A Fundação
Os Arquitectos
A Documentação
Património Edificado
Investigação
Edições
Conferências
Colóquios
Exposições
Cursos
Visitas Guiadas
Viagens Culturais
Outras iniciativas
Gravações vídeo
Podcasts
Newsletter
Contactos
Loja
Destaques
Carrinho de Compras
Arquivo digital
Catálogo bibliográfico
facebook
facebook

2024 - Encontro | TÁVORA NO TEMPO #2
2023 - Encontro | TÁVORA NO TEMPO #1
2022 - CMS | Paolo Zermani: Arquiteturas Italianas
2020 - CMS | Resiliência
2019 - CMS | modos de não fazer nada
2019 - São Torcato, a construção de um santuário
2018 - CMS | Arquitetura e Património: sem redoma de vidro
2017 - CMS | La memoria del orden. Algunos Proyetos
2017 - Teixeira Lopes e Pinto do Couto: escultores portugueses e suas obras no Brasil
2016 - CMS | Poética urbana. Aproximações à ideia e à imagem da cidade através da palavra literária
2016 - Centenário da Avenida da Cidade: Conferências-Debate
2015 - CMS | Casas Ermas. A arquitetura dos irmãos Rebelo de Andrade e os discursos do moderno
2015 - Una pequeña casa. 1923
2014 - CMS | Arquitectura, a Praça da Autonomia e o Boulevard da Epistemologia
2013 - CMS | Arquitectura e Património - Dos tempos da História ao tempo do Projecto
2013 -  Marques da Silva: Imagens e Memórias | Ciclo de conferências
2012 - Jornada de Conferências Fernando Távora Modernidade Permanente
2012 - CMS | Architectural research from a canadian point of view
2012 - O legado do arquiteto Marques da Silva: ensino, projeto e obra
2011 - CMS | Anamnese: arquiteturas imaginadas e arquiteturas míticas em Portugal (1100-1600)
2010 - CMS | O Liceu Alexandre Herculano, no Porto. História, projecto e transformação
2009 - CMS | Documentos e Arquivos de Arquitectura: Príncipios, estratégias, metodologias e instrumentos de gestão
2008 - CMS | Arquitectos, Engenheiros, Antropólogos: Estudos sobre Arquitectura Popular no Séc. XX Português

 

 

 

 

TÁVORA NO TEMPO #2
Colóquio Internacional - Colégio da Trindade (Coimbra)
21 (tarde) e 22 de fevereiro (manhã e tarde)


Fotografia de Fernando Távora, s.d. © Egídio Santos
 

Nos próximos dias 21 (tarde) e 22 (manhã e tarde), no Colégio da Trindade, vai decorrer um segundo encontro TÁVORA NO TEMPO. Cabe agora do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra, com este Colóquio Internacional, dar continuidade ao encontro realizado na Faculdade de Arquitetura, a 21 de outubro passado, convocando um leque de estudiosos da obra de Fernando Távora para dois momentos precisos: o da investigação em desenvolvimento, no dia 21, e o da investigação consolidada, a 22. 


PROGRAMA - Consultar AQUI

Esta iniciativa, que, para além do mais, pretende ser também um momento intenso de celebração e de evocação da obra de Fernando Távora, é parte integrante do programa de celebração do centenário deste arquiteto - TÁVORA 100-, um projeto coordenado e coorganizado pela Ordem dos Arquitectos, pela Fundação Marques da Silva, onde está depositado o seu acervo, e pelas universidades de Coimbra, do Minho e do Porto, onde lecionou, a ter lugar no Porto, em Coimbra, Braga e Guimarães, entre agosto de 2023 e agosto de 2024.

 

ver cartaz aqui

+ info: www.uc.pt/fctuc/darq

 

 

 

 

 


TÁVORA NO TEMPO #1
Encontro - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
21.10.2023

 



O Encontro Távora no Tempo reúne na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto personalidades convidadas a partilharem um pensamento crítico sobre a obra de Fernando Távora, nas suas múltiplas dimensões, consolidando o seu legado como uma referência maior no panorama da arquitetura nacional e internacional. Ao dinamizar um espaço de reflexão que reúne novos olhares sobre esta figura ímpar, pretende-se demonstrar a contemporaneidade das linhas de pensamento e ação de Távora, em particular junto das novas gerações de arquitetos.


Esta iniciativa, parte do programa comemorativo do centenário do Arquiteto Fernando Távora - Távora 100 - realiza-se também como um desdobramento da exposição Fernando Távora. Pensamento Livre, cuja abertura se assinala no dia anterior, na Fundação Marques da Silva. Entre as 11 e as 11h30, na Galeria da FAUP, será assim inaugurado o núcleo temático "Aulas", com curadoria de Manuel Correia Fernandes.



PROGRAMA

09h15

Teresa Cálix
Alexandre Alves Costa


09.30 – 11.00
Carlotta Torricelli
José António Bandeirinha
moderação Luís Soares Carneiro

11.00 -11.30
Abertura de “Aulas” (núcelo temático da exposição) na Galeria da FAUP

11.30 – 13.00
Ana Vaz Milheiro
Fernanda Barbara
moderação João Belo Rodeia
/
14.30 – 16.00
Ricardo Pais
Gonçalo Byrne
moderação Jorge Figueira

16.00 – 17.30
Emílio Tuñon
José Miguel Rodrigues
moderação Maria Manuel Oliveira

Entrada livre, sujeita à limitação de lugares.

Ver Cartaz Digital

 Ver Álbum fotográfico: AQUI

 

 

 

 

 

Paolo Zermani: Arquiteturas Italianas
Conferência Marques da Silva 2022
 29 de novembro, 18:30, Auditório Fernando Távora (FAUP)

 

As Conferências Marques da Silva estão de regresso com Paolo Zermani como conferencista. Aquela que será a 14.ª edição deste ciclo anual, promovido pela Fundação Marques da Silva em parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, está marcada para 29 de novembro, tendo lugar, como sempre, no Auditório Fernando Távora (FAUP).

O tema proposto é Paolo Zermani: Arquiteturas Italianas. Ou seja, ficaremos assim a conhecer, apresentadas na primeira pessoa, a obra e a linha de pensamento deste Professor Catedrático da Faculdade de Arquitetura de Florença, natural de Medesano (Parma), distinguido, em 2018, com o Prémio Antonio Feltrinelli para a Arquitetura.
Para Paolo Zermani, aproximar-se do mistério da arquitetura significa partir do reconhecimento da paisagem italiana e da história da sua complexa topografia, numa abordagem extensível à ideia da própria cidade europeia, e trabalhar com conceitos estruturantes como Lugar, Tempo, Terra, Luz, Silêncio. Significa, enquanto habitante consciente do Ocidente e em tempos marcados por derivas éticas e estéticas, percorrer um caminho de procura do sentido da sua/nossa modernidade com a medida da arquitetura a definir o horizonte do seu território de ação. Uma condição de pensamento coerentemente plasmada numa importante e reconhecida obra projetual, onde se destacam, entre outras, a Capela no Bosque (Parma, 2012), a intervenção no Castelo de Novara (2016) ou a Escola Europeia (Parma, 2017).
 

Esta será a primeira vez de Paolo Zermani no Porto, para falar sobre a sua obra de arquitetura. A apresentação estará a cargo da arquiteta Ana Francisca Silva, autora de uma dissertação de mestrado defendida na FAUP sobre este arquiteto, "A construção do ritual como constante no projeto. Estudo da obra de Paolo Zermani".
 

A conferência inicia-se às 18:30 e a entrada é livre, sujeita apenas à lotação do espaço.
 

Ler Folha de Sala
Ver Cartaz

 

Paolo Zermani (Medesano, 1958) é, desde 1990, Professor Catedrático da Faculdade de Arquitetura de Florença, onde leciona a disciplina de Composição Arquitetónica. Desde 2015, lecciona ainda Projeto na Academia de Arquitetura de Mendrisio. É o Diretor do Mestrado “Museo Italia”. Membro da Accademia di S. Luca, é o fundador dos Seminários Identità dell´architettura italiana  e diretor da revista Firenze Architettura. É presença habitual na Bienal de Arquitetura de Veneza e na Trienal de Milão. Entre a sua obra escrita destacam-se publicações como Identità dell´architettura Vol. I e II (1995 e 2002), Oltre il muro di gomma (2010),  Architettura: luogo, tempo, terra, luce, silenzio (2015) e Fondamenta (2021). A sua obra de arquitetura encontra-se publicada nas principais revistas internacionais. Entre os projetos mais recentes, refiram-se o restauro e reconstrução do Castelo de Novara, a reabilitação arquitetónica da Basílica de S. Andrea, em Mântua, a Escola Europeia, em Parma, e a nova saída das Capelas dos Medici, em Florença. Em 2018, a Accademia Nazionale dei Lincei atribuiu-lhe o Prémio Antonio Feltrinelli para a Arquitetura.

