Classificação de Bens Imóveis da autoria de Arquitetos representados na FIMS
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Fotografias FIMS
Os esforços desenvolvidos na abertura de processos de classificação de bens imóveis pretendem cumprir o objetivo de encontrar instrumentos de consciencialização e preservação de património cujo valor intrínseco e para a comunidade seja incontestável, um instrumento dissuasor de práticas que possam levar ao abandono, deterioração, dano ou, em última instância, mais grave, à sua perda irreparável.
Tendo a Fundação Marques da Silva um acervo onde se encontram representados nomes referenciais da arquitetura portuguesa - autores de obras cuja implantação define lugares e épocas, projetistas conceptual e materialmente afirmativos, construtores de espaços icónicos cuja vivência passada e presente, mesmo com perda da função inicial, os transforma em bens enriquecedores do património coletivo, necessariamente a salvaguardar - torna-se inerente ao desempenho da instituição, a utilização do conhecimento reunido sobre uma obra num sentido acionar mecanismos disponíveis de prevenção de risco e preservação patrimonial.
A abertura de processos de classificação de bens imóveis decorre de um contexto especifico que a despoleta, valida, impulsiona e/ou condiciona, por antecipação ou em reação a uma ação concreta. Uma forma de sensibilização das entidades oficiais responsáveis a ser, contudo, sempre encarada em complementaridade com outras iniciativas que visem a valorização desse património e o envolvimento das comunidades onde se encontra implantado.
- Abertura do processo de classificação do Posto duplo de abastecimento da Galp, no lugar de Covas, em Guimarães, da autoria do arq.to Fernando Távora
Fotografia de época
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Fotografias José Bernardo Távora
A 25 de novembro de 2014, a FIMS entregou na Direção dos Serviços de Bens Culturais do Norte o dossiê que permite iniciar o processo de classificação do Posto duplo de abastecimento da Galp da autoria do arq.to Fernando Távora, no lugar de Covas, em Guimarães. A proposta de classificação tem subjacente a sensibilização das entidades competentes para a necessidade de preservar a harmonia, equilíbrio compositivo, formal e plástico do projeto original, num momento em que tem pendente sobre si a ameaça de demolição das palas de betão armado, uma secção estrutural com valor identitário, essencial para a caracterização do conjunto. Aí se apela para a compreensão do valor referencial, documental e patrimonial desta obra de arquitetura, certificando a importância do seu estudo e a sua relevância no contexto urbano e edificado de Guimarães, bem como no quadro da arquitetura portuguesa do século XX.
Consultar DR n.º 81/2015 : Anúncio 75/2015
Consultar DR n.º 70/2022: Anúncio 68/2022
Consutar DR n.º 225/2022, Série II: Portaria n.º 814/2022
Imprensa: A “luta entre a tradição e o moderno” que Távora travou numa bomba de combustível (artigo de Pedro Manuel Magalhães para o Jornal Público)