do Atelier 15, têm vindo a partilhar a autoria de uma vasta obra, projetada e construída, quase totalmente publicada. Uma intensa atividade que se estende ainda ao território da docência e da divulgação de arquitetura, documentada nos respetivos arquivos que a partir de 13 de abril passarão a fazer parte do património documental da Fundação Marques da Silva. A doação a esta instituição incluirá, para além dos processos de arquitetura e de um extenso conjunto de publicações, o conjunto da obra autoral teórica, publicada e não publicada, de Alexandre Alves Costa, produzida enquanto docente e crítico de Arquitetura.


Neste mesmo dia, será também assinado o protocolo que fixa a junção das duas instituições que, sob a égide da Universidade do Porto, se dedicam à recolha, estudo e divulgação de acervos documentais de arquitetura: a Fundação Marques da Silva e o Centro de Documentação da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Juntos, passam a agregar a memória documental de cerca de 60 acervos de arquitetos que nos ajudam a contar e a entender a história da arquitetura e do urbanismo em Portugal, desde finais do séc. XIX até à atualidade.

A sessão, de acesso restrito, inicia-se às 18h00 no Palacete Lopes Martins e será disponibilizada no canal Vímeo da Fundação Marques da Silva. Vai contar com a presença do Reitor da UP, António Pereira de Sousa, da Presidente da Fundação Marques da Silva, Fátima Vieira, e do Diretor da Faculdade de Arquitectura, João Pedro Xavier. Álvaro Siza, o autor do projeto para o futuro Centro de Documentação a construir nos jardins da Fundação Marques da Silva, fará a apresentação de Alexandre Alves Costa, enquanto Sergio Fernandez será apresentado por Jorge Figueira.

 

Ver Folha de Sala
Ver Nota Biográfica dos Arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez e obras selecionadas

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11 de abril de 2022
Manuel Graça Dias e o livre "encontro" das cores
Contemporânea, Sede do Expresso/Sojornal na rotunda da Bela Vista, Lisboa, 1999

Há desenhos que logo denunciam o seu autor, mesmo que neles não se encontre uma assinatura. É o caso deste, onde traço e cor revelam o nome de Manuel Graça Dias. Não é que ligasse muito às combinações, usava as cores como as sentia, deixando que se "encostassem". E os encontros corriam, de modo geral, bem. 

Acresce dizer que este desenho pertence ao projeto que Manuel Graça Dias e Egas José Vieira desenvolveram para a nova sede do Expresso/Sojornal na rotunda da Bela Vista, em Lisboa, no final dos anos 90.

Manuel Graça Dias nasceu a 11 de abril de 1953. Faria hoje 69 anos.

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10 de abril de 2022
Posto Duplo de Abastecimento de Combustíveis de Guimarães, de Fernando Távora, proposto para classificação de MIP
Fernando Távora, Sacor: Anteprojeto para Posto Duplo/Guimarães, 1959

Foi publicada em DR (Anúncio 68/2022) a decisão de classificação do Posto Duplo de abastecimento de combustíveis projetado por Fernando Távora para o lugar de Covas/Guimarães a monumento de interesse público (MIP).

O processo foi iniciado em 2014, pela Fundação Marques da Silva, numa tentativa de se preservar a harmonia, equilíbrio compositivo, formal e plástico do projeto original, então ameaçados. A relevância da proposta foi reconhecida em 2015, com a decisão de abertura do procedimento de classificação. O anúncio de hoje é mais uma importante etapa para a preservação deste testemunho do pensamento arquitetónico, paisagístico e urbanístico de Fernando Távora. Datado de 1959, nele se exprime a capacidade deste arquiteto para formular sistemas de ação onde se refletem os cânones do movimento moderno, problematizados com base numa realidade que lhe é próxima, interpretada a partir da sua história e identidade.

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7 de abril de 2022
Gonçalo Byrne convidou, Manuel Aires Mateus aceitou.
Há um novo Passa-a-Palavra para ouvir.

Manuel Aires Mateus é a voz que habita este novo Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura, o 16.º. E ao ouvi-lo ficaremos a conhecer as razões pelas quais, quando passa por Roma, é sempre a San Carlino que regressa.

A ouvir aqui

 

Nota à imagem: Francesco Borromini, San Carlo alle quatro fontane, in Paolo Portoghesi, Francesco Borromini, Electa, Milão [1984] (monografia 2262 da Biblioteca Fernando Távora).