 

 

 

 

 

 

 

 

Conferência Marques da Silva 2020 *
Inês Lobo: Resiliência

18 de novembro [ADIADA] | 18h30 | Auditório Fernando Távora - FAUP
Entrada livre, mas sujeita a inscrição prévia



“Resiliência”, este era o tema que Inês Lobo se propunha desenvolver na edição 2020 das Conferências Marques da Silva. A entrada em vigor de um novo estado de emergência levou ao reequacionar da sua realização na data prevista, 18 de novembro, e abdicar do formato presencial e da ligação à Faculdade de Arquitectura da U.Porto, condições que acompanham e ajudam a definir o carácter deste Ciclo desde o momento em que foi lançado, não foram opções a considerar. Em 2021, num outro contexto e com outra segurança, as Conferências Marques da Silva regressarão demonstrando, também elas, a sua “resiliência”.

 

 

É de Resiliência que Inês Lobo, a conferencista da edição 2020 das Conferências Marques da Silva, se propõe falar. Quando o presente se vai reconfigurando momento a momento sob a inquietação de um horizonte difuso, esta arquiteta e professora da UAL e do ISCTE de Lisboa volta o seu olhar para o que significa ser Arquiteto, para o sentido das nossas Cidades e para Arquitetura, aquela que realmente importa e onde podem ser encontradas as respostas para os problemas de hoje.
 

Cumprindo a tradição, a 14.ª Conferência deste ciclo conta com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e vai decorrer no Auditório Fernando Távora. Devido ao contexto pandémico* em que vivemos, a lotação estará sujeita a uma significativa redução de lugares, pelo que o acesso presencial à sessão carece obrigatoriamente de inscrição prévia [formulário].

Este evento será transmitido online em direto e é também passível de ser registado e divulgado através de fotografia. Informa-se que o programa está sujeito a alterações (sem aviso prévio) e que não serão emitidas declarações de presença ou assistência online.

 

Sinopse

"Gosto particularmente da palavra resiliência. Ou seja, da “Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação.” — como nos recorda o dicionário.
RESILIÊNCIA 01 . Arquitecto
É talvez a palavra que melhor descreve a capacidade que os arquitectos têm de se reinventar.
Pertencemos a um tempo, um tempo frágil, desumano, precário, assimétrico...
É nele que nós, não especialistas, somos chamados a ler a realidade. Chamados a reconhecer, a procurar, a eleger, a consagrar, a propor sínteses.
RESILIÊNCIA 02 . Cidade
Sínteses que são exercícios sobre o sentido das nossas cidades — elas que são a maior invenção do homem, sistemas vivos e complexos, não poucas vezes disfuncionais — exercícios que se esperam lúcidos sobre o seu presente e futuro.
A Cidade contemporânea encerra contradições profundas e enfrenta desafios paradoxais. É vivida por não habitantes, exige e afeta recursos que não possui e escasseiam, compete no mercado global e deve manter o significado local.
No ano 2008, mais de metade da população mundial passou a ser urbana. Todavia, não necessariamente habitante na Cidade. A esta concentração urbana não tem correspondido um acesso plural e generalizado à Cidade. Já que, na sua maior parte, as novas populações urbanas a cercam enquanto ela definha.
Antes de mais, urge devolvê-la a quem a inventou. Repor os seus sistemas em funcionamento. O que nos obriga a reflectir sobre: espaço público, espaço privado, programas, proximidade, acessibilidade/mobilidade e conforto. Este exercício implica o reconhecimento/entendimento da cidade, a reinvenção de um modo de a habitar que seja o deste tempo.
RESILIÊNCIA 03 . Arquitectura
Resiliência aplica-se aos arquitectos, às cidades e também à arquitectura. À arquitectura que realmente importa: a que se afirma como um acto político, a que é feita por homens e para os homens, aquela que tem como objectivo a construção de espaços livres para homens livres. É nesta arquitectura que encontramos as respostas para os problemas de hoje."


 

Nota biográfica: Inês Lobo (Lisboa, 1966)
Arquiteta pela Escola Superior de Belas Artes em 1989. É professora na Universidade Autónoma de Lisboa e Professora Convidada no ISCTE da Universidade de Lisboa. Iniciou o seu percurso profissional em 1989, tendo fundado o seu próprio escritório, Inês Lobo Arquitectos, em 2002. É regularmente convidada para palestras em seminários e conferências internacionais.
 Foi participante convidada nas Bienais de Veneza de 2016, “Reporting from the front”, e 2018, “Freespace”. Vem desenvolvendo igualmente actividade como curadora e comissária de exposições de arquitectura, tendo sido responsável pela Representação Portuguesa na Bienal de Veneza 2012, e delegada portuguesa da VIII BIAU - Bienal Iberoamericana de Arquitectura e Urbanismo. É também presença regular nos júris de prémios de arquitectura internacional e nacional, como o prémio FAD, em 2012, ou o prémio Secil, em 2006. Em 1999 recebeu o título de Oficial da Ordem do Mérito pelo Presidente da República; em 2013, o prémio “Mulheres criadoras da cultura” atribuído pelo governo português; em 2014 o Prémio Internacional ArcVision - Mulheres e Arquitetura; e em 2017 o Prémio AICA da Secção Nacional da Associação Internacional de Críticos de Arte.

 

 * Conheça aqui as "Regras de Acesso e Segurança - Covid-19" da FAUP.

 

 

 

 

Conferência Marques da Silva 2019
modos de não fazer nada
José Capela


31 de outubro | 18h30 | Auditório Fernando Távora - FAUP
Entrada livre


 

Em 2019, num ano em que o edifício do Teatro Nacional de S. João, projetado por Marques da Silva, iniciou os preparativos para celebrar o centenário que se avizinha, o ciclo Conferências Marques da Silva, anualmente organizado pela Fundação Marques da Silva com o apoio da Faculdade de Arquitectura da U.Porto, oferece o palco a um arquiteto encenador: José Capela. E numa rotação do olhar, que assim se desloca do objeto arquitetónico para o projeto cenográfico, José Capela lança o desafio de falar nesta conferência sobre modalidades de não-ação, tomando como tema aquele que é também o titulo do seu catálogo de cenografias: modos de não fazer nada.

 

Sinopse

"Não gostava de cenografia quando comecei, sem o ter planeado, a fazer cenografia. Não apreciava a recorrente oposição entre a arquitetura das salas de teatro e a arquitetura daquilo que se instala no palco, e preferia as salas aos cenários. Comecei por adotar estratégias de apropriação dos próprios espaços de representação – estratégias às quais se poderá chamar, recorrendo ao vocabulário das artes visuais, site-specific. Usar ou sublinhar aquilo que já lá está. Essa possibilidade de apropriação de “coisas não feitas por mim” estendeu-se a outros aspetos da cenografia, designadamente remetendo decisões para o âmbito de trabalho de outros. Coloco-me frequentemente nesse lugar apenas de veiculação, em que decido mas não faço. Um dos capítulos do meu doutoramento chama-se assim: modos de não fazer nada. E é sobre modalidades de não-ação, sobre possibilidades de optar calculadamente por não fazer, que proponho falar."

 

Ver Cartaz
Ver Folha de Sala

Ver Álbum fotográfico

 


José Capela
, arquiteto (FAUP, 1995), doutorou-se com a dissertação Operar conceptualmente na arte. Operar conceptualmente na arquitetura. É docente na Universidade do Minho desde 2000, onde leciona nos cursos de arquitetura e de teatro, e é investigador do Lab2PT. Comissariou, com Cláudia Taborda, a conferência internacional Arquitetura [in] ]out[ Política para a Trienal de Arquitetura de Lisboa 2010, é autor do capítulo “Uma garrafa de Coca-Cola e duas estufas: política interna nas artes e na arquitetura” do livro Estética e Política entre as Artes (Edições 70) e tem publicado em múltiplas revistas de arquitetura e de artes performativas. É cofundador (2003) e codiretor artístico da mala voadora, com Jorge Andrade, e responsável pela cenografia dos espetáculos. Publicou o catálogo de cenografia Modos de não fazer nada em 2013, foi presidente da Associação Portuguesa de Cenografia entre 2016 e 2018 e é autor da instalação Windows com a qual Portugal foi representado na Quadrienal de Praga 2019 e do respetivo catálogo W : JC + JCD. Nos últimos anos, colaborou ainda com a Companhia Nacional de Bailado, o Teatro Nacional São Carlos e a Casa-Museu Guerra Junqueiro, desenhou a exposição permanente do novo Museu do Vinho do Porto, e acaba de fazer uma cenografia-instalação para os espaços públicos do reinaugurado Teatro do Bairro Alto. Foi nomeado para o Prémio Autores relativo a “melhor trabalho cenográfico” em 2012 e 2017, e recebeu o prémio em 2016 por Pirandello da mala voadora.
 

