Este livro de Gonçalo Canto Moniz traça a lenta trajetória de construção de um paradigma de ensino moderno da Arquitetura em Portugal, entre 1931 e 1969, um período particularmente rico da sociedade portuguesa e da cultura arquitetónica internacional, a partir da análise do quotidiano das Escolas de Belas-Artes do Porto e de Lisboa, então responsáveis pela formação dos arquitectos portugueses. Relações, equilíbrios e tensões que marcam a crítica ao ensino Beaux-Arts e levam à construção, implementação e transformação do ensino moderno são abordados na perspetiva dos seus protagonistas: legisladores, políticos, professores, alunos e arquitetos, bem como dos espaços que os conformam e os refletem. Este processo de transformação está na génese da integração da Arquitectura na universidade, sendo uma ferramenta essencial para pensar a formação do arquitecto hoje.