 

 

 

 

São Torcato, a construção de um santuário - leitura do projeto a partir do espólio de Marques da Silva
Conferência de João Luís Marques

Ciclo "Olhares sobre São Torcato", Irmandade de São Torcato
16 de fevereiro, 14h30

 
José Marques da Silva, estudo de cartaz para a Romaria de São Torcato, 1898

 

"Considerando os estudos anteriormente realizados procura a presente comunicação relevar o papel do mestre Marques da Silva (1869-1947), arquitecto diplomado pelo governo francês em 10 de Dezembro de 1896, na direcção das obras do Santuário de São Torcato que assumiu após o regresso a Portugal.  A partir da documentação desenhada e escrita reunidas na Fundação Instituto Marques da Silva procura-se retraçar a história da encomenda e dos projectos de arquitectura desenvolvidos à proposta inicial de Ludwig Bohnstedt, de 1867. A leitura cruzada do processo, considerando as alternativas estudadas e escolhas realizadas, permite reconhecer a importância deste projecto que contribuiria de uma forma muito significativa para a afirmação do início do seu percurso profissional, quer no campo da encomenda religiosa, quer nas ligações com a cidade de Guimarães. Será ainda dada atenção aos trabalhos desenvolvidos pela sua filha e genro, Maria José Marques da Silva e David Moreira da Silva, na conclusão das obras que  o mestre Marques da Silva iniciara."

A conferência de João Luís Marques será proferida no âmbito do ciclo Olhares sobre São Torcato, assinalando assim a colaboração da Fundação Marques da Silva nesta iniciativa da Irmandade de São Torcato, que congrega um painel alargado de especialistas para debater, sob múltiplas perspetivas, o culto e o santuário erguido em devoção a São Torcato, em Guimarães.


Ver cartaz e consultar flyer do programa

 
 
João Luís Marques (Baden, 1981) arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em Março de 2006, defendendo a prova final intitulada "Na casa de meu Pai há muitas moradas – reflexões sobre a organização do espaço litúrgico, experiências portuguesas do século XX".  Em 2010 integrou o programa doutoral da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto: perfil - Teoria, Projeto e História; área de investigação - arquitetura religiosa, igreja e cidade - área científica na qual tem participado, promovido encontros e projectos de investigação nomeadamente em colaboração com a Fundação Instituto Marques da Silva através do estudo da obra de Fernando Távora, Octávio Lixa Filgueiras, Marques da Silva, entre outros. Desde 2013 é investigador do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, colaborando também em projectos de investigação desenvolvidos pelo Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, desde 2015.   Em Novembro de 2017 obteve o grau de Doutor em Arquitectura – Teoria, Projecto, História pela mesma FAUP defendendo a tese “A igreja na cidade, serviço e acolhimento, arquitectura portuguesa 1950-1975" preparada sob supervisão da Profª Doutora Marta Oliveira. É professor auxiliar convidado da unidade curricular de História da Arquitectura Portuguesa, do MIarq-FAUP.

 

 

 

 

 

 

 

Conferência Marques da Silva 2018
Arquitectura e Património: sem redoma de vidro
Nuno Valentim

 25 de outubro | 18h30 | Auditório Fernando Távora - FAUP

 
Reabilitação dos Albergues Noturnos do Porto, foto João Ferrand

 

A Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva (FIMS), com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, vai realizar no próximo dia 25 de outubro de 2018, às 18h30, no Auditório Fernando Távora da FAUP, a 12ª edição do ciclo anual Conferências Marques da Silva. Nuno Valentim, arquiteto e professor da FAUP é o orador convidado e traz como tema, “Arquitetura e Património: sem redoma de vidro”. Esta conferência integra o programa ARQOUT 2018.

 

Sinopse
Vivemos um momento singular para a intervenção no Património Arquitetónico – que decorre do (inesperado?) crescimento de obra no edificado existente, após alguns anos de deserto, de esforços isolados e mesmo de desatenção a este desafio.
A urgência de alargamento do debate convoca a arquitetura e os arquitetos para uma responsabilidade acrescida nestas circunstâncias, sob pena de a disciplina ser ultrapassada pela manipulação ideológica, técnica ou económica. Estas visões parciais são incapazes de trabalhar a riqueza e a complexidade das realidades em que temos que operar.
A Arquitetura - do projeto à reflexão sobre as práticas (onde se incluem as Escolas) - assume um papel determinante: no debate estratégico-político, na forma concreta de atuação e na avaliação/produção de conhecimento a partir da obra.
As “Conferências Marques da Silva 2018” serão uma oportunidade para, através das nossas práticas (de projeto, de investigação, de colaboração…), documentar as frentes de trabalho, a reflexão e o combate que as intervenções no Património das cidades exigem.

Nuno Valentim, 2 de setembro de 2018
 
 

O programa de ação da Fundação Instituto Arquiteto José Marques da Silva, ancorado no acolhimento e tratamento de arquivos profissionais de autores de referência no processo da arquitetura portuguesa e portuense do século XX, inclui a proposição de um conjunto diversificado de ações que passa pelo apoio à investigação de arquitetura, pela promoção da cultura da cidade e do património edificado, pela produção e divulgação do saber disciplinar da arquitetura. Uma ação cultural, educadora e divulgadora que tem neste ciclo de conferências, realizado na Faculdade de Arquitetura, um fórum vocacionado para a partilha e debate em torno de estudos e reflexões sobre temáticas que decorrem da sua dinâmica interna ou do seu comprometimento e atenção às dinâmicas que envolvem o exercício da arquitetura e o seu papel na reorganização do espaço habitado na atualidade.

O encontro “Cidade inventada-Cidade continuada”, decorrido em junho passado, lançou uma nova linha de ação que expressa a vontade de a Fundação se tornar um agente ativo no conhecimento da cidade herdada, no processo de transformação e construção da obra de arte coletiva que é a cidade. O convite a Nuno Valentim para ser o próximo conferencista deste ciclo, desafiado a responder à questão, “que contributo o da arquitetura para o património?”, representa mais um passo na consolidação desse sentido.

Nuno Valentim, arquiteto e docente, foi então um dos oradores convidados, enquanto projetista da obra de reabilitação do Mercado do Bolhão, mas foi também coautor, juntamente com Francisco Barata e José Luís Gomes, no âmbito da sua colaboração no CEFA-FAUP, do projeto de recuperação do edifício projetado por Marques da Silva para a rua Alexandre Braga, projeto esse, desenvolvido para a Fundação Marques da Silva, que virá a ser distinguido com o Prémio João Almada em 2014.

Uma presença e participação que se constitui também e simbolicamente em evocação e homenagem a Francisco Barata (1950-2018), arquiteto, investigador, professor e ex-diretor da Faculdade de Arquitetura, autor de importantes contributos para a compreensão da forma urbana portuense e profissionalmente empenhado em experiências de renovação urbana e teorias de intervenção arquitetónica, que, de forma imprevista, recentemente nos deixou.

 

Ver Cartaz 
Ver Folha de sala
Ver Álbum fotográfico

 

Ver Reportagem TVU

 

Nota Biográfica
Nuno Valentim Lopes (Porto, 1971) é licenciado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (1995), Mestre em Reabilitação do Património Edificado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (2007) e Doutor em Arquitectura (FAUP, 2016) com a tese Projecto, Património Arquitectónico e Regulamentação Contemporânea – Sobre práticas de reabilitação no património corrente.
Exerce atividade profissional independente desde 1994 e colaborou com José Gigante entre 1995 e 2004.
É docente na FAUP desde 2005 no Mestrado Integrado em Arquitetura e desde 2017, com Francisco Barata, no CEAPA - Curso de Estudos Avançados em Património Arquitectónico. Pertence ainda ao Conselho Científico da FAUP e à Comissão Científica do Programa de Doutoramento em Arquitetura da FAUP.
Integra actualmente a comissão técnico-científica da Resolução do Conselho de Ministros Reabilitar como Regra.
É um dos autores do Manual de Apoio ao Projecto de Reabilitação de Edifícios Antigos coordenado pelo Prof. Vasco Peixoto de Freitas (2012).
Entre outras obras é autor dos projectos de reabilitação no Jardim Botânico do Porto, da ampliação do Lycée Français International Porto, do Centro Comunitário São Cirilo, da sede da Conferência Episcopal Portuguesa e do projeto de Restauro e Modernização do Mercado do Bolhão.

Principais prémios/nomeações:
2018 Nomeação para o Prémio Mies Van Der Rohe  - Prémio Europeu de Arquitetura Contemporânea – com as obra de reabilitação realizadas no Jardim Botânico do Porto: Casa Andresen/Galeria da Biodiversidade, Casa Salabert/E-learning café e estufas de Franz Koepp;
2017 Prémio IHRU/Nuno Teotónio Pereira e Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, com a obra de reabilitação do Albergues Noturnos do Porto (em co-autoria com Frederico Eça e Margarida Carvalho);
2014 - Prémio João de Almada: do Projecto de Reabilitação do Edifício de 1928 da Rua Alexandre Braga, autoria do Arq José Marques da Silva (em co-autoria com Francisco Barata e José Luis Gomes - CEFA-UP).

 

 

 

 

 


Conferência Marques da Silva 2017
La memoria del Orden. Algunos Proyetos
José Ignacio Linazasoro

26 de outubro | 18h30 | Auditório Fernando Távora - FAUP



J. I. Linazasoro, Centro Cultural Escuela Pías de Lavapiés, 1996-2004. Foto de Míguel de Guzmàn

 

A edição 2017 das Conferências Arquiteto José Marques da Silva vai ter como orador convidado, José Ignacio Linazasoro, professor da Escola Tecnica Superior de Arquitectura de Madrid, arquiteto com obra internacionalmente conhecida e publicada, um dos membros fundadores, juntamente com Rodrigo Sánchez, da sociedade Linazasoro&Sánchez Arquitectura SLP, sedeada em Madrid. A apresentação do conferencista estará a cargo de Madalena Pinto da Silva, professora da Faculdade de Arquitectura da UP.

Sinopse

Considero que a minha trajectória como arquiteto se fundamenta também num pensamento teórico estreitamente vinculado aos meus projetos. Isto expressa-se particularmente no meu ensaio “La memoria del orden”, onde, porém, não falo dos meus projetos mas sim das minhas referências, ou nos recentes “Textos críticos”.

A relação entre arquitetura e cidade e permanências constitui o suporte teórico de toda a minha trajectória. A partir desse ponto de vista, referir-me-ei a alguns dos meus projetos mais significativos, mais ou menos recentes, mas que melhor se relacionam entre si e com as formulações teóricas a que aludi.



A entrada é livre, apenas sujeita à lotação da sala.

As Conferências Arquiteto José Marques da Silva, organizadas pela Fundação Marques da Silva, são de periodicidade anual e contam com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e da OASRN. Esta iniciativa está integrada no programa do Mês da Arquitectura.


Nota Biográfica

José Ignacio Linazasoro nasceu em San Sebastián, em 1947, e é um dos mais conceituados arquitetos da sua geração em Espanha. Formou-se nas Escolas de Pamplona e Barcelona, onde veio a doutorar-se em 1980. Lecionou em San Sebastián, Valladolid e Madrid, assim como em várias universidades internacionais, entre as quais, o Politécnico de Milão, a IUAV ou o Polytechical of Central London. É frequentemente convidado como conferencista, tanto na Europa como na América.
 

É autor de livros de referência, como "La memoria del orden. Paradojas del sentido de la arquitectura moderna" ou "Evocando La Ruina: Sombras Y Texturas". Obras como as habitações em Mendigorría (Navarra, 1980), o Restauro da Igreja de Santa Cruz de Medina de Rioseco (Valladolid, 1988), a Biblioteca da UNED (Madrid, 1993), o Convento de Santa Teresa (San Sebastián, 1991), a Reabilitação do Hospital del Rey (Melilla, 1996), a Reabilitação da Igreja de San Lorenzo (Madrid, 2001), 0 Centro Cultural Escuelas Pías de Lavapiés (Madrid, 2004), o edifício Urban Galindo (Baracaldo, 2007), remodelação da Praça e enquadramento da Catedral de Reims (2008), ou mais recentemente, a Praça dos Amantes (Teruel, 2014)  ou a Ampliação do Edifício do Conselho do Departamento e Centro de Congressos em Troyes (2014), entre outras, trouxeram-lhe o reconhecimento internacional, com várias monografias publicadas.

 
Ver Cartaz  e folha de sala
Ver Álbum fotográfico 
Ver Registo Vídeo

 

 

 

 

 

Teixeira Lopes e Pinto do Couto: escultores portugueses e suas obras no Brasil
Conferência de José Francisco Alves
27 de abril, Palacete Lopes Martins, 18:00


Teixeira Lopes, Monumento ao General Bento Gonçalves. © José Francisco Alves
 

 

A Fundação Marques da Silva vai acolher, no próximo dia 27 de abril, no Palacete Lopes Martins, José Francisco Alves, Professor de Escultura do Atelier Livre de Porto Alegre (Brasil), Doutor em História da Arte e membro do ICOM, AICA e ICOMOS, para uma conferência sobre a obra desenvolvida no Brasil por António Teixeira Lopes (1866-1942) e Rodolfo Pinto do Couto (1888-1945).

Na sessão, serão apresentados os resultados da pesquisa em curso sobre as obras destes dois grandes escultores portugueses do final do Séc. XIX e princípios do Séc. XX. Formados no Porto, ambos prosseguiram os seus estudos em Paris, tendo posteriormente encetado carreiras artísticas de sucesso, com passagem pelo Brasil. De Teixeira Lopes, este país possui duas obras monumentais, o Monumento ao General Bento Gonçalves, inaugurado em 1909 na cidade de Rio Grande, extremo sul, e as Portas Monumentais da Igreja da Candelária, no centro da cidade do Rio de Janeiro, inauguradas no mesmo ano. Por sua vez, Pinto do Couto, que viveu no Brasil cerca de 25 anos e foi casado com a escultora brasileira Nicolina Vaz de Assis, manteve um movimentado e influente ateliê no Rio de Janeiro, antes de regressar ao Porto. Das numerosas obras realizadas, destaca-se o Monumento Tumular do Senador Pinheiro Machado, em Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul.

Refira-se que Teixeira Lopes, durante a sua estadia em Paris, “n´esse centro de visões estonteadoras, n´esta grande Escola Internacional”, iniciou com José Marques da Silva e Veloso Salgado, uma relação de amizade e de cumplicidade artística que haveria de prolongar-se durante o resto das suas vidas, estando a sua obra documentada nas coleções de escultura e na correspondência epistolar pertencentes ao acervo de Marques da Silva, assim como presente em alguns dos edifícios projetados por este arquiteto para a cidade do Porto.

Entrada livre, sujeita à lotação do espaço
Palacete Lopes Martins, Pr. do Marquês de Pombal, nº 30, Porto

Ver álbum fotográfico

 

 

 

 

Conferência Marques da Silva 2016
Poética Urbana. Aproximações à ideia e à imagem da cidade através da palavra literária
Marta Llorente Dìaz

24 de outubro | 18h30 | Auditório Fernando Távora - FAUP

 

 

 

"Poética Urbana. Aproximações à ideia e à imagem da cidade através da palavra literária", por Marta Llorente Díaz, vai ser a décima Conferência Marques da Silva, uma iniciativa da Fundação Marques da Silva que conta, desde a primeira edição, com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Realiza-se no Auditório Fernando Távora e está integrada no programa ARQ OUT | Mês da Arquitectura 2016.  A entrada é livre, sujeita apenas à lotação do espaço.


Sinopse
Sob o termo genérico “poética urbana” referimos o conjunto de textos que possuem uma intenção estética relativa ao contexto urbano; por outras palavras, à literatura urbana. Consideramos a palavra literária vinculada ao espaço urbano porque revela a realidade de um modo distinto do de outros sistemas de representação. A sua proximidade ao sujeito da experiência convertem-na em algo necessário para a compreensão dos espaços onde se movimenta a vida. A cidade tem sido criada e recriada verbalmente, poeticamente, e estas imagens literárias acompanham a nossa experiência real. Os relatos e a poesia mostram-se necessários para desvelar e afirmar os últimos motivos da realidade urbana. Através da literatura, abordaremos a cidade na sua formação histórica, mas também os espaços da suburbanidade, a periferia, os bairros degradados, os múltiplos campos que as cidades reservam nas suas capas de sentido, geram em seu redor, negam na aparência, mas fundam por necessidade.

Propõe-se uma breve aproximação à formação da “poética” urbana, a partir da era da industrialização, compreendida como diálogo com a realidade da cidade contemporânea, até ao presente. Abordar-se-á a formação das primeiras poéticas que mostram uma cidade real, como meio e argumento, desde princípios do século XX (Ezra Pound, T. S. Eliot), procurando e expondo as raízes desta proximidade entre literatura e espaço habitado. Focaremos, em particular, a tradição literária em língua castelhana (Federico García Lorca, Juan Goytisolo, Jaime Gil de Biedma, Luis Martín Santos, Paco Candel, Joan Margarit, Javier Pérez Andujar), mas observando as suas relações com a literatura europeia. O objetivo será debater a imagem da cidade, considerada como uma ideia universal ou como um lugar concreto do mundo. Abriremos o debate para a aproximação a outras literaturas e outras cidades que formam os espaços em que se tem evoluído a nossa vida e a nossa cultura.
 

 

Nota biográfica

Marta Llorente Díaz, natural de Barcelona, é arquiteta (1982), doutorada pela Universidade Politécnica da Catalunha (1992). Estudou Belas Artes, especialidade de Pintura, pela Faculdade de Belas Artes de Barcelona (1986), e Música, piano e harmonia, no Conservatório do Liceo (1977).
É Professora titular do Departamento de Composición Arquitetónica da Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona (UCP), onde, entre várias ações docentes e de investigação, coordena o grupo de investigação “Arquitectura, ciutat i cultura. Una perspectiva antropológica de l´espai construit i habitat”. Como investigadora, conferencista ou curadora de exposições, tem colaborado com vários instituições culturais e universidades, espanholas e internacionais. Escreve regularmente em periódicos e revistas especializadas sobre teoria e crítica arquitetónica, e sobre a relação entre as artes. É autora e co-autora (com Eugenio Trías e Pedro Azara) de bibliografia de referência no âmbito da arte, da antropologia e da arquitectura, entre outros: "El saber de la arquitectura y de las artes", Barcelona, UPC, 2000;  "Topología del espacio urbano. Palabras, imágenes y experiencias que definen la ciudad", Madrid, MLL Ed., 2014; "La ciudad: huellas en el espacio habitado", Barcelona, Acantilado, 2015.
 

Ver cartaz

Ver síntese e álbum fotográfico da sessão

Ver Video da conferência

 

 

 

 

 

 

No Centenário da Avenida - Módulo 2: Conferências-debate
Do plano abstrato à cidade real



É o segundo módulo do programa de evocação do "Centenário da Avenida da Cidade" e pretende pôr em evidência a importância da conceção original para a avenida e a sua evolução no contexto específico da cultura portuense. A questão do ponto de partida acabou por estabelecer a caraterização espacial do Centro Cívico do Porto, transformando um plano abstrato de intenções formais como foi o estudo de Barry Parker de 1915, numa cidade real ao serviço do povo. Quais foram as circunstâncias e a natureza dos confrontos de ideias havidos nas primeiras décadas do século XX, que fixaram o desenho concreto da Avenida de hoje. As sessões, moderadas por Domingos Tavares, decorrem no Café-Concerto do Teatro Rivoli do Porto e são de entrada livre.


19 de setembro, às 19:00:
“A teoria de Centro Cívico em Raymond Unwin e o projecto de Barry Parker para o Porto”. Professor Andrew Saint e Professor Rui Tavares.

Como se explica que, sendo a comunidade artística portuense fortemente marcada pela formação francesa das Beaux-Arts, em total sintonia com os sectores liberais e burgueses que delinearam o quadro ideológico da República, se tenha recorrido a um projectista inglês? E como compreender a natureza da resistência na concretização desse projeto por parte de José Marques da Silva, José Teixeira Lopes, António Correia da Silva, ou mesmo as críticas de Gaudêncio Pacheco, o engenheiro chefe dos serviços municipais? Estas e outras questões serão debatidas na primeira sessão onde Andrew Saint, coordenador geral do projeto Survey of London, e Rui Tavares, historiador e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, se encontram para abordar a ideia de Centro Cívico no conceito teórico de Raymond Unwin e a proposta do seu companheiro de grupo, Barry Parker, para a concretização do novo centro cívico da cidade do Porto.


A comunicação de Andrew Saint teve como título, Raymond Unwin, «Barry Parker and British Town Planning of the Early Twentieth Century in Theory and Practice», e a de Rui Tavares,  «Barry Parker e o Plano do Centro Cívico – um programa político municipal republicano para a refundação urbana da Cidade do Porto».

 

Ver álbum fotográfico e síntese da sessão
Ver Cartaz 

Nota: a intervenção de Andrew Saint não será traduzida


Ler Texto de Andrew Saint, An English Architect - Planner in Oporto

 



26 de setembro, às 19:00: "A ideologia do boulevard: das experiências de Paris à refundação". Professora Elisabeth Essaïan e Professor Manuel Mendes.
Sob o impulso da expansão industrial na Alemanha e a compreensão da necessidade do planeamento geral das cidades, cresce na Europa a ideologia urbanística e a generalização dos modelos de vanguarda na reconstrução e expansão das cidades. Um certo culto das experiências de Paris sob o padrão dos boulevards foi largamente experimentado na refundação das cidades europeias e enaltecido pela cultura portuense. A partir de uma apresentação do exemplo de Moscovo, propõe-se a reflexão sobre outras analogias. Como, por exemplo, a semelhança entre a Praça Stanislau, em Praga, e a Avenida das Nações Aliadas, no Porto, instalada no terreno poucos anos mais tarde.

 

A comunicação de Elisabeth Essaïan tem como título, «From bulvar to magistral. Crossed history of words and forms in Russian and soviet urban design», e a de Manuel Mendes, «Na terra da pedra, fazer obra de massa. "Que não se acoime de utopia tudo quanto há de mais realidade"»


Ver álbum e síntese da sessão
Ver Cartaz

Nota: a conferência de Elisabeth Essaïan, “From bulvar to magistral. Crossed history of words and forms in Russian and soviet urban design”, será proferida em inglês.

 

Ler texto de Elisabeth Essaïan, From bulvar to magistral. Crossed history of words and form in Russian and soviet urban design

 




3 de outubro, às 21h30: “A Avenida da Cidade como síntese urbana do republicanismo portuense”. Professor Paulo Pereira e Professor Domingos Tavares.
Como se transformou um plano abstrato de intenções formais, por vezes contraditórias, numa cidade real ao serviço do povo? No confronto entre os planos, os projetos e a realidade, Paulo Pereira e Domingos Tavares propõem-se refletir sobre as práticas culturais na Baixa do Porto e o que acabou por definir o centro cívico. Na Avenida das Nações Aliadas temos um exemplo desse entusiasmo pela definição de uma imagem de carácter monumental com recurso ao tratamento arquitetónico das fachadas que configurariam o progresso e as perspetivas quanto às futuras dinâmicas urbanas, onde à proposta homogénea de matriz britânica do traçado urbano original, se veio sobrepor a heterogeneidade de matriz francesa impulsionada pelos nossos arquitectos de formação Beaux-Arts.

A comunicação de Paulo Pereira tem como título, «A direito: trilhos, caminhos, ruas e avenidas».
 

Ver álbum e síntese da sessão
Ver Cartaz


Consulta Programa geral

 
 

Notas Biográficas

Andrew Saint
É desde 2006 o Coordenador Geral do Survey of London, um projeto dedicado ao levantamento da história dos edifícios londrinos. Formado em Estudos Clássicos, pela Universidade de Oxford (1965-9) e doutorado no Instituto Warburg, da Universidade de Londres, em 1971, Andrew Saint iniciou a carreira docente na Universidade de Essex. Um interesse especial pela História da Arquitectura, em particular do século XIX, levaram à sua nomeação para editor do projeto Survey of London, cargo que ocupou entre 1974 e 1986. O primeiro livro publicado, uma biografia do arquitecto Norman Shaw, foi lançado em 1976 (reeditado em 2010), seguindo-se The image of the Architect (1983); Towards A Social Architecture: The Role of England in Post-War School-Building (1987); e Architect and Engineer: A Study of Sibling Rivalry (2007). Entre 1995 e 2006, foi professor do Departamento de Arquitectura da Universidade de Cambridge. Com o regresso ao projeto Survey of London, em 2006, a sua pesquisa tem sido maioritariamente centrada na continuidade das séries editoriais, tendo sido publicados 6 volumes, desde 2008, num total de 50 volumes. A área de investigação histórica tem vindo a incidir sobre a temática das cidades, sob todas as suas manifestações, edifícios escolares e profissões ligadas à construção.


Rui Tavares
Aveiro, 1957. Historiador e Doutorado em História da Arte Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto com a Dissertação "Recentrocidade. Memória e Refundação Urbana. Território. Cidade. Arquitectura" (2013). Professor Auxiliar da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em História da Arquitectura Antiga e Medieval e História da Cidade do Porto. Investigador do Centro de Estudos Arquitectura e Urbanismo da Universidade do Porto – Faculdade de Arquitectura (CEAU-FAUP/FCT), no grupo PACT (Património da Arquitectura, da Cidade e do Território) e no grupo AMH (Arquitectura e Modos de Habitar). Integrou a Comissão organizadora do IV SLBCH (Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica (Porto, 2011) e a Comissão Científica da “I Conferência Filantropia e Arquitectura - Periodo 1880-1920” na CITAD- Universidade Lusíada (Lisboa 2012). Membro do IPHS (International Planning History Society - Londres) e Membro da Comissão Permanente do CIHEL (Congresso Internacional de Habitação em Espaço Lusófono - Lisboa). Entre as principais publicações - “Da Avenida da Cidade ao Plano para a Zona Central: a intervenção de Barry Parker no Porto”(Porto-CMP,1985-1986).


Domingos Tavares (moderador e comissário do programa)
Domingos Tavares, arquitecto, professor jubilado, é actualmente coordenador do Grupo de Investigação Atlas da Casa do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Desenvolve estudos sobre o tema “Erudito e Popular na Arquitectura Portuguesa”.
Como projectista é autor de diversos trabalhos de arquitectura, sendo a sua obra apresentada em várias exposições e publicações especializadas.
Publicou os livros Da rua Formosa à Firmeza (ESBAP, 1983), Miguel Ângelo, a aprendizagem da arquitectura (FAUP, 2002), Francisco Farinhas, realismo moderno (DAFNE, 2007), a colecção de Sebentas de História da Arquitectura Moderna (23 Vol. DAFNE, 2004/2014) e Casas de Brasileiro – erudito e popular na arquitectura dos torna-viagem (DAFNE, 2015).

 

Elisabeth Essaïan, arquiteta doutorada pela Universidade de Paris, em 2006. Foi investigadora convidada do Centre Canadian d´Architecture (CCA), em 2011, e bolseira, entre 2008-2009, na Villa Medicis. A sua tese de doutoramento, Le Plan général de reconstruction de Moscou de 1935. La ville, l’architecte et le politique. Héritage culturel et pragmatisme économique, orientada por Jean-Louis Cohen, foi duplamente reconhecida com a atribuição do prémio para a melhor tese com a “cidade” como tema (PUCA/APERAU/CERTU) e do prémio da Academia de Arquitetura francesa. É professora de arquitetura e urbanismo na Ecole Nationale Supérieure d´Architecture de Paris-Belleville (ENSAPB) e investigadora residente no laboratório Unité mixte de recherche “Architecture Urbanisme Société : Savoir Enseignement Recherche” (IPRAUS/UMR AUSser). Também lecciona na Faculdade de Ciências Políticas de Paris (Sciences Po), e no Smith College (Reid Hall, Paris). A investigação que tem vindo a desenvolver foca-se nos processos de planeamento urbano, relações culturais entre os profissionais e personagens políticos, a terminologia das cidades soviéticas e a sua representação visual. Os principais tópicos das suas últimas experiências passam pelos processos criativos e cartográficos. Recentemente publicou Secrets de fabriques (2014), foi curadora da exposição "Explorations figuratives. Nouvelles lisibilités du projet" (ENSAPB, 2015). Está a preparar uma nova exposição, "Lina Bo Bardi: enseignements partagés", em colaboração com Sapienza, Universidade de Roma, e o Institutto Bo Bardi, a inaugurar em 2017.

Manuel Augusto Soares Mendes, arquitecto, docente na Faculdade de Arquitectura da U.Porto na área da História e Teoria da Arquitectura, desenvolve trabalho de investigação na área da arquitectura do século XX, nomeadamente a componente portuguesa e portuense, tendo publicado regularmente trabalhos escritos em revista e livro. Projetou, programou, (co-)organizou acontecimentos relativos ao património e conhecimento da arquitetura. Entre 1992 e 2006, reorganizou e dirigiu o Serviço de Editorial da FAUP. Entre 2001 e 2008, integrou o Conselho Editorial da Editora da U. Porto. Desde 1998, é o docente responsável pelo Centro de Documentação de Urbanismo e Arquitectura da FAUP.

 

Paulo Pereira Historiador de Arte, Mestre em História de Arte pela Universidade Nova de Lisboa e Doutor em História da Arquitectura pela FAUTL. Participou como conferencista convidado em diversos seminários, palestras e congressos em Portugal, Espanha, França (CNRS), Alemanha, Itália, EUA e Brasil e colaborou e diversos catálogos relativos a temas da disciplina. Organizou diversas exposições em Portugal e no estrangeiro.. Foi Vice-Presidente do IPPAR entre 1995 e 2002. Dirigiu a História de Arte Portuguesa, em 3 vols, do Círculo de Leitores. Publicou a obra, em 8 vols. Lugares Mágicos de Portugal, no Círculo de Leitores, 2004-2005. Foi co-director da exposição Neue Welten (Novos Mundos), mostrada no Deutsche Historisches Museum, de Berlim. Publicou o volume Arte Portuguesa. História Essencial (Temas & Debates, 2011,). Publicou também a colecção Decifrar a Arte Portuguesa (Círculo de Leitores, 8 vols, 2014) É professor auxiliar da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa.

 

 

 

 

 

Conferência Marques da Silva 2015
Casas Ermas. A arquitetura dos irmãos Rebelo de Andrade e os discursos do moderno
por Luís Soares Carneiro

21 de outubro | 18h30 | Auditório Fernando Távora - FAUP

 


Estrada da vida, Fernando Taborda, 1954 © Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado

 

A Fundação Marques da Silva, em parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, promove anualmente a realização de uma conferência dedicada a temas da área da cultura Arquitectónica e Artística, domínios privilegiados de ação da instituição. Decorrem invariavelmente no Auditório Fernando Távora da FAUP, durante o mês de outubro, mês de nascimento da figura tutelar e agregadora do ciclo, o  Arquiteto José Marques da Silva,

 

A edição de 2015, a nona desde o seu lançamento, tem como conferencista convidado o Arquiteto Luís Soares Carneiro, Professor na FAUP e autor da monografia A Estranheza da Estípite. Marques da Silva e o(s) Teatro(s) de S. João, publicada pela Fundação Marques da Silva. A conferência terá lugar no próximo dia 21 e tem como tema Casas Ermas. A arquitetura dos irmãos Rebelo de Andrade e os discursos do moderno. Nela será abordada a obra de dois arquitetos, os irmãos Rebelo de Andrade, que, embora muito ativos na primeira metade do século XX, foram depois esquecidos e apagados dos livros de arquitetura por uma historiografia parcial. Uma leitura sem nostalgia por uma época perdida, sem espírito conservador, sem propósitos revisionistas, que procura entender a arquitetura de um outro tempo para poder reavaliar e reconsiderar as categorias críticas e historiográficas atuais. E, por essa via, poder olhar de modo mais sábio para nós próprios.  Inserida na programação da ARQ OUT | Mês da Arquitectura 2015, contará com a presença da Presidente do Conselho de Administração da FIMS, Professora Maria de Fátima Marinho, e do Diretor da FAUP, Professor Carlos Guimarães.


Entrada livre, sujeita à lotação do espaço
 

Sinopse
A Conferência “Casas Ermas. A arquitetura dos irmãos Rebelo de Andrade e os discursos do moderno” apresenta a obra de dois arquitetos que, embora muito ativos na primeira metade do século XX, foram depois esquecidos e apagados dos livros de arquitetura por uma historiografia parcial. 
As suas obras evocam uma época na qual as regras de composição, o talento artístico, o saber artesanal, e sobretudo a consciência de uma continuidade desejada com o passado, os fazia procurar uma modernidade compatível com a cultura portuguesa da época. Vivendo entre um saber apoiado num passado que acreditavam ainda válido e produtivo e a emergência revolucionária de uma modernidade cujo desajuste era notório com a realidade portuguesa, defenderam um ramo da modernidade que a história mostraria, mais tarde, improcedente. Casas ermas, portanto.
As razões da historiografia que os esqueceu e a necessidade da sua crítica e revisão, assim como a colocação de hipóteses para uma diferente instrumentação teórica suscetível de enquadrar, de um novo modo, arquiteturas “outras”, completam a apresentação.
Sem nostalgia por uma época perdida, sem espírito conservador, sem propósitos revisionistas, procura-se entender a arquitetura de um outro tempo para poder reavaliar e reconsiderar as categorias críticas e historiográficas atuais. E, por essa via, poder olhar de modo mais sábio para nós próprios.


Nota Biográfica

Luís Soares Carneiro é Arquiteto e Professor Associado na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Licenciado pela ESBAP em 1987 e Doutorado pela UP em 2003. Projeta, ensina, escreve, faz conferências e participa em encontros nacionais e internacionais. Trata sobretudo de temas relacionados com Teatros, Habitação Colectiva e História da Arquitetura Portuguesa.

 

Organização: Fundação Marques da Silva
Apoio: Faculdade de Arquitectura da UP
Apoio à divulgação: OASRN/ARQOUT Mês da Arquitectura 2015
 

Ver Cartaz
Consultar folha de sala

Ver Síntese e Álbum fotográfico da Conferência
 

Ver Vídeo Parte 1 e Parte 2

 

 

 

 

Una pequeña casa. 1923, por Josep Quetglas
Casa-Atelier José Marques da Silva

27.09.2015 | 18:00h | Entrada livre

 


© fotografias de Ana Luísa Rodrigues

 

A Pequena Casa de Corseaux, projetada em 1923 por Le Corbusier (1887-1965) e Pierre Jeanneret (1896-1967), próxima de Vevey, nas margens do Lago de Genebra, foi habitada pelos pais de Le Corbusier e, posteriormente, pelo seu irmão, o músico Alfred Jeanneret. Atualmente acolhe a Associação Villa «Le Lac»  Le Corbusier. Por ocasião dos 50 anos da morte de Le Corbusier, homenageia a sua visão e génio expondo 10 propostas para extensão do projeto original da autoria de alguns dos mais importantes arquitetos contemporâneos, entre eles Álvaro Siza.

Josep Quetglas (Mallorca, 1946), arquiteto, catedrático da Escola T.S. d´Arquitectura de Barcelona até à sua jubilação. Publicou numerosos livros e artigos sobre arte e arquitetura moderna, cite-se "Der gläserne Schrecken. Imágenes del Pabellón de Alemania" (2001), e muito particularmente sobre Le Corbusier, entre os quais, "Les Heures Claires. Proyecto y arquitectura en la villa Savoye de Le Corbusier y Pierre Jeanneret" (2008).

 

Conferência integrada no programa das Jornadas Europeias do Património 2015: Casa-Atelier José Marques da Silva: recomeçar na continuidade

 

 

 

 Conferência Marques da Silva 2014

 Arquitectura, a Praça da Autonomia e o Boulevard da Epistemologia
José António Bandeirinha

 

 

A oitava edição das Conferências Marques da Silva, uma iniciativa anual da  Fundação Marques da Silva, em parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto,  terá como conferencista o Professor José António Bandeirinha que se propõe refletir sobre as bases da autonomia da Arquitectura, convocando, para esse fim, argumentos de ordem histórica que possam ajudar  a perspectivar o entendimento da sua circunstância contemporânea. A conferência tem como título Arquitectura, a Praça da Autonomia e o Boulevard da Epistemologia.

A entrada é livre, estando condicionada à lotação do espaço

 

Download do Cartaz
Download da Folha de Sala


Ver vídeo
 

Download do discurso da Presidente do CA da Fundação

 

 

 

Conferência Marques da Silva 2013

Arquitectura e Património – Dos tempos da História ao tempo do Projecto

Gonçalo Byrne

 


Gonçalo Byrne, Teatro Thalia, Lisboa, 2008. Fotografia de Duccio Malagamba.

 

Data 24 de outubro de 2013
Local Auditório Fernando Távora | Faculdade de Arquitectura da UP
Hora 18h30

 

Entrada livre sujeita à lotação da sala

 

A sétima edição das Conferências Marques da Silva, anualmente organizadas pela Fundação Marques da Silva, com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, realiza-se no dia 24 de outubro, no auditório Fernando Távora, da FAUP, tendo como conferencista o arquiteto Gonçalo Byrne. O tema proposto será uma reflexão sobre Arquitectura e Património - Dos tempos da História ao tempo do Projecto.

 

Sinopse

A condição transitória do projecto entre uma preexistência e outra necessariamente pós, tão presente hoje em dia na regeneração arquitectónica e urbana, poderá, em última análise, pôr em evidência a dimensão de reciclagem inerente ao próprio acto arquitectónico, se entendermos arquitectura como acto transformador, quer seja um sítio na paisagem, um vazio urbano ou um edifício existente. Entre o exclusivo restauro, que consolida as estruturas edificadas dum longínquo passado sem conseguir repôr as condições de vida que lhe deram origem, e a total e exclusiva inovação igualmente impossível pelas condições de raiz temporal da arquitectura, prefiro o termo albertino de “istituitio”, ou seja, a arquitectura como acto refundador.

 
Consultar biografia e resumo curricular de Gonçalo Byrne

Consultar folha de sala

Ver video

 

Para efeitos de admissão na Ordem dos Arquitectos, esta conferência equivale a um crédito de "Formação em Matérias de Arquitectura".

 

Apoios:

 

 

 

 Marques da Silva: Imagens e Memórias | Ciclo de conferências

 

 

 

Para aprofundar algumas das perspetivas de leitura e de interpretação suscitadas pela exposição de pintura "Marques da Silva: Imagens e Memórias" vai realizar-se um ciclo de conferências que conta com as intervenções de Domingos Tavares, Leonor Soares e Artur Vasconcelos.

As conferências, de entrada livre, realizar-se-ão durante o mês de fevereiro, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, às 21h30, de acordo com o seguinte calendário:
 
7 de fevereiro:
          Porto 1900: arquitectura e cidade na transição do século
          Domingos Tavares

14 de fevereiro:
           Tempos da Artes Plásticas nos tempos de Marques da Silva: alterações da ordem
           Leonor Soares
 
21 de fevereiro:
           Da investigação ao projeto de exposição: notas de um percurso
          Artur Vasconcelos

 


 Jornada de Conferências Fernando Távora Modernidade Permanente

 

22.11.2012

 

No âmbito do projecto Fernando Távora Modernidade Permanente, terá lugar, no Auditório Nobre da Universidade do Minho, Campus de Azurém, em Guimarães, uma jornada de Conferências sobre o legado de Fernando Távora. Foram convidados cinco conferencistas, que nos irão dar uma perspectiva diversificada e abrangente acerca uma obra complexa e rica de referências, como o foi a de Távora. William Curtis, Manuel Mendes, Jorge Figueira, Max Risselada e Daniele Vitale irão abarcar os diferentes contextos espaciais e temporais em que essa obra foi desenvolvida, do local ao internacional, dos tempos decididos do Movimento Moderno aos tempos de revisão e reformulação das premissas que lhe eram subjacentes.


Comissário

Alexandre Alves Costa

Hora e local
22 Novembro, 09h30 – 19h00
Auditório Nobre da Universidade do Minho
Campus de Azurém, Guimarães

Preço
Geral – €5.00
Estudantes – €2.50

Registo e Participação nas conferências

CONFERÊNCIAS ESGOTADAS
 

Programa

0930 Abertura, Vincenzo Rizo, João Serra, Alexandre Alves Costa
1000 Daniele Vitale, apresentado por Madalena Pinto da Silva
1100 Coffee Break
1130 Manuel Mendes, apresentado por Ivo Oliveira
1230 Lançamento do catálogo “Fernando Távora: Modernidade Permanente”, apresentado por José António Bandeirinha.

1300 Almoço

1430 Jorge Figueira, apresentado porSergio Fernandez
1530 Coffee Break
1600 Max Risselada, apresentado por Nelson Mota
1700 William Curtis, apresentado por Francisco Ferreira
1800 Encerramento por Álvaro Siza

Para efeitos de admissão na Ordem dos Arquitectos, as Conferências estão creditadas com 4 créditos em "Formação em Matérias de Arquitectura


Nota: A lotação está esgotada, mas em três auditórios da Universidade é possível assitir à transmissão em tempo real

 


Conferência Marques da Silva 2012

Architectural research from a canadian point of view

Alexis Sornin

 A edição 2012 do ciclo de Conferências Marques da Silva, a proferir por Alexis Sornin, Diretor do Centro de Estudos do Canadian Centre for Architecture, tem como título “Architectural research from a canadian point of view”.

Decorre no próximo dia 11 de outubro, pelas 18h30, no Auditório Fernando Távora da Faculdade de Arquitectura da U.Porto, e constitui uma oportunidade privilegiada para refletir sobre a investigação arquitetónica que tem vindo a ser desenvolvida na América do Norte e Europa Ocidental a partir de uma perspetiva construída com base no trabalho realizado pelo Canadian Centre for Architecture.

Este ciclo de conferências, de periodicidade anual, é promovido pela Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva com o apoio da Faculdade de Arquitectura da U. Porto.
Para efeitos de admissão na Ordem dos Arquitectos, esta conferência equivale a um crédito de "Formação em Matérias de Arquitectura".

A conferência será proferida em inglês, sem tradução
Entrada livre, limitada à capacidade da sala.

Consultar folha de sala
Ver vídeo



Apoios:

 

 

 

O legado do arquiteto Marques da Silva: ensino, projeto e obra

 

 

A Arquitetura de José Marques da Silva conformou o espaço urbano da cidade do Porto no início do século XX através de um conjunto de equipamentos e espaços que lhe deram um  carácter cosmopolita e europeu. Neste sentido, o centro do Porto é ainda hoje a cidade de Marques da Silva onde se relaciona a tradição com a modernidade da sociedade burguesa.

É possível compreender a importância das suas obras na construção da cidade e da sociedade através do seu legado, que não se confina apenas aos espaços construídos, mas também ao vasto conjunto documental do seu atelier e ao método de ensinar que fundou a Escola do Porto.
Preservar a Arquitetura de Marques da Silva é também preservar o seu legado nestas três dimensões: ensino, projeto e obra.

 

 

Conferência Marques da Silva 2011

Anamnese: arquiteturas imaginadas e arquiteturas míticas em Portugal (1100-1600)

Paulo Pereira

 

 Local: Auditório Fernando Távora (FAUP), 18h00, entrada livre


A Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva, com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, promove mais uma edição do ciclo anual de Conferências Marques da Silva.   

Anamnese: arquiteturas imaginadas e arquiteturas míticas em Portugal (1100-1600)
, é o título da conferência deste ano, a proferir pelo Dr. Paulo Pereira, reconhecido especialista em iconologia da arquitetura e em temas de património.

Na mesma ocasião será feito o lançamento da edição da Conferência Marques da Silva 2010, O Liceu Alexandre Herculano, no Porto. História, projecto e transformação, da autoria do Professor Alexandre Alves Costa.


Consultar folha de sala
Ver vídeo



Para efeitos de admissão na Ordem dos Arquitectos, esta conferência equivale a 1 crédito de «Formação em Matérias de Arquitectura».

Apoios:

 

 

 

Conferência Marques da Silva 2010

O Liceu Alexandre Herculano, no Porto. História, projecto e transformação

Alexandre Alves Costa

Local: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, entrada livre

Ver vídeo


A Conferência Marques da Silva 2010, a proferir pelo Professor Arquitecto Alexandre Alves Costa, incidirá sobre os seguintes pontos:

1.A difícil procura da racionalidade. A Instrução Pública e o projecto moderno do liceu. Os novos programas.
É nos temas públicos e funcionais que Ventura Terra ou Marques da Silva, entre outros, darão as suas melhores contribuições distinguindo-se obras que articulam, no seu racionalismo inteligente, propostas de um funcionalismo mais actual. Os projectos para os liceus serão disso os melhores exemplos.

2. Leitura da evolução do pensamento de Marques da Silva através do processo de desenho na elaboração do projecto do Liceu Alexandre Herculano. Do projecto académico “fechado e objectual” para uma maior abertura e flexibilidade: a cidade, transformação e crescimento, melhores condições de conforto ambiental e vivencial.

3. O projecto de remodelação, conceitos e práticas. Os limites da intervenção transformadora. O edifício pré-existente como regra para o possível ou como fronteira para o impossível. Tipologia e morfologia, escala e linguagem, o terreno disponível, adaptação dos espaços internos. O novo como mais-valia não ostensiva em homenagem ao Mestre.

Na mesma ocasião será feito o lançamento da edição da Conferência Marques da Silva de 2009, «Documentos e Arquivos de Arquitectura», do Dr. João Vieira.


Nota: Para efeitos de Admissão na Ordem dos Arquitectos, esta conferência equivale a 1 crédito de «Formação em matérias opcionais de arquitectura»
 

 

 

Conferência Marques da Silva 2009

Documentos e Arquivos de Arquitectur: Princípios, estratégias, metodologias e instrumentos de gestão

João Vieira

 

Local: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, entrada livre.
Ver vídeo


A Conferência Marques da Silva 2009, a proferir pelo Dr. João Vieira, Director do SIPA-IHRU, incidirá sobre a temática dos arquivos de arquitectura.
A partir da problematização dos conceitos de documento e de arquivo de arquitectura, serão estabelecidas distinções e semelhanças relativamente a outras tipologias de documentos e arquivos, e aferidas expectativas e potencialidades da sua utilização por parte não só das respectivas entidades produtoras, como também das comunidades científica e dos cidadãos em geral. Serão também abordadas as políticas e estratégias, as metodologias e os instrumentos de processamento técnico e de gestão documental mais adequados tendo em vista a salvaguarda e a valorização organizacional e social dos documentos e arquivos de arquitectura, sendo sublinhada a importância que, nesse sentido, assumem a cooperação e o networking. A título de exemplo, será ainda apresentado o SIPA – Sistema de Informação para o património Arquitectónico, um dos mais relevantes sistemas de informação e documentação arquitectónica, urbanística e paisagística desenvolvidos pelo Estado
português.

 
Nota: Para efeitos de admissão na Ordem dos Arquitectos, esta conferência equivale a 1 crédito de «Formação em Matérias de Arquitectura»



Conferência Marques da Silva 2008

Arquitectos, Engenheiros, Antropólogos: Estudos sobre Arquitectura Popular no Séc. XX Português

João Leal

 

Local: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, entrada livre.

 

Como noutros países europeus, também em Portugal a arquitectura popular foi ao longo do século XX objecto privilegiado do interesse de intelectuais de extracção variada, especialmente de arquitectos e antropólogos. Esse interesse começou por se desenvolver entre os arquitectos ligados ao movimento da “Casa Portuguesa”, liderado por Raul Lino. Tendo-se iniciado na viragem do século XIX para o século XX, o movimento da “Casa Portuguesa” estava ainda activo nos anos 1940 e 1950 e foi central tanto nas tentativas do Estado Novo de impor um estilo arquitectónico oficial, como nos modos de representação do cultura popular promovidos pelo regime. As principais ideias defendidas pelo movimento da “Casa Portuguesa” viriam entretanto a ser postas em causa por outras aproximações ao tema, como aquelas que foram propostas: (a) pelo “Inquérito à Habitação Rural”, que teve lugar no início dos anos 1940 e foi conduzido por um grupo de engenheiros agrónomos preocupadas com as condições habitacionais existentes nas áreas rurais portuguesas; (b) pelo “Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal” organizado no final dos anos 1950 por um grupo diversificado de arquitectos modernos hostis ao movimento da “Casa Portuguesa”; (c) e, finalmente, pelas pesquisas conduzidas pelo antropólogo Ernesto Veiga de Oliveira e seus colaboradores no Museu de Etnologia entre 1950 e 1960.

O objectivo desta conferência é analisar as diferentes aproximações à arquitectura popular em cada um dos estudos mencionados como momentos de uma espécie de “guerra cultural” opondo diferentes visões da arquitectura e da cultura populares e distintos modos de tratamento do laço entre cultura popular e identidade nacional durante os anos do Estado Novo. As visões da ruralidade prevalecentes em cada uma destes estudos sobre arquitectura popular, as tensões entre nacionalismo e modernismo na percepção das virtualidades da arquitectura popular, as discussões sobre unidade e diversidade do país no tocante à arquitectura popular, são alguns dos tópicos que serão tratados com mais detalhe.

© fundação instituto arquitecto josé marques da silva / uporto / design: studio andrew howard / programação: webprodz